1/Quanto vale a reeleição de Bolsonaro? Bem, o plano que esá na mesa dele custa R$100 bilhões - a diferença entre o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial até dezembro de 2022.
2/É evidente que a renovação do programa até as eleições vai ajudar milhões de miseráveis, mas também é óbvio que o governo só está fazendo isso porque Bolsonaro está atrás nas pesquisas. Há um consenso de que as chances de Bolsonaro dependem da recuperação do poder de compra+
3/O valor em discussão é que o Bolsa Família mais o Auxílio Emergencial chegue a R$ 400, talvez até R$500, mas tudo fora da famosa Lei do Teto de Gastos+
4/Há, no entanto, sérias dúvidas legais sobre a possibilidade de prorrogação do Auxílio. Em 2020 e 21, o Auxílio funcionou como uma despesa fora dos limites da Lei do Teto em função da pandemia de Covid19. Para 2022, com a redução nos óbitos, essa justificativa não para em pé+
5/Se autorizarem um gasto sem base legal, os técnicos do Ministério da Economia podem ser processados pelo TCU e PGR (se vc lembrou de pedalada, acertou). E, sim, tem muita gente na Economia com medo de assinar essa papelada+
6/Fim a prorrogação do Auxílio é o custo da inoperância do governo em aprovar no Congresso um substituto para o Bolsa Família e da fragilidade política de Guedes. Meu artigo na @VEJAveja.abril.com.br/blog/thomas-tr…
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1/A decisão do governo Bolsonaro de explodir a Lei do Teto de Gastos é daqueles momentos que viram jogo. Até outro dia era possível achar uns ingênuos que compravam pelo valor de face o discurso do Paulo Guedes. Adeus às ilusões. O fim do Teto marca o início da gestão do Centrão+
2/O Auxílio de R$ 400 (que ainda pode chegar a R$ 500 no Congresso) se junta a outros movimentos que comprovam a força do ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e do primeiro-ministro, ops, presidente da Câmara, Arthur Lira, os dois ícones do Centrão:
3/A)Guedes perdeu o controle da agenda econômica. Ele envia uma proposta ao Congresso, Arthur Lira negocia sozinho o texto final c/ mercado financeiro e a oposição. Foi assim no projeto de privatização da Eletrobras, da reforma do imposto de renda e dos precatórios+
1/O retorno de Sergio Moro ao rol de possível candidatos a presidente prova a falta de rumo da direita liberal para 2022. Apostar no ex-juizdepois de tudo é como um time que aposta no chuveirinho para fazer um gol salvador. Pode dar certo, mas em geral dá errado+
2/Se tivesse deixado a magistratura em 2018, Moro teria chances reais de ganhar. O espírito do tempo era por alguém que representasse a antipolítica. Acabou sendo Bolsonaro, a quem Moro primeiro ajudou com decisões nas vésperas da campanha e depois apoiou ao aceitar ser ministro+
3/Moro foi um péssimo ministro. Cedeu às pautas pró-armas e PMs de Bolsonaro, não avançou na agenda anticorrupção no Legislativo e foi incapaz de explicar o conluio entre os procuradores da Lava Jato, que depois serviram para o STF anular parte das investigações+
1/Ideia para livro: a dinâmica da relação do capitalismo brasileiro com o Estado. Pioneiro da industrialização, o visconde de Mauá, foi um dos homens mais ricos do mundo e deve parte de sua ascensão e muito da sua queda às intrigas nos governos saquaremas do Brasil Império+
2/Primeiro magnata da mídia, Assis Chateaubriand, perdeu seu poder os militares. A Odebrecht nunca chegaria ao que foi sem Antonio Carlos Magalhães. Eike Batista e os ainda bilionários irmãos Batistas não se tornariam fenômenos sem o balaio de políticos que financiaram+
3/Seria impossível contar a história do capitalismo sob o governo Bolsonaro sem dois exemplos, Luciano Hang e a rede de planos de saúde Prevent+
1/Só existe uma coisa pior para os candidatos a presidente do que perder a eleição do ano que vem. Ganhar a eleição. Mantidas as atuais condições de temperatura e pressão, quem assumir em janeiro de 2023 herdará um País quebrado economicamente e rachado politicamente+
2/Seja lá quem ganhe em 2022 vai pegar o Brasil em frangalhos. Não tem salvador da pátria”, disse um dos maiores acionistas do Itaú-Unibanco, Alfredo Setúbal.
aos repórteres Rennan Setti e Mariana Barbosa, do jornal O Globo, (blogs.oglobo.globo.com/capital/post/s…)+
3/"Sem reformas, com o setor privado mais cauteloso em ano eleitoral, já tem gente falando em 0,5% de crescimento em 2022. Isso é zero. Se não fizermos nada, vai continuar essa porcaria dos últimos 40 anos, com crescimento potencial de 1,5%, 2%. A gente vai ficar para trás…"+
1/Nunca desde o retorno da democracia, um presidente precisou afirmar com todas as letras que não pretende dar um golpe de Estado. "Daqui pra lá, a chance de um golpe é zero”, disse Bolsonaro à @VEJA. Olha só: vai ter eleição, não vou melar, fique tranquilo, vai ter eleição”+
2/Ameaças anteriores e o hábito compulsivo de mentir do presidente permitem colocar em dúvidas as declarações na entrevista, mas não alteram o seu efeito simbólico. Um presidente que precisa vir a público afirmar que não vai dar golpe é um presidente acuado+
3/Questionado sobre os motivos da carta pós-7 de Setembro, que decretou trégua com o STF, Bolsonaro revelou que pessoas do seu entorno que defendiam um golpe. Não disse quais e nem detalhou as circunstâncias. Disse Bolsonaro:
1/Quem quer que assuma em 2023 _Bolsonaro, Lula, Ciro, Doria, quem for_ vai herdar um "tamos lascados", na honesta definição do Gil do Vigor. O País vai estar ainda mais dividido, economia em frangalhos, sociedade convalescente no pós-pandemia, militares fora dos quartéis...+
2/Goste ou não, o presidente pós-2023 vai precisar de uma coalizão política sólida, que permita sair do lamaçal que o Brasil chafurda desde a campanha presidencial de 2014+
3/Para cada demanda há sempre uma oferta, e presidente pós-23 tem 3 opções de "fiadores da governabilidade". Essa disputa vai ser tão sangrenta quanto a presidencial+