Linha do tempo das mudanças ortográficas da língua portuguesa.
A partir de uma proposta do jornalista, professor, político e escritor Medeiros e Albuquerque, a Academia Brasileira de Letras (ABL) elabora projeto de reformulação ortográfica com base nas propostas de Gonçalves Viana.
Portugal oficializa, com pequenas modificações, o sistema de Gonçalves Viana.
A ABL aprova a proposta do professor, filólogo e poeta Silva Ramos que ajusta a reforma ortográfica brasileira aos padrões da reforma portuguesa de 1911.
A ABL volta atrás e revoga o projeto de 1907, ou seja, não há mais reforma.
A Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras assinam acordo para unir as ortografias dos dois países.
O governo brasileiro oficializa o acor do de 1931.
A Constituição Brasileira revoga o acordo de 1931 e estabelece a volta das regras ortográficas de 1891, ou seja, ortografia voltaria a ser grafada orthographia. Protestos generalizados, porém, fazem com que essa ortografia seja considerada optativa.
Convenção Luso-Brasileira retoma, com pequenas modificações, o acordo de 1931.
Divergências na interpretação de regras resultam no Acordo Ortográfico Luso-Brasileiro. Em Portugal, as normas vigoram, mas o Brasil mantém a ortografia de 1943.
As colônias portuguesas na África (São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola e Moçambique) tornam-se independentes
Reunião de representantes dos sete países de língua portuguesa no Rio de Janeiro resulta nas Bases Analíticas da Ortografia Simplificada da Língua Portuguesa de 1945, mas que nunca foram implementadas.
Surge o Acordo de Ortografia Simplificada entre Brasil e Portugal para a Lusofonia, nova versão do documento de 1986.
Brasil e Portugal aprovam oficialmente o documento de 1990, que passa a ser reconhecido como Acordo Ortográfico de 1995.
No Primeiro Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa fica estabelecido que todos os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) devem ratificar as normas propostas no Acordo Ortográfico de 1995 para que este seja implantado.
O Timor Leste torna-se independente e passa a fazer parte da CPLP.
Com a aprovação do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, fica determinado que basta a ratificação de três membros para o acordo entrar em vigor. No mesmo ano, o Brasil ratifica o acordo.
Cabo Verde e São Tomé e Príncipe ratificam o documento, possibilitando a vigoração do acordo.
Portugal aprova o Acordo Ortográfico.
a A (á)
b B (bê)
c C (cê)
d D (dê)
e E (é)
f F (efe)
g G (gê ou guê)
h H (agá)
i I (í)
k K (capa ou cá)
l L (ele)
m M (eme)
n N (ene)
o O (ó)
p P (pê)
q Q (quê)
r R (erre)
t T (tê)
u U (u)
v V (vê)
w W (dáblio)
x X (xis)
y Y (ípsilon)
z Z (zê)
a) Em antropónimos/antropônimos originários de outras línguas e seus deriva dos: Franklin, frankliniano; Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Wagner, wagneriano; Byron, byroniano; Taylor, taylorista;
b) Em virtude da adoção convencional: hã?, hem?, hum!.
O h final emprega-se em interjeições: ah! oh!.
