1. Vale a pena explicar o termo Mexicanização da Economia Brasileira.
O Termo foi criado por Ilan Goldfajn em 2006, quando ainda Diretor do BC.
Segue...
O México diminuiu significativamente sua dívida externa, melhorou o risco-país, reduziu a inflação pra 4% ao ano e consequentemente sua taxa de juros chegou a 3%.
Mas, dada a falta de consenso sobre prioridades e a divisão do Congresso, o México não avançou nas reformas para a melhorar a produtividade.
A reforma tributária, o regime da PEMEX (Petrobrás mexicana) etc foram deixadas de lado.
De 2002 a 2017, o México cresceu ~2,3%. Sendo que parte desse crescimento é simplesmente mais gente entrando no mercado de trabalho.
Assim como no México, o Brasil tem tido avanços significativos e dificuldades nas reformas.
Temos juros de ~4%. Inflação abaixo da meta (4,25%), reduzimos a dívida externa e o risco país. Mas faltam as reformas da produtividade.
E por que demora para avançar?
Porque falta consenso sobre as prioridades dos gastos públicos no país, onde se gasta em tudo, nada é racionado...
A diferença é que eles fizeram aquilo na marra e de maneira não sustentável. Mas a concepção não é muito diferente..
- Abertura comercial para dar produtividade.
- Reforma tributária para simplificar esse sistema complexo.
- Melhorar ambiente de negócios para facilitar abertura de empresas.
- Reduzir distorções setoriais que protegem setores ineficientes.