Aí a boa reportagem da Sônia Bridi no Fantástico de ontem sobre a evolução lenta mas firme do Prosub, de longe nosso mais ousado programa tecnológico:
via @YouTube
@YouTube Um dos pontos fortes da reportagem é, sem dramas, mostrar como os 4 últimos presidentes (Lula a Bolsonaro) apoiaram essa iniciativa liderada, claro, pela Marinha, ladeada pelo MCTIC
@YouTube De fato o programa nuclear brasileiro (óbvio que o Prosub é uma interesecção importante, mas extravasa o PNB) como um todo é exemplar como "política de Estado"
@YouTube Marco inicial do PNB pode ser dado como as exportações de urânio bruto para o Projeto Manhattan, a partir de 1945.
Seguiram depois os seguintes marcos importantes:
@YouTube 1951 – criação do CNPq
1956 – compra 1as centrífugas
1958 – primeiro reator para pesquisa 1962- primeiro reator de fabricação nacional
1968 – conceito estratégico nacional
1972 – início da construção de Angra I
1974 – Fundação da Nuclebrás
1975 – acordo nuclear com Alemanha
@YouTube 1976 – início de Angra II
1978 – início do programa nuclear paralelo
1979 – domínio do enriquecimento por ultracentrifugação
1984 – início da produção de hexafluoreto de urânio
1988 – inauguração do Centro Experimental de Aramar
1994 – retomada da construção de Angra II
@YouTube 2001 – início da operação de Angra II
2004 – início das atividades da Fábrica de Combustível Nuclear de Resende
2007 – primeira cascata de enriquecimento de Urânio
2008 – início do Prosub
2010 – Início da Construção de Angra III
2013 – criação da Amazul
@YouTube 2015 – início da construção do Labgene
2018 – início da construção do reator multipropósito
Inúmeras outras tecnologias estão sendo absorvidas e desenvolvidas.
Se tudo der certo - e dará - Brasil passará à História como 1a potência nuclear q não explodiu nenhuma bomba
De acordo com o notável "The Politics of Innovation", de Mark Z Taylor, a "causa causae" da diferença de performance em inovação tecnológica dos países é algo que ele chama de "insegurança criativa"
Taylor explica que aceleração da inovação tecnológica depende de um tipo de mobilização nacional que, infelizmente, está além da capacidade que os governos costumam dispor
Para q isso ocorra é necessário um balanço desequilibrado entre a percepção de ameaças externas e ameaças internas (como percebidas pelos grupos de pressão) em favor das primeiras.
Em outras palavras, a segurança nacional tem de ser um preocupação relativamente importante.
Maior nome do Neorealismo, John Mearsheimer esteve em live com brasileiros esta semana.
Ele aceitou fazer projeções e falar do "caso brasileiro".
Segue fio(zão):
John Mearsheimer: The plague and the future of international politics via @YouTube
Um país desprovido de visão estratégica como o Brasil precisa desesperadamente de John Mearsheimer (doravante JM) (1/24)
A percepção, contra todas evidências, de q que a arena internacional é essencialmente um espaço de cooperação, regido por ideais kantianos é profundamente arraigada no senso comum nacional, mas tb em quase todas universidades e instituições q lidam c política internacional (2/24)
Antes do início da Pandemia, em 5 de dezembro de 2019, o Centre for Transformative Innovation em Melbourne reuniu David Mowery e Linda Weiss para um painel sobre inovação e indústria de defesa:
(1/12)
Ambos reconheceram que nem toda inovação ocorrida após 1940 teve origem no chamado complexo industrial militar dos EUA: apenas as que importam
(2/12)
Mowery – sem ser exaustivo – traz os exemplos dos semicondutores, dos computadores e processadores, do software, da aeronáutica, das máquinas ferramenta de controle numérico computadorizado e da energia nuclear.
@Joao_P_Romero [1/21]
João, parabéns pela iniciativa.
Vou fazer uns contrapontos a seguir, a partir de uma conversa que tive com o @FaustoRevIndBR .
Vi q gente da qualidade do @PMorceiro já entrou com tudo, mas faço de conta q só conheço a tua "levantada de bola"
@Joao_P_Romero@FaustoRevIndBR@PMorceiro [2/22]
A lista de itens liberados para importação pelo MEcon é uma boa pista. Está composta de 61 produtos, de 16 capítulos.
Como vc, entendo q o PCI desses produtos é bom guia de quão difícil é produzi-los – e tb de quão difícil seria adquiri-los no mercado internacional
@Joao_P_Romero@FaustoRevIndBR@PMorceiro [3/22]
Ñ é possível saber os exatos SH2 dessa lista, mas qdo isso aconteceu subi 1 nível.
Pelas descrições a 4 ou 6 díg, ñ parece q houve perda importante de acurácia, mas alguns itens muito específicos – p. ex. azitromicina e derivados de cloroquina – exigiriam análise adicional