Antes de qualquer coisa, ressaltar a pessoa incrível que é @sailorrooscout - além de cientista, um ser humano incrível! Perguntei para ela se ela se importava se eu traduzisse alguns tuítes para trazer para o pt-br e ela foi muito gentil, como sempre!
Existe muita discussão a respeito da Omicron e de suas sub-linhagens. Temos dados até o momento indicando um escape parcial dos anticorpos neutralizantes (ressaltando a importância da 3ª dose e de como as vacinas seguem protegendo contra ela), além de uma alta transmissibilidade
Com a chegada da Omicron, vimos um aumento de casos e o espalhamento rápido dessa variante em vários países. @sailorrooscout traz o exemplo da Dinamarca. A onda causada pela BA.2 ainda é vista como parte da onda causada pela Omicron.
Cabe destacar que esse aumento grande de casos não teve um aumento da mesma proporção em óbitos, e @sailorrooscout lembra da importância da vacinação nesse contexto, em que a proteção contra a doença está presente contra a Omicron/BA.2
Na seção VARIANTES E VACINAS tenho alguns fios que trazem essa perspectiva de proteção contra a Omicron e, em especial, BA.2. Tu pode acessar em bit.ly/fiosmell
Em relação a discussão sobre a infecção pela Omicron levar a uma doença mais ou menos grave em relação a BA.1, temos alguns dados mostrando que "não houve diferença na gravidade/risco de hospitalização entre BA.1 e BA.2"
@sailorrooscout também lembra que, na Europa, três fatores também são importantes a considerar para esse aumento:
- Frequentes flexibilizações
- BA.2 superando BA.1
- Necessidade da dose de reforço para mais vulneráveis
Em relação aos vulneráveis, a @luizacaires3 traz um ponto pertinente sobre isso. Essas populações não vacinadas ou que tem mais risco para a doença mais séria estão em risco num cenário de alta transmissão, vendo um nº grande de novos casos ao dia
Estamos vendo aqui no BR uma tendência, em vários lugares, para a desobrigação do uso de máscaras. Desobrigação não significa não recomendação e @vitormori é muito assertivo em ressaltar a necessidade de reforçar esse entendimento para as pessoas
Nesse fio da @redeanalise introduzimos e destacamos pontos do nosso novo painel de acompanhamento da vacinação/coberturas vacinais no BR. Vemos que existe uma diferença grande entre alguns estados, com destaque para aqueles de mais baixa cobertura
Essas regiões com baixa cobertura podem trazer riscos de maior circulação de um agente infeccioso (como o vírus da COVID-19), trazendo riscos para aumentos não só de casos, mas também das hospitalizações, óbitos e risco de surgir novas variantes nesse percurso.
E por falar de nova variante... muita gente comentando sobre a BA.2.2 não é?
Antes de tudo, cabe destacar que ainda é Omicron. Essa variante tem ganhado atenção por estar circulando em Hong Kong, nesse novo aumento github.com/cov-lineages/p…
@wanderer_jasnah comenta que não necessariamente essas mutações que a BA.2.2 carrega possam ser significativas para o nosso cenário. É preciso monitorar e seguir levantando mais evidências sobre ela.
Dr. Peacock destaca (tradução livre): "nomes de linhagem pango BA.2* foram dados por serem geograficamente distintos, não porque houvesse qualquer expectativa de qualquer diferença no vírus, por isso BA.2.2 (HK) e BA.2.3 (Filipinas) foram designados."
Acho que é importante a gente tomar cuidado, porque vi algumas menções concluindo algumas coisas (ex.: BA.2.2 mais agressiva por conta do impacto da onda desse momento, etc) que **não dá** para concluir nesse momento. Um exemplo (de novo):
@PeacockFlu vai no ponto nesse tuíte: "(...) é verdade que a maioria dos casos de HK são BA.2.2, que é definida por uma única mutação na Spike que não está em uma região conhecida para determinar a gravidade, etc. (...)"
Minha opinião sobre isso tudo: um misto de fatores estão influenciando o cenário atual. Alguns podem ter mais força sobre outros, mas a conjuntura precisa ser vista como um todo. O vírus tem suas características, mas ainda precisa de hospedeiros para se transmitir.
Para nós aqui do BR, é importante ficar atento e ponderar riscos, lembrar que máscaras seguem recomendadas, especialmente para essas situações de maior risco de exposição. E sobretudo, conscientizar sobre a vacinação e o retorno para a dose de reforço.
