Mergulhei por 3 dias no Telegram, mas precisei de poucas horas para acessar grupos secretos com pornografia infantil, venda de armas sem regulamentação, conteúdo nazista, vídeos de tortura e execução. Conto e explico como o app permite essa podridão: blogs.oglobo.globo.com/sonar-a-escuta…
O Telegram tem 5 particularidades que o diferenciam do WhatsApp e, juntas, dão base a uma quase deep web na palma da mão: grupos secretos, ferramenta de busca interna, chatbots, autodestruição de mensagens e anonimato dos usuários. O que se vê na superfície é a ponta do iceberg.
O vazamento de nudes e pornografia do OnlyFans alimenta muitos grupos secretos, as "salas VIP" onde usuários pagam a administradores desses espaços para ter acesso ao conteúdo "exclusivo", sem consentimento das mulheres. Não raro circula pedofilia nesses grupos.
Há venda de armas, cédulas falsas, drogas, receitas médicas e até dados pessoais. Há chatbots alimentados por bases de dados vazadas do poder público e que entregam ao usuário do grupo as informações de qualquer pessoa. Basta o usuário digitar, por exemplo, o CPF da pessoa.
Conteúdo nazista é fartamente compartilhado. Entrei em dezenas deles. Aqui estão dos posts mais "leves".
Claro, esse tipo de conteúdo não é exclusividade do Telegram. Mas por que é importante falar dele? Dias atrás publicamos como o app passa por um boom de popularidade no Brasil. Hoje está em 53% dos celulares brasileiros — era 15% em 2018.
Além do mais, o Telegram se encaminha para desbancar o WhatsApp como app-chave da comunicação eleitoral em 2022. Bolsonaro acabou de bater 1 milhão de inscritos no canal. Lula tem 35 mil. Ciro tem 18 mil. Mandetta tem 1,8 mil. Pacheco e Leite, algumas centenas.
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Protesto do #3JForaBolsonaro começa a fechar as duas vias da Avenida Paulista, em São Paulo. Concentração em frente ao Masp. Ato convocado por @coalizaonegra, @frentebrasilpop e Frente Povo Sem Medo contra o presidente está em sua 3ª edição. Acompanhem aqui a cobertura:
Elemento que já havia retornado com força no protesto de 24 de junho, a bandeira do Brasil marca presença novamente, entre faixas LGBT, petistas e de "fora, Bolsonaro". Se ressurgiram nas barraquinhas de camelôs, é um sinal: há demanda. Tentativa de reapropriação.
Bandeira de Getúlio Vargas marcando presença da Juventude Socialista do @PDT_Nacional. Gritos de "Viva Brizola, Viva Che". Grupo está sendo reestruturado por Ciro Gomes e Carlos Lupi. (É a primeira vez que vejo uma bandeira do Getúlio)
Conto nesta edição da @RevistaEpoca a articulação que o Planalto fez para tentar livrar a vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr, do impeachment -- e como isso causou um racha no bolsonarismo catarinense. epoca.globo.com/brasil/a-artic…
Para entender a situação do Moisés, é preciso relembrar como ele foi eleito. Essa é a história recente dele (e bastante curiosa): Aos 50 anos, ele curtia a aposentadoria de coronel do Corpo de Bombeiros em Tubarão, um município de 100 mil habitantes no sul de Santa Catarina +
Os passatempos do Moisés eram pesca, mergulho e principalmente produção de cerveja artesanal. Ele estava sem maiores pretensões e decidiu se mudar para Florianópolis no começo de 2018 para acompanhar a filha no cursinho pré-vestibular para medicina. Vida normal.
Passamos a semana analisando dados do TSE para trazer essa matéria do @JornalOGlobo deste domingo. Candidatos brancos têm 2x mais chances de serem eleitos vereadores do que negros: 6,4% contra 3,2%. Entre pretos a diferença é ainda maior: 2,1%. oglobo.globo.com/brasil/candida…
Comparamos a composição racial nas Câmaras Municipais de todas as capitais com a da população desses municípios. Em 25 das 26 capitais há menos negros (pretos e pardos) no Legislativo municipal do que no conjunto da população.
Em João Pessoa (PB), brancos são 44,2% da população e 77,8% da Câmara. Em SP, brancos representam 60,6% dos moradores, enquanto são 78,2% dos vereadores. No Rio, eles são 51,1% da população e 70,6% da Câmara. Basicamente, brancos decidem leis e políticas públicas para os negros.
Nova pesquisa eleitoral da Atlas: Bruno Covas (16%), Guilherme Boulos (12,4%), Celso Russomanno (12,3%) e Márcio França (11,5%) formam a dianteira da disputa à Prefeitura de SP. Jilmar Tatto aparece no mesmo patamar de Arthur do Val e Joice Hasselmann, com cerca de 2%. (segue)
Destaque para a enorme rejeição a Joice Hasselmann, rompida com o bolsonarismo e adversária tanto de petistas quanto de tucanos. Andrea Matarazzo (PSD), Filipe Sabará (Novo) e Arthur do Val (Patriota) são os mais desconhecidos do eleitorado (potencial de crescimento).
Avaliação do governador João Doria: 9,6% de ótimo/bom; 33,5% de regular; e 56,2% de ruim/péssimo.
Para onde vai o voto bolsonarista em SP e Rio? Eu e @rayandersong contamos a movimentação dos candidatos para aproveitar a ausência do Aliança pelo Brasil nas eleições. Em SP tem até candidato de esquerda apostando que fica com esse eleitorado: Márcio França (PSB) +
Por ter antagonizado fortemente com Doria na eleição de 2018, Márcio França calcula que terá o voto de apoiadores de Bolsonaro caso vá para o 2° turno com Bruno Covas. Ele pretende colar em Covas a imagem de Doria. Ele chama a chapa de Brunodoria, em referência ao Bolsodoria +
Márcio França realmente tem simpatia de uma parte da polícia. Enquanto foi governador, ele zerou a fila para concursos da SAP e readmitiu policiais demitidos. Ajuda o fato de que a categoria não gosta de João Doria. +
Contei hoje o @JornalOGlobo da articulação da bancada da bala da Alesp para acabar com a Ouvidori da polícia de SP. Os autores da proposta alegam economia dos cofres públicos e aparelhamento esquerdista no órgão de controle externo das polícias. + oglobo.globo.com/brasil/apos-ep…
O atual ouvidor Elizeu Soares Lopes rebate: "A Ouvidoria não é inimiga das polícias, pelo contrário, ela é parte integrante do sistema de segurança pública do estado de São Paulo e, como tal, defensora intransigente da qualidade do trabalho policial e da polícia". +
Falei sobre o projeto com a diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno. Ela diz que falta a esses parlamentares "a noção do que sejam instituições democráticas" e que "o argumento do projeto é desconectado da realidade" +