Thread by @leosiqueirabr

Paulo Guedes falou: "há regimes que criam muito empregos com um pouco menos de direitos, e há regimes que tem muitos direitos e tem 50 milhões de desempregados."

Vamos falar de rigidez no mercado de trabalho e seus efeitos na produtividade?

Segue a thread, meu consagrado.

1. Quando definidos acima do salário de equilíbrio do mercado, os salários mínimos podem aumentar o desemprego.

No Brasil, os dados de 2001 a 2009 mostram que a introdução de um salário mínimo está associada a um aumento de 39% no emprego INFORMAL (Jales, 2018).

2. Na Indonésia, a introdução do salário mínimo resultou em redução nas horas de trabalho e emprego.

Embora tenha havido aumento nos ganhos entre as famílias de baixa renda, Yamada (2916) concluí que o ganho de bem-estar resultante do aumento do salário mínimo é insignificante.

3. No Chile, um aumento real de cerca de 22% no salário mínimo entre 1998-2000, reduziu a produtividade em 4% nas firmas com mais trabalhadores não-qualificados (Alvarez and Fuentes, 2018).

4. Na Suécia, um aumento da FLEXIBILIDADE do mercado de trabalho está associado a uma maior produtividade do trabalho (Bjuggren, 2018).

Em particular, firmas pequenas de até 11 funcionários, deixaram de ser obrigadas a contratar idosos.

5. Na Índia, a regulamentação restritiva do trabalho está associada a um aumento de 35% nos custos unitários do trabalho das empresas (Amirapu e Gechter (2019).

6. Em algumas economias de alta renda de 1960 a 2010, a persistência do desemprego juvenil está positivamente correlacionada com a rigidez do mercado de trabalho (Kawaguchi e Murao (2014).

Tudo isso está no relatório de 2020 do Doing Business.
A próxima que farei será sobre impacto da morosidade judicial na produtividade. Também está lá..... Recomendo a leitura.