Pondere os riscos e some camadas de proteção nas atividades que podem conter aglomerações, ambientes pouco ventilados, por exemplo. Lembre-se que isso serve para ambientes abertos, e principalmente para ambientes fechados, com muita atenção para aqueles mais vulneráveis
A pandemia gerou muitas mudanças na rotina (em resposta a esse cenário), e especialistas se questionaram sobre os impactos disso no desenvolvimento infantil.
Infelizmente, muita fake news também tá rolando em paralelo.
Irei comentar um pouco sobre esse assunto nesse fio👇🧶
O fio terá como base e trará algumas traduções, adaptações e complementações de um artigo bem bacana publicado na @Nature que pode ser lido na íntegra no link: nature.com/articles/d4158…
O neurodesenvolvimento é um dos processos mais incríveis de se estudar. A forma como as redes neurais se desenvolvem, migram e criam caminhos, originando o sistema nervoso, é fantástica. Meu foco durante a pós em neurociência foram aspectos relacionados ao neurodesenvolvimento.
@sailorrooscout trazendo alguns comentários importantes sobre a Europa e o crescimento de novos casos que já vem sendo observado: "fim das medidas mitigatórias, BA.2 superando a BA.1, necessidade de reforço nos mais vulneráveis"
@schrarstzhaupt comenta esse conteúdo da @luizacaires3 que aponta a preocupação sobre essa nova onda de crescimento. Me preocupo principalmente num possível crescimento nos vulneráveis e ainda suscetíveis (não vacinados ou populações de baixa cobertura).
Concordo com o @vitormori que, cada vez mais, precisaremos reforçar a relevância do uso da máscara, especialmente naqueles de maior vulnerabilidade, e considerando também os possíveis riscos que atividades/ambientes podem trazer
Um artigo recente fez com que muitas pessoas de modo equivocado falassem que o RNA mensageiro da vacina da Pfizer poderia se integrar ao nosso material genético.
@mab_sp125 e eu vamos apontar os problemas do artigo e onde estão os erros dessa interpretação 👇🧶
A transcrição é um processo em que se cria uma fita de RNA a partir de uma fita de DNA, ou seja, é como se pegássemos informações específicas do material genético para criar uma receita que pode dar origem, entre várias moléculas, a proteínas.
Já a transcrição reversa é quando um RNA é transformado de volta em um DNA. Esse processo é importante para as células, utilizado por alguns vírus para incorporar seu material no genoma do hospedeiro e também é usado para técnicas de biologia molecular!
Pessoal, não façam isso com quem convive com um transtorno psiquiátrico. Não tenham esse nível de insensibilidade e desrespeito. Independente da opinião de vocês sobre qualquer assunto, não sejam a pessoa que USA as vulnerabilidades de outros em prol de sua narrativa.
Gente, queria agradecer por todo o apoio e carinho. Em uma situação mais normal, eu ne mteria visto o comentário. Mas somou do momento ser complicado e de ele vir na sequência que fiz a postagem, aí somou tudo. Já tomei algumas atitudes aqui, e só agradecer mesmo
🚨BAIXAS COBERTURAS VACINAIS PARA A POLIO🚨 @g1cienciaesaude destaca o ressurgimento da polio em Israel🇮🇱 e uma nova cepa registrada no Malaui🇲🇼 (sudeste da África) e as baixas coberturas em 2021 para essa vacina no Brasil🇧🇷.
Há risco para a reintrodução da polio por aqui!👇🧶
Segundo a matéria: "Considerando todas as (3) doses, a cobertura vacinal era de 96,55% em 2012. Em 2021, caiu para 59,37%. A mais baixa foi a da dose de reforço dada aos 4 anos: apenas 52,51% das crianças receberam essa dose em 2021, segundo os dados do DataSUS até 6 de março."
Segundo @gersonsalvador na reportagem, "até 2015, a cobertura vacinal contra a poliomielite no Brasil se aproximava de 100%". A partir de 2016, ocorreu uma "queda vertiginosa" g1.globo.com/saude/noticia/…
Recentemente, um estudo associou a infecção viral pelo vírus Epstein-Barr a um risco maior (32x) para esclerose múltipla, podendo estar presente antes do desenvolvimento da doença!
Vamos comentar um pouco sobre esse estudo, trazendo dados para outras doenças e vírus também 🧶👇
MELL NÃO QUERO LER FIO LONGO!
Bora para as principais conclusões:
🔹O risco de EM aumentou 32 vezes após a infecção pelo EBV
🔹MAS não aumentou após a infecção por outros vírus, incluindo o citomegalovírus de transmissão semelhante.
Vamos a algumas apresentações, antes de entrar nos dados:
1⃣MIELINIZAÇÃO - é o processo de cobrir partes do axônio com um revestimento que funciona como um isolante elétrico (a bainha de mielina). Um tipo de célula que a produz é o oligodendrócito