O que acontece é simples: a sociedade julga caso a caso, priorizando os mais relevantes.
Em qualquer praça você encontra loucos em cima de caixote gritando absurdos piores. Se instala escutas nas salas da família brasileira, registra absurdos ainda maiores...
Mas qual a relevância disso? Ou louco em cima do caixote convence alguém? Ou nem o bêbado da praça é convencido do que o louco grita?
O Brasil lutou a Segunda Guerra Mundial contra nazistas. Pode ser uma explicação para que não se aceite que a linha seja cruzada mesmo no plano das ideias. Mas aposto mais nas milhares de famílias que fugiram da Europa para cá no período ou antes dele. Ou ainda...
...na produção cultural consumida sobre o assunto pela metade de cá do planeta. Nela, o horror do fenômeno é incansavelmente descrito com riqueza detalhes. Com razão, ninguém (ou quase ninguém) quer uma cópia daquilo aqui, onde já temos tantos problemas.
Quanto ao comunismo, o que conseguiu por essas bandas? Ser perseguido. Foi perseguido nos EUA, por Getúlio, pela ditadura militar. Quando achou que iria engrenar por aqui, o Muro de Berlim caiu.
Demorou 62 anos para oficializar um partido. O fascismo conseguiu em 8 anos (1930).
É óbvio que são dois males a serem combatidos. Mas, para a sociedade (brasileira), é também óbvio que não são equivalentes. Só um deles de fato colocou o planeta inteiro em guerra.
E ai de você se tentar provar que a sociedade está errada — spoiler: não está.
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Quando comecei a debater o tema com colegas, fiz piada com maconha, mas logo me corrigi e falei mais sério: ele deve estar consumindo lixo da alt right.
Quando Monark alega estar bêbado, cita ideias de outros países, como os Estados Unidos.
Estimo que 9 em 10 amigos que fiz na última década abraçaram o bolsonarismo. Um terço disso, o trumpismo. Todos direta ou indiretamente consumiam lixo que a alt right plantava na web de mil formas distintas. Eu mesmo consumi e caí na lábia de alguns, para a minha máxima vergonha.
Enfim... Cuidado com o que vocês consomem na web. Se nota uma pessoa importante sumindo do seu campo de visão, visita o perfil, curte uns posts aleatórios. Há como manipular o algoritmo a seu favor para evitar que ele te tranque em câmaras de eco.
No governo Lula, Lira continua presidindo a Câmara.
Aras não só continua PGR, como será cogitado para STF com chance boa de entrar.
Não boto fé em Pacheco. Acho que a presidência do Senado volta para Renan.
Ministro da Agricultura será Alckmin.
Curioso pra saber Casa Civil e Fazenda.
Cenário óbvio? Gleisi e Nelson Barbosa.
Cenário animador e possível? Rodrigo Maia e Henrique Meirelles
(Tou esquecendo de Kassab. Mas Kassab curte um cidades, desenvolvimento regional, algo que mexa com bastante verba para município, if you know what i mean)
O texto de Risério é rico em várias e graves evidências anedóticas de que há racismo da parte de movimentos identitários contra várias etnias, mas não procura demonstrar estatisticamente que este seria um problema para a sociedade priorizar…
Até que se dê a esta missão e nela tenha sucesso, vai apanhar (com certa razão) de quem carimba os episódios de isolados — não dá pra afirmar que são regra ou exceção, mas o ônus da prova cabe a quem acusa.
Este é o primeiro ponto.
Não gosto do uso que fazem da expressão "racismo reverso”. Passa a sensação de que o racismo nasceu com o tráfico negreiro, e só as vítimas desse mal poderiam reclamar do preconceito sofrido. Quando racismo infelizmente existe na humanidade desde que a humanidade existe…
Já está bom de o antilavajatismo baixar a bola também. Pois todo dia é um festival de “a Lava Jato é a origem de todos os males” como se corrupção desenfreada que a operação combatia não tivesse nada a ver com isso, nem estivesse servindo de sustentação a Bolsonaro.
“Aras não faz nada!”
Exatamente como o antilavajatismo sempre sonhou.
Imaginei que o “também” do primeiro tweet explicitava uma crítica ao lavajatismo, que está com a bola devidamente baixa. Mas de fato era muito sutil a menção, por isso o reforço aqui.
Contudo, a thread não é sobre a Lava Jato, já muito criticada, mas sobre o antilavajatismo.