Quanto custaria o cheque-ensino? Ora, a teoria é pegar nos 6200€ que supostamente "custa" um aluno do público e dar a todos os colégios privados por cada aluno. Vamos presumir que todos aceitam. Isso são 107 410 alunos do privado para um total de 1 056 543 612€ anuais.
O orçamento total do ministério da educação é: 7,8 mil milhões. Esta medida aumentaria o orçamento inteiro em 13%. Todos os anos. Para sempre.
Isto de quem quer fazer rombos de pelo menos 2 mil milhões anuais só no IRS, mais os no IMI, IRC, basicamente todos os impostos, sem nunca justificar como pagam. Cheques-ensino? Custa o que tiver de custar.
Eu não culpo ninguém que se refugie numa narrativa simples. É sempre mais confortável achar que o mundo não é complexo e pior, é viciante sentirmo-nos justificados que o nosso lado afinal tinha razão, apesar do ceticismo saudável (e experiência) que dificulta as narrativas (1/13)
fáceis. Estamos rodeados de media que legitimam certas formas de poder (mal) como a económica, financeira ou mediática enquanto condena (bem) as militares e repressivas, embora apenas de um lado. Não há problema que do lado da NATO se matem, torturem civis, ou haja nazis ou(2/13)
sanções castrantes que destroem a já precária vida dos povos afectados. Eles são os bons, e mais que os bons, somos nós. E este bloco, que instalou Ieltsin e legitimou Putin e aceitou (e aceita) lavar o dinheiro dos oligarcas enquanto podia bicar na carcaça da URSS, (3/13)
Diz muito quando face a uma tragédia o instinto não é procurar soluções e respostas mas criticar o PCP e exigir ao PCP satisfações. Mostra a nossa impotência, como não há nada que possamos fazer, atacamos o que está próximo como se fosse proxy do Putin. Não é. 1/4
A posição do PCP e um comunicado em que não têm uma condenação do Putin como deviam não causaram o ataque à Ucrânia hoje. Mas no twitter vivemos num mundo de fantasia em que achamos que ter opiniões morais “correctas” (dúbio neste caso) muda alguma coisa. 2/4
A facilidade com que se passa para um maniqueísmo brutal, um optimismo militarista (igualmente inconsequente, mas menos moralmente justificável que ser contra a guerra) mostra o quão rápido seríamos levados a apoiar qualquer guerra (na qual não fôssemos lutar, claro). 3/4
LIVRE com Rui Tavares e CDS com Francisco Rodrigues dos Santos
Rui Tavares tenta falar do resto do programa mas querem falar do RBI. Bom spin “passou a falar do RBI em vez da prisão perpétua”.
RT lembra que à direita nunca se pergunta quanto custa. Lembra que o PSD/CDS deu 30 milhões aos mais ricos na Câmara de Lisboa e ninguém perguntou nada. Quando é para dar aos mais pobres há muitas perguntas.
Pergunta ao FRS onde vê a ideologia de género e sexualização da escola.
FRS diz que o programa do LIVRE fala de distribuir riqueza mas não de gerar e por isso é uma fábrica de impostos. Saca uma frase do Reagan “se taxa mexe”.
O FRS está muito preocupado com impostos sobre fortunas de mortos e sobre segundas habitações de estudantes (????)
PSD com Rui Rio e IL com João Cotrim de Figueiredo.
Começa com uma excelente piada com o Rui Rio a dizer que é um social democrata e que há tanto socialismo em Portugal que pode concordar com a IL em cortar e privatizar.
JCF diz que o PSD não é alternativa e aponta que Rui Rio está a fazer uma campanha “prudente” e falta-lhe coragem.
A Clara de Sousa está a ajudar o Rui Rio coitadinho, bem precisa, até lembra o elogio de JCF a RR.
Rui Rio lembra o buraco nas finanças e a injustiça da flat tax.
Rui Rio diz que o OE não aguenta o programa da IL e que mais que utópico, é injusto.
JCF repete a mentira que os jovens emigram por causa da progressividade de impostos altos (e não de salários baixos).
Começamos pela votação do orçamento com o Adelino a fazer de Jerry Springer “por que é que o BE foi irresponsável?”
Adelino não quer saber, quer o soundbite de “o BE foi irresponsável”
Este argumento de “abriu a porta à direita” por muito que também não queira um crescimento da direita é pouco democrático. Não é o BE que vota na direita, se a direita cresce é porque as pessoas votam nela 🤷🏻♂️ a esquerda (e o PAN) têm de ter é respostas melhores.
CM diz que o país precisava de um OE que respondesse às necessidades das pessoas e o PS não deu. CM diz que quem abre a porta à direita é o PAN que pondera viabilizar orçamentos do PSD que quer privatizar a saúde, como viabilizou, por exemplo nos Açores.