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Os planos de governo de Fernando Haddad e Jair Bolsonaro são diferentes em muitos sentidos. Fizemos a comparação:

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Propostas para os jovens:
O programa “O Brasil Feliz de Novo” de Haddad foca em diversos problemas que afligem os jovens. Promete criar o Meu Emprego de Novo, focado na inserção qualificada do jovem no mercado de trabalho. Também vai aumentar o número de vagas no ensinos superior, técnico e profissional.
O plano de governo de Jair Bolsonaro, chamado “Projeto Fênix”, não conta com tópico específico para a maioria dos temas aqui listados — além de estar cheio de inverdades. No que tange diretamente ao jovem, a única proposta clara é a redução da maioridade penal para 16 anos.
Propostas para as mulheres:
Haddad promete melhorar a vida das mulheres em diferentes frentes: igualdade salarial, valor e tempo do seguro-desemprego para gestantes e lactantes, ampliar a Casa da Mulher Brasileira e reforçar a aplicação da Lei Maria da Penha, além de garantir a saúde integral da mulher.
Bolsonaro não tem nenhum ponto específico de políticas para mulheres no plano de governo. O único momento em que “mulher” é citado no documento, é num gráfico que mostra o índice de estupros contra mulheres e crianças no Brasil, sem uma explicação clara para a sua presença ali.
Direitos Trabalhistas
Haddad tem uma série de propostas sobre trabalho para diferentes áreas da sociedade em seu programa. Ele propõe a criação do Salário Mínimo Forte, a revogação da atual reforma trabalhista, modernizando a CLT com um diálogo entre toda a sociedade
incluindo cláusulas para incentivar o contínuo aperfeiçoamento dos trabalhadores através do estudo, além de promover um debate na sociedade para tentar reduzir a jornada de trabalho. Também promete criar o já citado programa Meu Emprego de Novo, voltado para jovens.
Bolsonaro promete criar uma “carteira de trabalho verde-e-amarela”, que funcionaria em paralelo com a carteira de trabalho atual, onde prevaleceria a “negociação” entre trabalhador e patrão e não a legislação trabalhista. Essa pode contribuir para a morte da CLT na prática.
Igualdade Racial:
Fernando Haddad promete medidas para melhorar a igualdade salarial de negros e negras e sua presença em postos de chefia. Também fará um Plano Nacional de Redução da Mortalidade da Juventude Negra e Periférica, que deve ser criado com a participação toda a sociedade civil.
Não existe nenhum ponto específico sobre a promoção da igualdade racial no plano de governo de Jair Bolsonaro — no máximo um ponto genérico que diz que “qualquer forma de diferenciação entre os brasileiros não será admitida” — ou seja, promete o mínimo do mínimo.
Cultura:
Haddad promete revisar uma série de pontos abandonados pela gestão Temer, como o Plano Nacional de Cultura e o Sistema Nacional de Cultura, além de aumentar progressivamente os recursos destinados ao Ministério da Cultura, até chegar a 1% do orçamento da União.
Outros pontos importantes são a garantia da aplicação da Lei Cultura Viva, a consolidação de uma Política Nacional para o Livro, Leitura e Literatura, além de reforço ao setor audiovisual e da política nacional de museus e proteção e promoção do patrimônio cultural.
Não há nenhuma menção à políticas culturais no plano de governo de Jair Bolsonaro.
Drogas:
Haddad quer focar menos no pequeno traficante desarmado e enfrentar os grupos organizados e facções do tráfico nacional e internacional. A prevenção ao uso de drogas se dará nas áreas de saúde e educação, além de estudar as experiências internacionais de descriminalização.
Não há nenhuma menção direta a uma política de drogas no plano de Bolsonaro, só uma tentativa de ligar as drogas à esquerda, onde diz que “o avanço das drogas e da esquerda são prevalentes nas regiões mais violentas do mundo: Honduras, Nicarágua, El Salvador, México e Venezuela”.
Direitos Humanos:
Haddad quer resgatar e atualizar o Programa Nacional de Direitos Humanos, incluindo uma conferência popular que inclua diferentes setores da sociedade. Também quer recriar as pastas de Direitos Humanos, Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial.
Não existe nenhuma seção especifica na questão dos direitos humanos no plano de governo de Bolsonaro, apenas um ponto nas conclusões da seção dedicada à segurança pública: "redirecionamento da política de direitos humanos, priorizando a defesa das vítimas da violência."
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