Sou professor, minha mãe é professora e vou te falar uma coisa, poucas coisas né incomodam mais do que esse "parabéns, vocês são guerreiros" no dia de hoje.

Eu não quero ser tratado como guerreiro, eu quero ser tratado como profissional.
Eu não quero "vencer batalhas diárias", eu quero condições decentes de trabalho - e trabalho -, para mim e para os meus pares.
Esse discurso de que todo professor tem que ser um guerreiro/uma guerreira não apenas normaliza os absurdos que a categoria sofre, como gera uma pressão absurda, social e psicológica, sobre os professores.
Não é coincidência que a suposta "resiliência" dos professores e professoras é continuamente acionada por aqueles que adoram caçar os seus direitos.
*poucas coisas me incomodam mais...

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17 Oct
Esse foi um dos primeiros dados que minhas pesquisas mostraram, que o Bolsonarismo se expandiu como um esquema de pirâmide online. E como todo esquema de pirâmide, ele se apoia numa suposta imagem de sucesso dos "recrutadores".
Insisto: forma como o Bolsonarismo se expandiu tem uma relação direta com a própria ideia de parentesco. Na maioria das vezes em que conversei com eleitores do Bolsonaro sobre o seu primeiro contato com o Bolsonarismo eles me ofereciam um parente/amigo como resposta.
Mas não um parente/amigo qualquer, mas uma pessoa na qual confiavam por "ser estudada" ou ter uma condição financeira melhor.
Read 5 tweets
17 Oct
A maior parte do eleitorado bolsonarista é constituída por pessoas com ensino superior completo e com uma renda razoável para os padrões brasileiros, mas aí da tem quem insista na ideia de que o problema é o "pobre que vota com a barriga".
E vamos além, os únicos grupos antivaxx estruturados que encontrei até o momento no Brasil também estão no mesmo segmento, a maioria relacionados a discussão de terapias holísticas, sagrado feminino/masculino, etc...
A grande questão é, para mim, é como o comentário político costuma atacar imediatamente os mais pobres e escolarizados, colocando-os como causas das mazelas do país.
Read 4 tweets
13 Oct
Filme de terror, para mim, é ver o Paulo Guedes falando e ter a completa certeza que ele não faz a MÍNIMA IDEIA de como mitigar os efeitos da inflação no país. O sujeito fala da inflação como se fosse apenas "aumento de preços".
Pior, como se fosse um aumento de preços pela retomada do consumo. Que retomada? O Brasileiro está deixando de consumir e os preços continuam subindo.

g1.globo.com/economia/agron…
E isso não é "factoide" da mídia. Desde meados do ano passado frigoríficos de pequeno e médio porte (que não exportam) já estavam em crise por conta da redução do consumo de carnes; e já não terem mais como repassar os custos para o consumidor.
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12 Oct
Como hoje é dia das crianças, nossa live na twitch (10h) será dedicada a arredar dinheiro para o projeto de educação popular Espaço de Cria em Nova Iguaçu. Comando !cria

twitch.tv/ocalheiros
Quem não puder colar na live mas quiser ajudar o projeto, pode doar diretamente para o Pix de uma de suas idealizadoras, a Bárbara Martins

nubank.com.br/pagar/1do008/8…
Ou também pode comprar livros que serão doados para o projeto por via da Amazon

amazon.com.br/hz/wishlist/ls…
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12 Oct
Em 2018 vimos um monte e "analistas de conjuntura" que afirmavam de pé juntos que Bolsonaro não se elegeria, afirmando, em negação, que ele atingira "o teto" a cada pesquisa eleitoral que mostrava o seu crescimento. Faltava nessas análises um elemento crucial: antropologia.
Sim, estudo qualitativo, trabalho de campo, pesquisa de longa duração, chame como quiser. Você olha para essas "análises" e percebe que elas até podem acionar as estatísticas, bibliografia e até mesmo oferecer uma contextualização interessante da política, mas falta "povo".
E "povo", sabemos, é o elemento crucial de uma democracia.
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9 Oct
O depoimento da Frances Haugen, ex-funcionária da divisão de integridade cívica do Facebook, confirma o que todo mundo que estuda redes sociais sabe: que as empresas promovem conteúdo "divisivo" para inflar os números de acessos diários.
Basicamente, a empresa mudou a forma como a timeline é constituída, priorizando conteúdos que geram maior "engajamento" (comentários, curtidas, etc...) em detrimento de outros conteúdos. Basicamente, priorizando a promoção de conteúdos virais do que, por exemplo, a segurança.
E isso acabou sendo destacado por relatórios da própria empresa que deixaram claro que a “desinformação e conteúdo tóxico e violento estão extraordinariamente se destacando entre os compartilhamentos”.
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