A política é um instrumento imperfeito, sujo, grosseiro, frequentemente corrupto e às vezes até criminoso - mas é o instrumento que temos para organizar o Estado, definir relações de poder e articular a sociedade. As alternativas são alguma forma de totalitarismo ou o caos.
Ao contrário do que muitos pensam, a política é tão antiga quanto a humanidade. No seu livro As Histórias, Heródoto já descrevia as manobras, os golpes de estado, as intrigas e táticas de reis, imperadores, generais e outros homens poderosos na Grécia e na Pérsia de 2.500 atrás.
Quem lê se surpreende com a atualidade: a mistura de ideias, uso de poder econômico e de força bruta para obter apoio popular e poder é exatamente o que vemos na política de hoje.
O mundo mudou muito em 2.500 anos, mas a natureza humana, suas ambições e necessidades permanecem mais ou menos iguais. E a política continua sendo o principal instrumento de organização das ideias a respeito de sociedade e Estado, e de colocar essas ideias na prática.
Ou entendemos essas ideias - e compreendemos como funciona a política - ou permaneceremos alienados desse processo, como meros fantoches nas mãos de forças poderosas que não compreendemos.
De nada adianta rejeitar a política ou classificá-la como uma prática exclusivamente desonesta e corrupta. A rejeição não nos salva, e nem torna a política melhor.
A essência da política é o poder - poder para piorar o mundo ou torná-lo melhor; para realizar coisas grandes e pequenas; poder para destruir e construir. Em uma democracia, na teoria, esse poder é conferido através do voto, pelo eleitor.
Mas a prática é diferente da teoria.
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O Brasil ensina desde cedo às suas crianças que trabalho é uma coisa ruim.
Nos EUA, jovens - mesmo os de classe média - trabalham desde cedo em lanchonetes, lojas, livrarias, piscinas e praias (como salva-vidas) e em inúmeras outras ocupações.
Nas universidades, boa parte dos empregados são estudantes da própria universidade.
Esse é um mecanismo essencial de formação pessoal, moral e profissional.
Desde cedo os jovens aprendem a respeitar horários e superiores, descobrem como resolver problemas e são treinados a atender bem clientes, ao mesmo tempo em que adquirem noções de ética e aprendem a valorizar o dinheiro.
A última moda no Rio de Janeiro é o pedido de habeas corpus preventivo ao judiciário para impedir a prisão em flagrante de quem planta maconha “para fins medicinais”.
Um desses “agricultores” pediu HC para plantar mais de uma centena de pés de maconha.
Detalhe: o “agricultor” morava na cobertura de um edifício.
Vários HCs já foram concedidos.
O que ninguém sabe responder é:
Qual é a autoridade que vai fiscalizar se a “plantação” foi realizada de acordo com a autorização e conferir se a colheita realmente virou remédio?
Os cultivadores de maconha deveriam ser, no mínimo, submetidos aos mesmos procedimentos burocráticos dos atiradores, caçadores e colecionadores de armas:
Nessa altura da discussão, alguém diz: "o brasileiro médio não tem maturidade para portar arma".
Claro que não tem.
Os únicos que têm maturidade suficiente para portar armas são os sequestradores, os assaltantes, os estupradores e os traficantes.
A cultura do Brasil tem origem na cultura portuguesa.
Como será que Brasil e Portugal se comparam em termos de armas e crime?
Os dados falam por si.
Na verdade, os dados gritam.
Em 2017 Portugal tinha 21,3 armas por 100 habitantes, mais que o dobro do Brasil, que tinha 8,3 armas por 100 habitantes.
Segundo o raciocínio da mídia e dos “especialistas”, a taxa de homicídios de Portugal deveria ser muito mais alta que a taxa de homicídios do Brasil, certo?
É oficial: o Presidente Jair Bolsonaro ganhou a votação para Homem do Ano da revista americana Time Magazine com 24% dos votos. Trump ficou em segundo com 9%.
Rapaz, eu consigo pensar em umas cinco pessoas que vão direto chorar no banho.