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Ao entrar em um vídeo sobre máquinas de forjamento de martelo mais rápidas e pesadas e seguir as sugestões do Youtube, o algoritmo da plataforma levou @yaso para um vídeo sobre como fazer munição para uma arma semi-automática. 
Apesar de ter um serviço de assinaturas, o YouTube Premium, a plataforma ganha dinheiro mesmo é com anúncios e os algoritmos existem para garantir que as pessoas sejam expostas a mais e mais anúncios.
Esses algoritmos usam uma combinação de dados para recomendar vídeos que visam, literalmente, prender e viciar as pessoas. É um sistema que aprende sem ser “supervisionado” por humanos.
Para tomar as decisões por você, os algoritmos associam significados que eles mesmos aprendem em etapas, de modo a filtrar e combinar categorias para chegar em um conjunto de vídeos ou anúncios para recomendar.
É uma rede fértil para circular a ideia de que políticas afirmativas para negros são parte de uma conspiração para acabar com a raça branca ocidental, por exemplo, ou o delírio de que vacinas são parte de um plano para acabar com determinadas populações.
No Brasil, temos a nossa própria rede de influenciadores de extrema direita, catapultados para a fama com a ajuda do algoritmo do @YouTube. Todos recomendados por @JairBolsonaro, que se beneficia da popularização de teorias conspiratórias de extrema direita.
Entre os youtubers de @JairBolsonaro estão @moura_101, com quase três milhões de seguidores e vídeos defendendo a existência da cura gay, o influenciador Diego Rox, que defende para seus quase um milhão de seguidores a existência da Ursal e a jornalista @joicehasselmann.
Recentemente o Google reconheceu o problema. A empresa disse que passaria a sinalizar vídeos que espalhassem desinformação e exibiria, junto com eles, conteúdo da Wikipedia. O que não ataca a raiz do problema que é seu modelo exploratório de negócios: interc.pt/2FjpSUL
