Para a esquerda, no capitalismo, não pode haver "verdadeira" democracia. Então, para eles, nenhum país atual capitalista é "verdadeiramente" democrático.
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Será que eles acham que a Coreia do Norte, chamada de República Popular Democrática da Coreia, é uma "verdadeira" democracia? Não. Aí seria demais. Mas eles fingem que isso não importa.
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Se no capitalismo não pode haver "verdadeira" democracia, imagine então no escravismo. É por isso que a esquerda nunca aceitou a democracia ateniense dos séculos 5 e 4 a.C.
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E no futuro, para eles, também não haverá "verdadeira" democracia. Pois na sociedade sem classes da utopia socialista, no reino da liberdade e da abundância, não haverá mais Estado e, consequentemente, não haverá política.
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Esse raciocínio da esquerda é uma forma solerte de rejeitar a democracia. Ou de dizer que todas as democracias são falsas, na medida em que uma "verdadeira" democracia não pode existir enquanto houver exploração do homem pelo homem.
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Errou ao apoiar Bolsonaro sabendo quem ele era. Um eleitor qualquer poderia cometer esse, mas não uma força política organizada.
Continua...
Errou ao se colocar como centro de tudo e ter como critério único, ou acima dos demais, sempre o ganho próprio (seja político ou financeiro).
Errou ao querer pegar uma carona no punitivismo reacionário de Moro, sabendo quem ele é, apenas para não sair de cena.
Siga o fio...
Errou ao abraçar um liberalismo ralo que secundariza a democracia e ao achar que política é guerra (infectando outros jovens com lições de realpolitik para fabricar militantes de sua causa - causa que vem a ser, praticamente, a continuidade da sua própria existência).
No longo prazo, de um ponto de vista democrático, Moro é o candidato mais perigoso de todos.
Veja por quê seguindo o fio.
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O epílogo do seu livro de campanha tem como título “Precisamos de você” e como frase final: “A luta contra o sistema de corrupção nunca poderá prescindir de bons combatentes, entre eles você.”
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Ele continua querendo fazer uma cruzada de limpeza ética para punir os corruptos. Quer instalar na presidência da República a fedorenta vibe lavajatista. Como declarou hoje ao Correio Braziliense, o ex-juiz quer ser o juiz supremo, o juiz dos juízes.
Com a volta de Lula, o Brasil passará do quadrante 1 para o quadrante 2. E há sempre um risco de decair do quadrante 2 para o quadrante 4, embora menor.
Continua
O maior risco, neste caso, é o Brasil estacionar como democracia eleitoral e não se converter em democracia liberal - já que Lula é um democrata eleitoral i-liberal).
Continua
Com a reeleição de Bolsonaro ou a eleição de Moro o Brasil pode pular do quadrante 1 para o quadrante 3.
Veja o diagrama abaixo, agora com arte-final do @renatojcec
Sabemos que o populismo-autoritário, o nacional-populismo de extrema-direita, adotou a via da erosão da democracia. Seu objetivo é converter democracias eleitorais em autocracias eleitorais. Mas será que o neopopulismo, o populismo de esquerda, também erode a democracia?
Siga.
Para responder isso é necessário entender que as democracias que existem no mundo de hoje são de dois tipos: as democracias liberais e as democracias eleitorais. Sigo a classificação do V-Dem (Universidade de Gotemburgo) dos regimes políticos.
Vai seguindo.
Em geral o neopopulismo (o populismo de esquerda) incide - com maior expressividade - em democracias eleitorais. Mas o populismo de esquerda (ao contrário do populismo de extrema-direita) não quer fazer decair o regime para uma autocracia eleitoral.
Cristãos fundamentalistas da extrema-direita americana estão fazendo um movimento preocupante. Depois de tentarem cavalgar em Trump, resolveram agora "liberar" áreas para experimentar a autocracia como modo-de-vida.
Siga o fio.
Seus argumentos espelham, enganadoramente, os argumentos de uma iniciativa inovadora que proponha experimentar a democracia como modo-de-vida (o real objetivo é experimentar a autocracia como modo-de-vida).
Continua.
Sob o valor supremo da "liberdade" e, inclusive, da atuação "pacífica", eles querem criar polis paralelas (que são, na verdade, anti-polis paralelas). Eles querem passar da guerra de movimento à guerra de posição, cavando trincheiras na América profunda.