karê para comemorar a iluminação nova dos vizinhos (um lar de idosos, o quarto nessa rua)
já me pediram antes a receita e eu me esqueci de passar, então vou mandar agora
eu normalmente faço karê com barriga de porco cortada em cubinhos grandes,como os de torresmo, e legumes variados cortados do mesmo tamanho. hoje eu fiz karê de abóbora cabotiá e batatinhas.
para começar, eu cozinho a carne no fogo baixo, para soltar a gordura. depois, tiro a carne, e refogo na mesma panela uma cebola grande picada, até amolecer.
acrescento gengibre ralado,alho ralado e uma maçã inteira ralada, depois um litro de caldo de galinha e os legumes duros
você pode usar qualquer carne no karê, desde que a carne seja suculenta e tenha gordura. coxa de galinha, drumete, cós, chã, peito, ou barriga de porco são as melhores carnes para o karê. na falta de carne, oleaginosas cumprem esse papel.
antes da panela ferver, você acrescenta o mix de temperos do karê. se você tiver o tabletinho, ótimo. senão, você vai precisar de:
- páprica picante
- páprica doce
- garam masala
- semente de cominho
- cardamomo
- canela
- cúrcuma
- wasabi
- mostarda de Dijon
- chocolate em pó
uma colher de chá de cada tempero dá para uma panela grande de karê. tirando o chocolate, nesse caso, o ideal é colocar duas colheres de sopa, porque esse ingrediente age como espessante e acidifica o caldo.
você não vai usar sal no karê, e sim glutamato, shoyu e açúcar mascavo.
recomendo salgar o karê depois que os legumes mais duros estiverem cozidos. se você usou a barriga de porco, chã, peito, pode botar para cozinhar junto com os legumes duros. se você usou oleaginosas ou cós, drumete ou coxas de frango, a carne só vai no último terço do cozimento.
uma vez cozido, você acrescenta um espessante ao karê. tem algumas opções, e todas cumprem esse papel:
- banana passa triturada
- roux (farinha de trigo cozida no óleo quente)
- ketchup
- pasta de tomate
- banana maçã
- açúcar e limão
eu uso roux, açúcar mascavo e sumo de limão
um outro espessante interessante é o leite. eu gosto de usar leite de coco para engrossar o karê, mas fica bom também com leite animal, ou sem leite algum. não faz muita diferença dependendo da intensidade dos temperos que você usou.
e é isso! eu costumo servir o karê com arroz branco (koshihikari) e coentro picado. se uso legumes de cozimento rápido, como abobrinha e tomates, coloco sempre no fim do preparo. o importante é cortar tudo do mesmo tamanho, para ficar DISFARÇADO na hora de servir.
dá para incrementar o sabor do karê usando louro, pimenta chili, pimenta dedo-de-moça, vinagre de maçã, picles triturado e café coado, o que eu passei é a receita básica. um pouco de bicarbonato diluído no caldo de galinha (ou de legumes, esqueci de informar) ajuda na alquimia.
o que eu não recomendo usar no karê:
- sal de cozinha. é muito fácil errar e servir um karê muito salgado! não tem muito o que fazer nesse caso, o jeito é dobrar a receita e torcer para não ficar muito pesado
- legumes delicados. karê combina mais com abóbora, batata, cenoura.
- carne de primeira. é uma receita de carne guisada, que pode ser completamente suprimida. tem que ser uma carne gordurosa que aguente o cozimento. se você não gosta de carne de segunda ou tem dúvidas quanto ao preparo, melhor nem colocar a carne.
- legumes em cortes delicados. o karê tem que ter pedaços relativamente grandes, que caibam numa colher, desses legumes duros. se você cortar os legumes em cubos menores, eles podem desaparecer no meio do caldo.
- cortar o glutamato. sem preconceito, glutamato é essencial…
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eu tenho umas ideias muito burocráticas e engessadas sobre a instituição Casamento, e a primeira é que não se assina contrato por amor, casamento é garantia de direitos e inserção social
dito isso, casamento funciona melhor entre pessoas que dividem o mesmo universo simbólico
normalmente as pessoas se casam na mesma classe social ou comunidade, porque é mais fácil compartilhar crenças quando elas já estão construídas
casar fora desse universo simbólico é reconstruir esse universo, aceitar o que parece inaceitável, e nem todo mundo consegue fazer isso
o que acontece é que as pessoas se guiam por afinidades no começo de um relacionamento, e acreditam que essas afinidades são capazes de vencer barreiras, como diferença de renda, de idade, de criação
mas essas barreiras não são vencidas, nem contornadas, elas persistem
pronto, meu chefe decidiu se meter no instagram da empresa, e já quer colocar postagem em grid no feed "para não fica monótono"
postagem em grid é onde o engajamento vai para morrer. só funciona quando a foto é pensada para ser recortada, e toda parte tem informação relevante.
por exemplo, dá pra fazer postagem em grid se a foto pode ser dividida em 2, 4, ou 6 secções contendo produto, apresentação, origem.
cada pedaço funciona de forma isolada. ninguém é obrigado a abrir o instagram de marca pra entender o que tá sendo postado como um todo…
e mais, chefe pediu que essa postagem em grid seja de uma imagem que não está atrelada a produto. isso até funciona se o seu produto é algo menos tangível; por exemplo, um instagram de um artista musical. não é o caso, o produto é físico, tem identidade visual.
com febre sim! e pensando com intensidade em A Montanha Mágica, um livro que a gente tende a romantizar por causa da relação com isolamento, enfermidade e saber artístico, quando na real representa o embate entre o humanismo e o pensamento místico.
e que deu merda né
embora a primeira parte de A Montanha Mágica seja centrada na adaptação do protagonista à vida num sanatório, a segunda parte foca no embate ideológico entre dois intelectuais pela ALMA de Hans Castorp: um humanista italiano, um que parece saído da Opus Dei
todos doentes, claro
a discussão desses dois homens é representada por polos opostos: calor e frio, luz e escuridão, vida e morte. eles não levam em consideração as ideias do protagonista, que convenhamos, é sim um grande bundão. e esse embate só ganha peso depois do capítulo da Noite das Valpúrgias.
bom gente pra quem não sabe nos últimos anos eu consegui realizar meu sonho de trocar de área e botar o pezinho pra fora do trabalho com comunicação, o que resultou em trabalhar com uma indústria completamente diferente, e me levou a acumular conhecimento sobre……… arroz
existem inúmeras variedades de arroz diferentes, todas elas derivadas da mesma planta, oryza sativa. a domesticação do arroz começou há milênios, e até hoje, são desenvolvidas novas variedades, em processos de seleção continuada, sem a interferência de transgênicos.
no mundo, consumimos três principais grupos de arroz: o arroz índico, o arroz japônico e o arroz glutinoso. o arroz índico é formado por grãos compridos, de rápido cozimento. o arroz japônico possui grãos pequenos e arredondados. o arroz glutinoso mais conhecido é o arbório.