Hoje, já viram tanta coisa nas redes, por certo saberão como nos correu o dia.
A ideia com que ficámos foi que fomos testemunhas de um evento histórico, um dia que será relembrado nas próximas décadas por todos aqueles que participaram - não só aqui em Glasgow, mas pelo mundo.
Mas se as ruas nos comoveram, pairou novamente no ar a dúvida. Serão o meio milhão de pessoas que se manifestaram pelo mundo ouvidas nos corredores da #COP26? Será a pressão popular suficientemente forte para fazer capitular a lógica do lucro?
Acabámos a jornada num pub - afinal de contas estamos na Escócia! Mas não foi uma saída qualquer. No bar estavam umas dúzias de sindicalistas que nos desfiaram para cantar os hinos revolucionários mundiais.
Um fim de dia apropriado, já que no bar se ouviu entoar o Bandera Rossa e o Solidarity Forever também nas ruas o estado de espírito era antifascista, anticapitalista e anticolonial.
Se o sistema não funciona e nos destrói o planeta, a fraternidade está viva, de boa saúde, e poderá mesmo vir a ser a nossa grande salvação!
Mário Machado: a história de um criminoso de extrema-direita
Acompanha o 🧵
A cultura bonehead entrou em Portugal na década de 1980 e teve como baluarte político o MAN, até este se autodissolver em 1992. Um grupo de militantes contrários à dissolução criou então a Frente de Defesa Nacional, cujos membros foram responsáveis pela morte de Alcindo Monteiro.
Mais de uma dezena foi acusada pelo homicídio e pelo espancamento de mais de 10 pessoas racializadas nas ruas lisboetas. Um deles foi Mário Machado, condenado a quatro anos de prisão por agressões a seis negros na noite de 10 de Junho de 1995.
Os Portugal Hammerskins (PHS) são o grupo neonazi mais violento em Portugal. Os seus membros foram responsáveis por vários ataques motivados por ódio racial, discriminação sexual e ideológica.
Criada em 2002, a sucursal portuguesa (chapter) faz parte da rede internacional neonazi Hammerskin Nation e já foi alvo de duas megaoperações da Unidade de Contraterrorismo da Polícia Judiciária.
A cultura bonehead entrou em Portugal na década de 1980 e teve como baluarte político o MAN, até este se autodissolver em 1992. Um grupo de militantes contrários à dissolução criou então a Frente de Defesa Nacional, cujos membros foram responsáveis pela morte de Alcindo Monteiro.
A Aginter Presse, oficialmente uma agência de imprensa com sede em Lisboa, foi uma das múltiplas coberturas que organizações europeias de extrema-direita usaram para implantar redes de espionagem por conta dos serviços secretos de Estados ocidentais.
Estabeleceram acordos de colaboração e operações próprias da "estratégia de tensão" com o fim de levar ao colapso os alicerces de governos de esquerda em qualquer lugar do mundo, que incluíam o uso de falsos movimentos de libertação, ou golpes de estado clássicos.
Começaram em África e depois passaram para a Europa. A ditadura portuguesa usou esta rede pois precisava de todas as armas para conduzir uma guerra colonial em três frentes militares, mas também para a frente diplomática, onde chegou a estar impedido de atuar no terreno.