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Há exatos 25 anos, entrava em circulação o Real, moeda estável que libertou os brasileiros do tormento da hiperinflação.

Sucesso só foi possível graças a reformas liberais que limitaram a gastança de dinheiro público e trouxeram noção de responsabilidade fiscal.

#Real25Anos
A hiperinflação brasileira foi uma bomba relógio armada durante a ditadura militar.

Desordem nas contas, gastança desenfreada, falta de limites para emissão de moeda.

O aumento desproporcional da moeda em circulação, acima da geração de riqueza, desvaloriza o dinheiro.
Quando a moeda deixa de ser uma referência confiável para medir o valor dos produtos e serviços, os preços ficam instáveis.

Na prática, a vida das pessoas comuns vira um inferno: uma correria contra o tempo, enquanto todos os preços só fazem subir.
Quando a inflação fica descontrolada, o trabalhador perde substancialmente a sua liberdade.

Ele vê derreter, diante dos olhos, o poder de compra do seu salário.

Com continuação, a verdade é que se torna impossível até mesmo saber quanto realmente está ganhando ao fim do mês.
O populismo busca benefícios ilusórios de curto prazo.

Gastando o dinheiro público, o governo praticamente consegue comprar apoio de parcelas da sociedade diretamente beneficiadas.

Mas a conta chega. Quando imprime dinheiro pra pagar as contas, a inflação prejudica a todos.
Nesses casos, os maiores prejudicados são os mais pobres.

Com acesso a boas operações financeiras, os ricos conseguem blindar seu dinheiro da desvalorização.

Os mais pobres ficam reféns da máquina de remarcação de preços.

Assim, a inflação agrava a desigualdade e a pobreza.
A ditadura criou bancos públicos estaduais, que ficavam sob o controle dos governadores.

Os bancos estaduais repassavam suas dívidas para o banco central, numa operação absurda chamada conta-movimento.

Na prática, governadores tinham poder para emitir dinheiro sem aviso prévio.
A bagunça geral não conseguia nem mesmo ser consolidada em um orçamento único.

Antes do Real, o país sequer sabia realmente qual era o tamanho do déficit público.

Falta de transparência deixava sociedade às cegas, prática incompatível com qualquer pretensão democrática.
Por isso, além da troca de moedas, o Plano Real incluiu série de medidas estruturantes.

Ajuste fiscal, governança do BC, limite de gastos, lei de responsabilidade fiscal, privatizações, abertura comercial: reformas de caráter liberal que limitaram poder do Estado.

#Real25Anos
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