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Não se percebe o celeuma sobre o Transporte Público. É natural que PSD e CDS se mostrem empenhadamente contra a redução do valor dos passes para utilização do transporte público. É um sinal de coerência.
Durante a sua governação a marca nos transportes foi: 1) aumento de 25% dos passes sociais; 2) redução da oferta; 3) diminuição quase a zero das indemnizações compensatórias às empresas de transporte pelo serviço prestado; 4) despedimentos em massa nos transportes e manutenção.
O mesmo Governo que concretizou um COLOSSAL aumento da tributação sobre as Famílias (IRS/IVA) para compensar a redução - mais outra - do IRC, e que antes tentara reduzir a parcela da TSU das empresas, transferindo-a para quem trabalha.
É necessário ter presente a lógica invertida aplicada ao Transporte Público nos anos de governação PSD e CDS, sustentada em dogmas académicos e resultado dessa política face à realidade europeia:
É preciso não esquecer o que foi feito num passado recente:
No horizonte 2012-2015, cingindo-se à ML/CARRIS que o governo Passos pretendia privatizar, cortou 68M€ nas IC para poupar, mas previa remunerar o operador privado em 2016 com 313M€ (230M€ de renda + 50% da bilhética).
Incluir o que foi feito em todo o sector, designadamente no fluvial e ferroviário, mostra a dimensão do brutal desinvestimento cujas consequências ainda onde se manifestam.
Lembrar onde estava Portugal em 2014: "Portugal entre os países com os transportes mais caros"
A História não se apaga - o que fizeram o PSD e CDS em favor das Populações e do Transporte Público: "Reformulação das tarifas dos transportes de Lisboa prevê aumento do preço dos passes "
O CDS foi sempre contra o Transporte Público, defendendo privilégios para o transporte individual.
Apostar no Transporte Público é ter visão de futuro e é uma opção com inúmeras vantagens: descongestionamento da rodovia, menor poluição, viagens mais rápidas, maior produtividade, redução de gastos inerentes ao congestionamento, redução das importações (veículos e petróleo)...
... poupança nos gastos na Saúde pela redução das doenças associadas à poluição e diminuição da sinistralidade rodoviária. Tudo isto se conjuga para melhoria na vida das pessoas e das contas públicas. Podemos criticar? Sim: falta mais investimento.
