1/Com estrondosa gritaria com o fim do teto de gastos, passaram batidos os pontos mais importantes na transformação do Bolsa Família em Auxílio. Ao contrário do que parece, Bolsonaro está ao mesmo tempo destruindo o Bolsa Família e reduzindo o número de atendidos pelo Auxilio+
2/Como a nova proposta, serão 17 milhões (a soma dos 14 milhões de inscritos no Bolsa Família mais 3 milhões de inscritos na fila). O valor sai de R$ 300 para R$ 400, é verdade, mas 18 milhões serão excluídos do programa.+
3/No auge do Auxílio Emergencial, em agosto de 2020, 69 milhões foram beneficiados e a aprovação do governo Bolsonaro passou dos 40% e em alguns casos chegou a 50%. Hoje são 35 milhões de pessoas e a aprovação do governo Bolsonaro está entre 25% e 30%, dependendo da pesquisa.
4/Quando essa conta ficar clara para as pessoas que forem excluídas, o risco de a popularidade de Bolsonaro cair ao invés de subir é gigante. Por isso, não é desprezível a possibilidade de o Congresso ampliar a base e o valor do Auxílio quando votar a proposta nesta semana+
5/FIM O custo de perder a máscara pró-mercado é alto (na semana a bolsa caiu 7,26% e o dólar subiu 3,15%), mas Bolsonaro está indo para o tudo ou nada, porque se não reagisse caminhava para o nada. Meu artigo para @VEJAveja.abril.com.br/blog/thomas-tr…
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1/A decisão do governo Bolsonaro de explodir a Lei do Teto de Gastos é daqueles momentos que viram jogo. Até outro dia era possível achar uns ingênuos que compravam pelo valor de face o discurso do Paulo Guedes. Adeus às ilusões. O fim do Teto marca o início da gestão do Centrão+
2/O Auxílio de R$ 400 (que ainda pode chegar a R$ 500 no Congresso) se junta a outros movimentos que comprovam a força do ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e do primeiro-ministro, ops, presidente da Câmara, Arthur Lira, os dois ícones do Centrão:
3/A)Guedes perdeu o controle da agenda econômica. Ele envia uma proposta ao Congresso, Arthur Lira negocia sozinho o texto final c/ mercado financeiro e a oposição. Foi assim no projeto de privatização da Eletrobras, da reforma do imposto de renda e dos precatórios+
1/Quanto vale a reeleição de Bolsonaro? Bem, o plano que esá na mesa dele custa R$100 bilhões - a diferença entre o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial até dezembro de 2022.
2/É evidente que a renovação do programa até as eleições vai ajudar milhões de miseráveis, mas também é óbvio que o governo só está fazendo isso porque Bolsonaro está atrás nas pesquisas. Há um consenso de que as chances de Bolsonaro dependem da recuperação do poder de compra+
3/O valor em discussão é que o Bolsa Família mais o Auxílio Emergencial chegue a R$ 400, talvez até R$500, mas tudo fora da famosa Lei do Teto de Gastos+
1/O retorno de Sergio Moro ao rol de possível candidatos a presidente prova a falta de rumo da direita liberal para 2022. Apostar no ex-juizdepois de tudo é como um time que aposta no chuveirinho para fazer um gol salvador. Pode dar certo, mas em geral dá errado+
2/Se tivesse deixado a magistratura em 2018, Moro teria chances reais de ganhar. O espírito do tempo era por alguém que representasse a antipolítica. Acabou sendo Bolsonaro, a quem Moro primeiro ajudou com decisões nas vésperas da campanha e depois apoiou ao aceitar ser ministro+
3/Moro foi um péssimo ministro. Cedeu às pautas pró-armas e PMs de Bolsonaro, não avançou na agenda anticorrupção no Legislativo e foi incapaz de explicar o conluio entre os procuradores da Lava Jato, que depois serviram para o STF anular parte das investigações+
1/Ideia para livro: a dinâmica da relação do capitalismo brasileiro com o Estado. Pioneiro da industrialização, o visconde de Mauá, foi um dos homens mais ricos do mundo e deve parte de sua ascensão e muito da sua queda às intrigas nos governos saquaremas do Brasil Império+
2/Primeiro magnata da mídia, Assis Chateaubriand, perdeu seu poder os militares. A Odebrecht nunca chegaria ao que foi sem Antonio Carlos Magalhães. Eike Batista e os ainda bilionários irmãos Batistas não se tornariam fenômenos sem o balaio de políticos que financiaram+
3/Seria impossível contar a história do capitalismo sob o governo Bolsonaro sem dois exemplos, Luciano Hang e a rede de planos de saúde Prevent+
1/Só existe uma coisa pior para os candidatos a presidente do que perder a eleição do ano que vem. Ganhar a eleição. Mantidas as atuais condições de temperatura e pressão, quem assumir em janeiro de 2023 herdará um País quebrado economicamente e rachado politicamente+
2/Seja lá quem ganhe em 2022 vai pegar o Brasil em frangalhos. Não tem salvador da pátria”, disse um dos maiores acionistas do Itaú-Unibanco, Alfredo Setúbal.
aos repórteres Rennan Setti e Mariana Barbosa, do jornal O Globo, (blogs.oglobo.globo.com/capital/post/s…)+
3/"Sem reformas, com o setor privado mais cauteloso em ano eleitoral, já tem gente falando em 0,5% de crescimento em 2022. Isso é zero. Se não fizermos nada, vai continuar essa porcaria dos últimos 40 anos, com crescimento potencial de 1,5%, 2%. A gente vai ficar para trás…"+