A economia não é ciência exata. O comportamento dos seres humanos não pode ser agregado em uma maçaroca de dados e ser modelável por meio de equações.
Se digo que prefiro hambúrguer a pizza neste momento, não quer dizer que amanhã não possa optar pelo contrário, sem contradição.
Se digo que prefiro hambúrguer a pizza neste momento, não quer dizer que amanhã não possa optar pelo contrário, sem contradição.
A metodologia de hoje em dia é produto da “inveja da física”. Mas a física tem experimentos controlados em laboratório, repetidos milhares de vezes nas mesmas condições para adequadamente se isolar todas as demais variáveis.
Ademais, não há na física a interferência de um ser com volição autônoma, que pode ferrar tudo. O sol não tem sentimentos, o átomo não pensa, o míssil não muda de ideia. A metodologia que se aplica à ciência econômica não é a mesma da física, portanto.
Os únicos 2 exemplos que conheço em ciência econômica de experimentos controlados são a separação da Coreia Norte/Sul e da Alemanha Oriental/Ocid. O mesmo povo com mesma história/cultura, separados do dia pra noite em um experimento social não intencional em termos de ciência.
Neste caso dá para inferir alguns aspectos usando o método das ciências naturais neste caso. Mas that’s it. Em nenhum caso mais se adapta bem.
Matemática é espetacular para se entender e digerir fenômenos passados e chegar a algumas conclusões. Mas usá-la isoladamente com a pretensão de se prever o futuro é de uma arrogância e ignorância incalculáveis (sem trocadilho).
Modelos são por definição simplificação da realidade. Se quero estimar os efeitos aerodinâmicos de um novo avião, construo um modelo e coloco em um túnel de vento. Simplifico não colocando poltronas ou o painel. Mas não posso deixar de colocar uma asa, um flap ou aileron.
Pois então: a metodologia mainstream usa modelos de avião sem uma das asas, pois DESCONSIDERA o fator humano, as vontades, iniciativas distintas de cada qual, seus vieses, irracionalidades, emoções. Por isso o avião neoclássico/mainstream caiu em 2008!
A Escola Austríaca é a única que não desumaniza, e ao contrário incorpora técnicas CIENTÍFICAS e teorias empíricas para deduzir leis econômicas e relações de causa e efeito.
Tratamentos estatísticos em ciências sociais são quase descrições disfarçadas de costumes, práticas e comportamentos, olhando pra trás. Se nada mudasse (se não houvesse incerteza genuína), um bom modelo teria boa aderência. O diabo é que o ser humano teima em mudar de ideia.
