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Na minha inocência, achei eu que as notícias do "Expresso" que dão conta que houve uma mãe no processo da IURD não tinham sido levadas a sério por jornalistas encartados. Pelo povo não foram. Mas o povo é sábio e percebeu que não há justiça para pobres.
portanto, quando um colosso como a IURD te processa até à exaustão, tu, a dada altura, desistes. Isso é evidente, óbvio, para qualquer pobre. Que não tem dinheiro sequer para pagar 400€ de custas judiciais.
Ora, "Clara", confrontada com um processo por difamação, desistiu de tudo. Disse que assinou, que mentiu durante o tempo todo e que foi pressionada para mentir. Claro que agora, sim, mente. E só não vê quem não quer.
Aliás, há uma gravação oculta dessa mãe que explica à jornalista Alexandra Borges que não conseguia continuar com este processo. Tem cancro, está cansada e a vida mudou do avesso e para quê? Para ser enxovalhada em praça pública. Para ser maltratada no MP.
Para ser julgada por uma procuradora que olha para esta mulher não como mãe mas como o ex-toxicodependente que se prostituía para pagar o vício (o seu e o do seu companheiro, que a viciou à força)
A história é antiga, está publicada, e sabe-se até que houve um tipo - envolvido em esquemas complicados no tempo da Casa Pia - que ainda tem carteira profissional, que procurou as mães fazendo-se passar por um funcionário do MP.
Sim, bateu-lhes à porta e disse "se quiserem desistir do processo contra a IURD, acaba tudo". Claro que mais uma vez estamos a falar de pessoas com pouca instrução. A "Clara" não percebeu logo o que estavam a fazer. A "Maria" é mais expedita. Ligou logo ao Garcia Pereira.
Não assinou nada. Nem assinava. E pagou do seu bolso custas judiciais com dificuldade. Está também processada pela IURD, mais do que uma vez. E o Estado e a Justiça portuguesa acham isto tudo muito bem.
Bem, nada disto é relevante. Guardei para o fim o melhor. Jornalistas deste país que quiseram fazer notícias sobre as adoções ilegais e não conseguiram porque não tinham os contactos. O CM copiou quase ipsis verbis - chegou a roubar imagens (bastou para isso tirar a mosca da TVI)
Grave, grave, é um jornal como o Expresso ter feito o que fez e várias vezes. Gostava imenso que alguns jornalistas viessem a público contar o que aconteceu na redação a propósito das peças sobre a IURD. Sobre isso e sobre a publicidade em barda que o Expresso teve da Record
E já agora: ja me disseram isto tantas vezes que vale a pena partilhar. A IURD terá ido emissão obrigacionista da SIC. A compra é feita junto dos bancos por ex e tanto particular como empresa podem investir. Era só.
(Que é uma coisa que há gente que por aí anda que não percebe, aparentemente. Mas devia. O pobre nao tem direito à justiça neste país. Muito menos contra instituições q têm dinheiro suficiente para tentarem comprar televisões privadas em PT)
Onde a Globo falhou, a tvi não desistiu. Mas não por falta de tentativas da própria justiça portuguesa.
E pior: para ser enganada pelo próprio filho que agora é neto do Macedo e q até dinheiro lhe tentou extorquir. Sim, tentou extorquir 800€ a uma mulher, que é empregada a dias, e q ainda tentou juntar dinheiro para o filho q não via desde os 3 anos comprar um novo telemóvel xpto
(Sobre isto, já agora, o MP não fez nada. Foi informado que houve um tipo que se fez passar por funcionário judicial q andou a bater às portas das casas das mães, dizendo q era do ministério Público e que estava mandato pelo MP para negociar com as mães)
Tem mãozinha do sistema. Juizes protegem juizes. MP protege MP. Nem com a denúncia das técnicas da SCML, q há 20 anos avisaram a coordenadora do tribunal de família (Joana Marques Vidal) do q se se estava a passar, a justiça fez o q devia.
Nada q a procuradora não avisasse logo as testemunhas. Crianças, agora adultos, ex funcionários do lar, mães, pais, antigas técnicas, todos foram avisados: “isto é para arquivar que está tudo prescrito, mas diga lá”
Uma das pessoas chamadas foi uma criança do lar, agora uma mulher, q uns bispos não chegaram a adotar porque ela era “escurinha”. Lembra-se bem disso. Nunca saiu do lar e na altura achava q era porque não era boa o suficiente. Aliás, as funcionárias diziam: “porta-te bem”...
... “pode ser q tenhas sorte”. De cada vez que uma turba de IURDs ia lá para escolher uma criança, os miúdos vestiam-se no seu melhor e aguardavam ser os eleitos. Mas Sandra era “escurinha”
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