Muita gente que apoia o Presidente Bolsonaro, ou que sinceramente o prefere aos outros candidatos, está silenciosa.
O silêncio é provocado pela discriminação - às vezes leve, às vezes grave - à qual o eleitor declarado de Bolsonaro está sujeito.
É difícil lidar com os ataques, o cancelamento, a censura e as agressões, e por isso muitos preferem emudecer.
A essas pessoas eu quero trazer incentivo e coragem.
A essas pessoas eu quero dizer: você não está sozinho.
Nem todo mundo precisa ir para a trincheira.
Nem todo mundo precisa, ou pode, se expor e arriscar seu emprego, sua família e sua segurança.
Penso nos servidores públicos - do Legislativo, do Judiciário, de governos estaduais ou prefeituras - que precisam trabalhar e sustentar suas famílias.
Penso nos que trabalham em empresas "progressistas", ou moram em comunidades dominadas pelo tráfico.
Eu entendo seu silêncio.
Nem todo mundo pode ser combatente.
Aos silenciosos eu digo: permaneçam onde estão, fazendo sua parte, preservando suas crenças, cuidando de sua família e propagando nossos valores.
Até o dia em que a liberdade prevaleça.
Até o dia em que opinião não seja mais crime e a hipocrisia deixe de ser lei.
Por enquanto, estamos separados, e em silêncio.
Mas em breve estaremos juntos, na hora que mais importa.
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Em 1995 eu entrei em uma livraria no centro do Rio de Janeiro e achei por acaso um dos livros que iria mudar a minha vida. O título estranho me chamou a atenção: O Imbecil Coletivo. Nele encontrei uma inédita mistura de clareza intelectual e coragem moral.
Naquele livro Olavo de Carvalho me ensinou a não ter medo da verdade e a dar o nome certo às coisas.
Olavo buscava a verdade, sem medo das consequências.
Para Olavo, essas consequências foram o confronto com o establishment e seus pseudo-intelectuais, esquerdistas encastelados em recursos públicos e no monopólio da mídia. Para ele chegou, também, o exílio.
Aconteceu há mais de um ano. Eu andava dormindo mal. Peguei uma gripe e adormeci no final da tarde, na cama do João, que ainda estava na escola.
Caí em um sono desorganizado e agitado. Em um certo momento, senti o toque de um lençol caindo sobre mim.
Alguém me cobre, ajeita meu travesseiro. Eu resisto a despertar. Deve ser a Josefa, que trabalha conosco. Estranho. Ela nunca fez isso.
Voltei pro meu sono.
Quando acordei, saí pela casa, corpo ainda doído da gripe. “João chegou”, Josefa me diz na cozinha. “Está na sala, viu o senhor dormindo e não quis incomodar”.
Na sala, João assiste TV mastigando alguma coisa. “Filho”, eu pergunto, “foi você que me cobriu?”