Em um áudio que obtive, Queiroz explica como cargos podiam ser usados no Congresso. Ele sugere que as indicações poderiam ser feitas para comissões ou em gabinetes de outros deputados e senadores, e não apenas em cargos vinculados à família Bolsonaro. abre.ai/aoxu
"Tem mais de 500 cargos, cara, lá na Câmara e no Senado. Pode indicar para qualquer comissão ou, alguma coisa, sem vincular a eles (família Bolsonaro) em nada — diz Queiroz, no áudio, para depois complementar: — 20 continho aí para gente caía bem pra c**".
Essa situação ocorreu em junho, vários meses depois que ele foi exonerado do gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. Ele diz que isso ocorreu porque mantém seu "capital político”, apesar da investigação sobre peculato e lavagem de dinheiro do MP.
Queiroz diz que "o gabinete do Flávio faz fila de deputados e senadores, pessoal para conversar com ele, faz fila. Só chegar lá e nomeia fulano aí para trabalhar contigo aí, salariozinho bom desse aí para a gente que é pai de família, cai como uma uva".
Queiroz nomeou diversas pessoas no gab de Flávio. Além de 7 parentes, admitiu ser o responsável pelas nomeações de de Danielle Nóbrega e Raimunda Magalhães, respectivamente, ex-mulher e mãe do ex-capitão do Bope Adriano Nóbrega - investigado por ser o líder de uma milícia no Rio
Gostaria de esclarecer que o áudio publicado nessa matéria não integra a investigação do MP sobre o Queiroz e o obtive diretamente por uma fonte que o cedeu, por livre e espontânea vontade, mas sigilosamente. Conforme está escrito na matéria.
