Thread by @SexoGratweeto

Debate 22 das #LeGUIslativas2022 na RTP1/RTP3

BE com Catarina Martins e PS com António Costa

Começam os 3 por desejar as melhoras a Jerónimo.

Primeira pergunta Jerry Springer “por que é que AC é um obstáculo”?

CM elogia a Geringonça , critica maiorias absolutas.

CM diz que não teremos maioria absoluta, logo convém discutir soluções para o dia seguinte à volta de saúde e trabalho.

JAF repete que AC foi obstáculo, CM repete que não.

AC diz que não quer maioria absoluta como um objectivo em si e diz que foi o BE a romper a negociação 🤷🏻‍♂️

“Vamláver, há o Bloco em campanha que é muito mel e o bloco na Assembleia é muito fel.”

Formulação estranha do PS a dizer que o BE não aprova nem OEs do PS nem da direita. Isso é estranho não apoiar da direita?

CM lembrou o apoio do BE ao longo dos anos em momentos cruciais.

CM lembra as promessas do PS, por exemplo para os cuidadores informais que tinham apoios prometidos que depois não saíram do papel.

Diz que não perdeu a confiança, mas deviam trabalhar para um acordo.

Lembra as dificuldades do SNS, as horas extraordinárias, as saídas.

CM lembra que o SNS não precisa só de dinheiro mas das reformas. O JAF podia só deixar responder.
AC lembra que o SNS tem mais profissionais que tinha e que o OE tinha mais 700 milhões para o SNS, técnico de auxiliar de saúde e dedicação plena.

Diz que o BE abriu a porta à direita. Que sempre quis a Geringonça, mas parece magoado, por isso quer maioria PS e chama BE partido de protesto.
CM diz que o BE não muda de opinião e queria acordo em 2019.
Diz que continuam profissionais a menos no SNS e o PS não os fixa.

CM diz que o PS recusou a dedicação exclusiva que António Arnaut queria e preferiu mandar abaixo o governo a mudar a lei. AC diz que o problema foi o factor de sustentabilidade (que não eram 60 milhões por ano?). AC diz que era 470 milhões por ano (mais barato que o RBI🤪).

CM corrige AC, nunca pediu exclusividade obrigatória mas facultativa, especialmente para chefias. JAF interrompe a explicação, cala-te, fds.

Quanto ao factor de sustentabilidade, CM explica que já acabaram mas há pessoas excluídas com o duplo corte.Corrige os números: 16milhões

Considerando que estamos a falar de um número reduzido de pessoas numa janela limitada, este valor teria tendência a descer, não a por em causa a segurança social. AC desvia para os planos da direita de privatizar a segurança social.

CM lembra que o imposto mortágua o pagaria.

Este debate tem sido só relitigar o chumbo do orçamento. Não sei se é bom tanto foco no passado, mas se calhar vai decidir votos PS/BE descobrir quem teve “culpa”.

Legislação laboral da troika. AC defendeu removê-las então porquê mantê-las? AC diz que era para resolver na AR.

PS chuta para convertação social. O que separa o PS e o BE? AC ajuda o BE a dizer que têm no programa a nacionalização da ANA, EDP, REN, CTT era agravar a dívida pública em 14.5%. Uh, compensava lol. Pagava-se a si mesmo.

CM insiste nesta cena estranha de dizer ESTADO CHINÊS para falar da privatização da REN/EDP, tipo ameaça vermelha. CM faz o pitch final: defender o SNS, defender os trabalhadores da pobreza.

Pergunta de xaxa sobre se se demite. Vai bugiar, JAF.

“Os portugueses têm má memória de maiorias absolutas”

AC diz que se vai embora se não ficar em 1o. Mas não exige maioria absoluta. Diz que BE é irresponsável. Olhem, 30 mil milhões para nacionalizar sectores estratégicos é uma pechincha e paga-se a si mesmo. Obrigado, Costa.

Conclusões: Costa tem uma boa narrativa e um bom pitch. As pessoas gostam dos ganhos incrementais (que existem) e de estabilidade (que não houve). Mas nos específicos, Catarina Martins foi convincente, mostrando a justiça elementar das propostas que causaram a discórdia.

Catarina Martins parece convencida que a relação de forças se manterá parecida e por isso é preciso acordo para a legislatura. Costa claramente preferia governar sozinho ou com parceiros menos exigentes (coff LIVRE/PAN coff). Mas claro que não vai dizer “tanto faz votarem PS/BE”

Quanto às nacionalizações, irritou-me esta atitude de Costa, a encostar-se à direita. Nem nos CTT, que pioraram tanto e fazem tanta falta ou a REN, um monopólio natural, mostra interesse em devolver ao controlo democrático estes sectores essenciais.

Não só há maneiras de baixar o preço, como compensaria sempre a médio prazo porque são MONOPÓLIOS. São máquinas de imprimir dinheiro. Pagam-se a si mesmas. E sob controlo público garantimos que servem as pessoas e não apenas os accionistas e administradores. Enfim, ya lost me.