O teto foi proposto por Dilma
Sim, no início de 2016, mas com formato bem diferente do adotado por Temer. Meta seria de 4 anos, com possibilidade de crescimento real do gasto e cláusula para lidar com recessão ou baixo crescimento
Sim, essa é a vantagem de metas de gasto, pois mesmo se houver aumento de receita, não há aumento automático de despesa. Quanto mais estrita for a meta de gasto, maior é o conflito distributivo no orçamento
Há controvérsias, pois o risco e o juro caíram mais devido à recessão e redução da inflação, além da melhora do cenário internacional no final de 2016 e início de 2017. Mas limite de gasto também teve impacto.
Depende, se mudança for para algo que garanta reequilíbrio fiscal, distribuindo o ajuste no tempo e com gastos que recuperem a economia mais rapidamente, cenário macro pode melhorar
Se for "liberou geral", juros e câmbio sobem
Não necessariamente, por que até 2019 a principal restrição fiscal foi/é a meta de resultado primário. Pelo teto desse ano, o governo poderia descontingenciar 34 bi.
Sim, até esse ano, a principal restrição sobre as discricionárias é a meta de resultado primário. O teto será a principal restrição em 2020.
Sim, há grande “empoçamento” de recursos devido ao apagão das canetas e à incerteza jurídica trazida pela Lava Jato. Mas por essa lógica poderíamos liberar todo investimento do teto, já que isso não aumentaria a despesa
Não, pois o principal problema da Argentina é financiamento externo e indexação cambial, enquanto temos nós problema fiscal (em moeda interna) e baixa inflação. Mudar teto para regra mais racional não transforma BRA em ARG,
Lógica estranha, pois diz que o teto deu certo quando não teve efeito, mas quando finalmente terá efeito (em 2020), precisa ser mudado.
Não, em toda discussão, mesmo os defensores da reforma (que me inclui) argumentaram que a medida seria insuficiente para manter o teto. A reforma deve sair devido a 25 anos de debate e construção de apoio
Não, pois as reformas tributária e administrativa têm lógica e desafios próprios, além do teto de gasto.
E há outras regras fiscais, com meta de gasto, compatíveis com reformas.
Sim, pode haver desperdício, com $ indo para aumento de folha e outros gastos supérfluos. Por isso a mudança tem que especificar o que deve ter dotação orçamentária elevada (investimento, saúde e educação)
Errado. O que mede a expansão/contração da política fiscal é a variação do déficit primário estrutural. Por esse critério nossa política fiscal é contracionista desde 2017.
Sim, déficit elevado aumenta a dívida, mas atualização do cenário macro mostra que o nível atual de resultado estrutural já pode ser consistente com a estabilidade da dívida pública
Não. Mesmo os estudos de Alesina demonstram que ajustes fiscais liderados por corte de gasto tem parcela (de 20% a 30%) de aumento de receita
Cortar desoneração é aumentar receita
A política fiscal não foi o único fator recessivo em 2015. Colapso de commodities, sudden stop no BNDES, reajuste da energia, pauta bomba e Lava Jato foram mais importantes.
Errado. A crise do impeachment afundou mais a economia do 2º sem de 2016. O impulso fiscal temporário só veio no final de 2016, com impacto positivo em 2017
Outro espantalho. Pode ou não acontecer. Depende da taxa de juros e crescimento da economia. Vale a pena ampliar investimento mesmo que seja com mais dívida hoje e aumento do primário no futuro.
A sociedade elege representantes para definir o orçamento do governo. Regra fiscal diz como reagir a choques. Tamanho e função do Estado é questão política, definida pelo voto, periodicamente.
Sim, e esse é o plano do governo, que tende a destruir a rede de proteção social construída desde 1988, que é o que tem amenizado o impacto da recessão-estagnação atual
Errado. Há várias alternativas de meta de gasto melhor do que o congelamento real criado por Temer. Exemplo, limite para gasto corrente, sobretudo para a folha, com meta de expansão de investimento, saúde e educação.
Piada de mau gosto ("o problema é o povo"). Com lento crescimento, alto desemprego e incerteza política, é racional que famílias e empresas sejam conservadoras nos seus gastos
Sim, é possível, se a alternativa for política fiscal insustentável. Toda decisão tem risco, inclusive a decisão de aprofundar arrocho fiscal em uma economia estagnada como a nossa
O teto já foi flexibilizado, para classificar a bolsa-diesel e a distribuição do bônus do petróleo para Estados e Municípios como "extra-teto". Logo pode haver flexibilização para programas essenciais de governo.
SELIC pode cair mais pelo contexto interno e externo. E a experiência internacional (UE) mostra que é arriscado concentrar todas iniciativas no lado monetário. Melhor diversificar medidas entre fiscal e monetário
FIM