"Puxa, Fernando, pegando pesado com a Vera".
Então, deixa eu contar uma historinha aqui. Em 2002, a França teve eleições presidenciais e a esquerda francesa não conseguiu ir para o segundo turno. Foi um embate entre Chirac X Le Pen (o véio).
Sabem a posição da esquerda?
Então, deixa eu contar uma historinha aqui. Em 2002, a França teve eleições presidenciais e a esquerda francesa não conseguiu ir para o segundo turno. Foi um embate entre Chirac X Le Pen (o véio).
Sabem a posição da esquerda?
Distribuir prendedores de nariz para os eleitores e chamar o voto no Chirac, acusado de corrupção na época. A melhor síntese dessa posição veio no famoso editorial do Libération da época: "votez escroc, pas facho!"
liberation.fr/evenement/2002…
liberation.fr/evenement/2002…
Então, bem de boa, na hora que a extrema-direita se torna opção eleitoral viável e forte, a esquerda, dos seus extremos até suas posições mais moderadas e reformistas, todas são chamadas à marcar posição contra o trumpismo, contra Le Pen, contra Bolsonaro...
...mesmo que isso signifique votar na centro-direita.
Aí, na primeira vez em muito tempo em que o grau de polarização parece chegar a diferenças reais e concretas no campo da política (como parece ser o caso americano), o que essa centro-direita oferece? Absenteísmo.
Aí, na primeira vez em muito tempo em que o grau de polarização parece chegar a diferenças reais e concretas no campo da política (como parece ser o caso americano), o que essa centro-direita oferece? Absenteísmo.
Ah, sim, lembrando que a esquerda francesa fez o mesmo em 2017, na eleição do Macron...e vamos seguir fazendo; a esquerda sabe o perigo que é a extrema-direita no poder.
É uma pena que essa centro-direita só vá descobrir isso quando for tarde demais para ela.
É uma pena que essa centro-direita só vá descobrir isso quando for tarde demais para ela.
