"Bush é um criminoso" —mosaico produzido pela artista iraquiana Layla Al-Attar que decorava a entrada do Hotel Al-Rashid em Bagdá. A obra é apontada como o motivo do assassinato de Layla. A artista morreu após ter sua casa destruída por dois mísseis disparados pelos EUA.
1/9
Graduada pela Academia de Belas Artes de Bagdá, Layla Al-Attar estabeleceu-se como um das mais relevantes artistas iraquianas nos anos 70, organizando diversas exposições individuais e influenciando o ingresso de mulheres no cenário artístico do país.
2/9
Layla participou de duas edições da Bienal do Kuwait, expôs na primeira Bienal Árabe de Bagdá e ganhou a Medalha de Ouro na Bienal do Cairo em 1984. Foi nomeada diretora do Museu Nacional de Arte Moderna do Iraque nos anos 80, cargo que ocupou até o fim da vida.
3/9
Em 1991, após a eclosão da Guerra do Golfo, a casa de Layla foi atingida durante um bombardeio a Bagdá conduzido pela Força Aérea dos Estados Unidos. A artista sofreu apenas ferimentos leves, mas a residência, onde também funcionava seu ateliê, ficou destruída.
4/9
Mais de 88.500 toneladas de bombas foram despejadas sobre o Iraque durante os bombardeios de 1991, arrasando parte substancial da infraestrutura do país. O Hotel Al-Rashid, um dos maiores de Bagdá, foi parcialmente destruído.
5/9
Durante as obras de reconstrução, Layla se voluntariou a produzir um mosaico para decorar a entrada do hotel. Intitulado "Bush é um criminoso", o mosaico foi construído com entulhos retirados da sua própria casa, destruída por um míssil estadunidense.
6/9
O mosaico causou controvérsia internacional por representar George H. W. Bush, o presidente dos EUA que havia ordenado o bombardeio do Iraque. A ideia era fazer com que os hóspedes e funcionários do hotel pisassem sobre sua cabeça ao ingressarem no estabelecimento.
7/9
Layla foi morta apenas alguns meses após a instalação do mosaico. Em 27 de junho de 1993, sua casa foi atingida por dois mísseis Tomahawk lançados pelos Estados Unidos, em ataque descrito como "retaliatório" a um suposto plano iraquiano para assassinar George H. W. Bush.
8/9
O marido de Layla também morreu no ataque e sua filha ficou cega. O governo dos EUA alega que atingiu a casa da artista por acidente. Quando os EUA capturaram Bagdá dez anos depois, durante a Guerra do Iraque, a destruição do mosaico foi uma das primeiras medidas tomadas.
9/9
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
"Bênção das bandeiras da Revolução de 1817", de Antônio Parreiras. A obra faz referência à Revolução Pernambucana, movimento de cunho liberal e republicano que irrompeu em Pernambuco há 205 anos, em 6 de março de 1817.
1/23
A Rev. Pernambucana foi o único dos movimentos emancipacionistas coloniais que conseguiu ultrapassar a fase conspiratória. Os revoltosos proclamaram um governo independente em Pernambuco que se prolongou por 75 dias, até ser debelado pelas tropas legalistas.
2/23
No início do séc. XIX, Pernambuco detinha o posto de capitania mais rica do Brasil. A elite local, entretanto, ressentia-se da presença maciça de portugueses em cargos na administração pública e do alto volume de impostos repassados à corte portuguesa no Rio de Janeiro.
Mulheres e crianças vietnamitas assassinadas por soldados estadunidenses durante o Massacre de My Lai. Vietnã, 16 de março de 1968. Fotografia de Ronald Haeberle.
1/11
"A ordem era pra matar tudo que se mexesse". Foram essas palavras usadas por um soldado estadunidense para justificar suas ações durante uma das atrocidades mais nefastas registradas durante a Guerra do Vietnã.
2/11
Em 16 de março de 1968, um pelotão com 120 soldados alocados na Companhia Charlie, unidade da 23ª Divisão de Infantaria do Exército dos Estados Unidos, invadiu o vilarejo de My Lai, no Vietnã do Sul.
Estadunidenses organizam manifestações de apoio à guerra contra o Iraque. O conflito deixou um saldo de um milhão de mortos — a grande maioria civis — e reduziu o Iraque a um estado de anomia política e disputas incessantes entre facções armadas e grupos terroristas.
+
Os EUA estiveram em guerra durante 229 de seus 246 anos de existência como nação independente. Somente nos últimos 5 anos, os EUA realizaram mais de 30 mil bombardeios contra 7 países. Nos últimos 20 anos, suas coalizões mantém uma média de 46 ataques por dia.
+
Os EUA detém apenas 4% da população mundial, mas respondem por 40% de todos os gastos militares do planeta. A indústria bélica e de armamentos é um dos sustentáculos da economia estadunidense desde o pós-Segunda Guerra.
Há 151 anos, em 5 de março de 1871, nascia a revolucionária e teórica marxista Rosa Luxemburgo.
1/24
Rosa Luxemburgo nasceu em Lublin, Polônia, mas mudou-se ainda criança para Varsóvia. Adolescente, ingressou no Partido do Proletariado e organizou uma greve geral brutalmente reprimida pelo governo polonês. Foi presa, mas conseguiu escapar e se refugiou na Suíça.
2/24
Em 1889, ingressou na Universidade de Zurique, onde estudou filosofia, história, ciência política, economia e matemática. Aprofundou-se nos estudos marxistas nos anos seguintes e travou contato com membros do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR).
Há 62 anos, em 5 de março de 1960, o fotógrafo cubano Alberto Korda produzia o icônico retrato de Che Guevara intitulado "Guerrilheiro Heroico". Trata-se da imagem mais reproduzida na história da fotografia.
1/18
A fotografia foi feita durante uma solenidade em memória das mais de 100 pessoas que morreram após a explosão do cargueiro francês La Coubre. A embarcação havia partido da Bélgica com destino a Havana levando um carregamento de 76 toneladas de armamentos e munições.
2/18
Em 4 de março de 1960, durante o descarregamento no cais de Havana, o cargueiro explodiu. Uma segunda explosão ainda mais violenta ocorreu meia hora depois. No momento da explosão, Che Guevara, médico formado, estava em reunião no Instituto Nacional de Reforma Agrária.
Não basta a comunidade LGBT se organizando para fazer doações a batalhões neonazistas da Ucrânia. Agora tem página ucraniana financiada por USAID romantizando o nazista Stepan Bandera, responsável pelos pogroms de Lviv e massacre dos poloneses na Galícia, como um ícone LGBT.