O texto de Risério é rico em várias e graves evidências anedóticas de que há racismo da parte de movimentos identitários contra várias etnias, mas não procura demonstrar estatisticamente que este seria um problema para a sociedade priorizar…
Até que se dê a esta missão e nela tenha sucesso, vai apanhar (com certa razão) de quem carimba os episódios de isolados — não dá pra afirmar que são regra ou exceção, mas o ônus da prova cabe a quem acusa.
Este é o primeiro ponto.
Não gosto do uso que fazem da expressão "racismo reverso”. Passa a sensação de que o racismo nasceu com o tráfico negreiro, e só as vítimas desse mal poderiam reclamar do preconceito sofrido. Quando racismo infelizmente existe na humanidade desde que a humanidade existe…
Já está bom de o antilavajatismo baixar a bola também. Pois todo dia é um festival de “a Lava Jato é a origem de todos os males” como se corrupção desenfreada que a operação combatia não tivesse nada a ver com isso, nem estivesse servindo de sustentação a Bolsonaro.
“Aras não faz nada!”
Exatamente como o antilavajatismo sempre sonhou.
Imaginei que o “também” do primeiro tweet explicitava uma crítica ao lavajatismo, que está com a bola devidamente baixa. Mas de fato era muito sutil a menção, por isso o reforço aqui.
Contudo, a thread não é sobre a Lava Jato, já muito criticada, mas sobre o antilavajatismo.
Eu me lembro de algumas coisas da morte de Renato Russo.
A família anunciou uma insuficiência respiratória como motivo do óbito.
O médico explicou que se tratava de consequência das AIDS.
A banda confirmou que ele era soro positivo.
Para mim, a questão era que outros soros positivos daquela época seguem vivos até hoje. Renato vem a óbito, segundo publicaram na época, por abrir mão do tratamento. A própria mãe diz que não foi suicídio, mas que o filho simplesmente desistiu de lutar.
E chega a citar uma anorexia nervosa como último ato desse drama.
Há uns 15 anos, Narloch descobriu um modelo de negócios lucrativo. Que penso poder resumir como a publicação de pequenos levantamentos que coloquem em dúvida qualquer ponto pacífico da sociedade…
E não que eu ache que bovinamente devamos aceitar qualquer versão histórica que transcende gerações. Mas o método de Narloch tem graves vícios.
Tudo depende da versão que ele quer vender. Em um capítulo, os rumores sobre algo importam. Em outro, não importam, pois nunca foram provados.