alcateia
aleia
amoreia
apneia
assembleia
ateia
azaleia
boleia Basileia
Boraceia
Brasileia
Caldeia
Cananeia
catleia
cefaleia
colmeia
Coreia do Norte
Coreia do Sul
coreico
diarreia
dismenorreia
dispneia
Dulcineia
epopeia
epopeico
Eritreia
estreia
europeia
farmacopeia
gonorreia
ideia
Jureia
Medeia
moreia
morfeia
ninfeia
nucleico
odisseia
onomatopeia
onomatopeico
panaceia
pangeia
patuleia
Pauliceia
pigmeia
piorreia
plateia
Pompeia
prosopopeia
Rubineia
seborreia
teodiceia
teteia
traqueia
ureia
verborreia
adenoide
Águas de Lindoia
alcaloide
androide
apoio (do verbo apoiar)
asteroide
benzoico
boia
boia-fria
butanoico
corticoide
claraboia
espermatozoide
esquizoide
esteroide
estoico
estroina
etanoico
flavonoide
gastrozooide
heroico
humanoide
introito
jiboia
joia
lambisgoia
metanoia
mesozoico
neozoico
ninfoide
ovoide
paleozoico
paranoico
paranoide
perestroica
pinoia
piramboia
plutoide
poliploide
porta-joias
proteico
queloide
reumatoide
sequoia
tifoide
tipoia
tireoide
tiroide
tramoia
trapezoide
traqueoide
traquitoide
tremoia
trioico
tripoide
trocoide
trofozooide
Troia
urbanoide
aiuba
baeuna
baiuca
Bocaiuva
boiuno c
auila (variante de caiura)
cheiinho (de cheio)
cuiuba
eoipo
feiume
feiura
Daiuca
Groairas
Guaiba
Guaiuba
Guaraiuva
Ipuiuna
maoismo
muiuna
reiuna
saiinha (de saia)
Sauipe
suaile
taoismo
tuiuca
tuiuva
veludo
abençoo
abotoo (do verbo abotoar)
coo (do verbo coar)
coroo (do verbo coroar)
doo (do verbo doar)
enjoo
leiloo
magoo (do verbo magoar)
moo (do verbo moer)
perdoo
roo (do verbo roer)
soo (do verbo soar)
sobrevoo
voo
povoo (do verbo povoar)
zoo
Iniciados por grã e grão Grã-Bretanha Grão-Pará
Iniciados por verbo Abre-Campo (município de MG) Passa-e-Fica (município do RN) Passa-Quatro (município de MG) Passa-Sete (município do RJ) Passa-Tempo (município de MG) Quebra-Costas Quebra-Dentes
Albergaria-a-Velha
Baía de Todos-os-Santos
Entre-os-Rios
Montemor-o-Novo
Trás-os-Montes
Palavras compostas que perderam, em certa medida, a noção de composição são grafadas aglutinadamente.
Exemplos: girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, paraquedista, pontapé, etc.
Bem-vindo continua com hífen.
Usa-se o hífen nas formações com aero-, agro-, ante-, anti-, arqui-, auto-, bio-, circum-, co-, contra-, eletro-, entre-, extra-, geo-, hidro-, hiper-, infra-, inter-, intra-, macro-, maxi-, micro-, mini, multi-, neo-, pan-, pluri-, pós-, pré-, pró-, proto-, pseudo-,
Exemplos: circum-escolar, circum-murado, circum-navegação; pan-africano, pan-mágico, pan-negritude.
Exemplos: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.
Exemplos: ex-almirante, sota-piloto, soto-mestre, vice-presidente, vizo-rei.
Exemplos: pós-graduação, pré-escolar, pró-africano
Exemplos: desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc.
Exemplos: cooperar, coobrigação, coocupante, cooperação, coordenar, etc.
Exemplos: pospor, prever, promover.
– para (flexão do verbo parar), homógrafa de para (preposição); – pela(s) (substantivo e flexão do verbo pelar), homógrafa de pela(s) (combinação de per e la(s));
Continua a ser acentuada a forma pôde (terceira pessoa do pretérito perfeito do indicativo do verbo poder).
Deixam de ser acentuadas as vogais tônicas i e u das palavras paroxítonas precedidas de ditongo.
Exemplos: Piauí, teiú, teiús, tuiuiú, tuiuiús.
b) Porém, se o a e o i passarem a tônicos, eles devem ser acentuados graficamente. Exemplo: averíguo.
O trema foi suprimido, exceto nas palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Exemplos: hübneriano (de Hübner), mülleriano (de Müller), etc.
Se a palavra for composta ou for uma forma verbal seguida de pronome átono e se a partição no final da linha coincidir com o final de um dos elementos ou membros, deve-se, por clareza gráfica, repetir o hífen no início da linha imediata.
As letras k, w e y foram incorporadas ao alfabeto. O alfabeto passa a ter 26 letras: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z.