Já está bom de o antilavajatismo baixar a bola também. Pois todo dia é um festival de “a Lava Jato é a origem de todos os males” como se corrupção desenfreada que a operação combatia não tivesse nada a ver com isso, nem estivesse servindo de sustentação a Bolsonaro.
“Aras não faz nada!”
Exatamente como o antilavajatismo sempre sonhou.
Imaginei que o “também” do primeiro tweet explicitava uma crítica ao lavajatismo, que está com a bola devidamente baixa. Mas de fato era muito sutil a menção, por isso o reforço aqui.
Contudo, a thread não é sobre a Lava Jato, já muito criticada, mas sobre o antilavajatismo.
O antilavajatismo se vende como a defesa do devido processo legal. E eu conheço algumas pessoas que de fato encampam a defesa.
Mas o antilavajatismo só avança por causa do desejo majoritário de que determinadas figuras políticas jamais sejam punidas.
Se de fato fosse sincero o apego ao devido processo legal, o antilavajatismo em peso estaria pressionando Augusto Aras por ter inventado a “investigação prévia” que nada investiga, apenas ganha tempo para engavetar qualquer crime.
No entanto, o que vimos foram líderes deste grupo endossando artigos em defesa da recondução de Aras, e parlamentares não só reconduzindo Aras, mas também lutando para que o PGR seja premiado com uma vaga no STF.
Já comentei algumas vezes que o lavajatismo levou Jair Bolsonaro ao poder, mas o antilavajatismo o mantém lá.
O primeiro crime é imperdoável. O segundo é ainda mais.
Entre proteger a população dos absurdos cometidos por Bolsonaro e usar Bolsonaro para fazer um desmonte completo das ferramentas de combate à corrupção, o antilavajatismo escolheu o segundo.
É este grupo que precisa baixar a bola. Não são responsáveis pela eleição de Bolsonaro, mas são responsáveis pela impunidade que hoje o protege. É com a certeza de impunidade que ele age para empurrar centenas de milhares de brasileiros à morte.
Ontem mesmo, proibiu o seu chefe de impedir que você tenha dentro do seu ambiente de trabalho um negacionista que se nega a se vacinar.
Enfim. O país está sendo destruído e ruma à ruína completa. Já somos uma tragédia sanitária, social, ambiental e econômica. E não vai ser com corrupção endêmica que sairemos deste buraco. Pois o corrupto já deixou claro que, em troca de trator superfaturado, endossa até genocida.
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Eu me lembro de algumas coisas da morte de Renato Russo.
A família anunciou uma insuficiência respiratória como motivo do óbito.
O médico explicou que se tratava de consequência das AIDS.
A banda confirmou que ele era soro positivo.
Para mim, a questão era que outros soros positivos daquela época seguem vivos até hoje. Renato vem a óbito, segundo publicaram na época, por abrir mão do tratamento. A própria mãe diz que não foi suicídio, mas que o filho simplesmente desistiu de lutar.
E chega a citar uma anorexia nervosa como último ato desse drama.
Há uns 15 anos, Narloch descobriu um modelo de negócios lucrativo. Que penso poder resumir como a publicação de pequenos levantamentos que coloquem em dúvida qualquer ponto pacífico da sociedade…
E não que eu ache que bovinamente devamos aceitar qualquer versão histórica que transcende gerações. Mas o método de Narloch tem graves vícios.
Tudo depende da versão que ele quer vender. Em um capítulo, os rumores sobre algo importam. Em outro, não importam, pois nunca foram provados.
Entendo os que se esforçam em debater. Mas o que está rolando é uma tentativa de um partido (o PT) de desmobilizar um ato pelo impeachment de Bolsonaro. Porque o PT é traumatizado com impeachment…
No primeiro, conseguiu o que exigiu. Mas a queda de Collor serviu para que as forças se organizassem, tirando de Lula uma vitória que, dada como certa, ficaria com FHC em 1994.
Na segunda, foi o alvo do impeachment. De tão errado que estava, não conseguiu outra desculpa além de chamar o que sofria de golpe.
Inclusive… Eu concordo que, se a ideia é que a Câmara Federal seja o retrato mais fiel do brasileiro, tal retrato deveria espelhar ao máximo a pluralidade do nosso povo.
Mas não representa, dentre outras coisas, porque é 85% masculina, enquanto metade do Brasil é feminino.
Sim, estou defendendo não só cotas femininas, como uma divisão que respeite a proporção da população. Se achar ruim, basta imaginar que também estou defendendo que 50% das vagas sejam reservadas a homens.