Mas tem a maconha.
Até que a minha paciência se esgotou naquele dia 31 de dezembro de 2019
Ele levantou os olhos para mim - olhos que denunciavam que aquela não seria a primeira maconha do dia - e disse “Não, não. Já vou sair”
O rapaz levantou e foi embora.
Fui lá: "isso aí não é maconha, é?"
"Vocês não vão fumar isso aqui, né? Minha família está ali".
"Vamos sim", ele disse sorrindo de novo.
"Se vocês acenderem esse baseado eu vou chamar a polícia", eu disse, já alterando minha voz.
Fui até o calçadão. Encontrei o policial Ricardo e a policial Patrícia, trabalhando debaixo do sol quente. Ouviram minha história, desceram até a areia e abordaram o grupo com toda a polidez.
Covardes.
Agradeci aos policiais, que voltaram ao calçadão.
Os maconheiros, rebeldes da narcocausa, permaneceram mais um tempo por ali, depois foram embora.
Eu me incomodo. Todos os dias.
Todos os que estavam na praia viram o que aconteceu.
Quem sabe fazemos uma bandeira dizendo "drogas não serão toleradas", e hasteamos alto nas praias ?
Quem sabe não conseguimos viver, finalmente, em paz?