Até hoje (1º de Março) não temos registros de transmissão local de #COVID19 no país: bom sinal, ainda não observamos o #SARSCoV2 sendo trasmitido de pessoa a pessoa.
Todos os casos confirmados no Brasil são importados, isto é, pessoas que contraíram o vírus fora do país.
Casos suspeitos de #COVID são catalogados quando uma pessoa apresenta febre, E algum outro sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, etc), COM histórico de viagem a países onde o vírus circula localmente, OU contato direto com caso de COVID19 confirmado ou suspeito.
Não há motivos para pânico. Temos apenas dois casos importados confirmados, até hoje sem transmissões locais.
O ministério da saúde está monitorando pessoas sintomáticas que se enquadram nos critérios definidos pela Organização Mundial da Saúde (@WHO).
Programo em Python. Adoro resolver problemas que envolvem programação. Mas se tem uma coisa que detesto é gastar horas tentando entender falhas (bugs) nos códigos. As vezes perco a esperança de achar a causa do problema, e no fim descubro que foi um 'espaço' fora do lugar. 😵💫💢🪲
Comecei a programar no mestrado em Microbiologia na USP. Queria tentar MSc em Bioinformática, mas o programa exigia alto nível de conhecimento em computação.
Hoje programo por que aprendi durante o PhD no Reino Unido, onde eu NÃO precisava chegar sendo especialista em computação
Como biólogo que programa, devo admitir: tenho os dois pés atrás perante alguns programadores profissionais.
Sem generalizar, mas com frequência me deparo com profissionais arrogantes, que tratam iniciantes como idiotas ('noobs'), em razão de dúvidas simples sobre programação.
"Flurona": importante esclarecer sobre esse termo (inadequado) usado para designar coinfecções pelos vírus Influenza e SARS-CoV-2
1⃣ Não, não existe um vírus híbrido da gripe/COVID
2⃣ Infecções simultâneas por vírus que se disseminam juntos acontecem: é normal, porém indesejável
É importante ter muito cuidado ao inventar termos não-oficiais para designar doenças ou patógenos. Termos como "flurona", "Delta plus" só geram confusão e ansiedade desnecessárias: "vírus híbrido", "super doença", "vírus mais agressivo".
Usem conceitos, não termos "criativos".
Deixemos os neologismos para a Literatura. Funcionam bem por lá. Em saúde pública, quanto mais nos atermos aos conceitos e termos oficiais, menos ruídos e interpretações equivocadas geramos.
O cenário atual da pandemia na Europa, revelado com dados do @ECDC_EU, serve de alerta:
→ A desigualdade da cobertura vacinal é um problema global. Países com baixa cobertura têm sido duramente afetados com aumento de casos E óbitos.👇🏾🧵
A baixa cobertura vacinal em alguns países da Ásia, América Latina, Leste Europeu e em especial no continente africano tem que ser vista como um problema de todos nós.
Enquanto tivermos populações não vacinadas, o SARS-CoV-2 seguirá se disseminando mundialmente e causando danos.
Alguns países no leste europeu tem menos de 50% da população totalmente vacinada. Somada à baixa cobertura vacinal, medidas como uso de máscara e distanciamento foram negligenciadas.
Resultado: aumento nos casos, hospitais saturados, e aumento nos óbitos.
Nos painéis abaixo, vemos as proporções de cada sublinhagem das principais variantes em circulação no Brasil. Tais proporções devem ser avaliadas com cautela, pois não sabemos ao certo quais estratégias de amostragem foram usadas. Logo, existem vieses.
Proporções (%) das variantes detectadas no Brasil em cada semana (datas = último dia das semanas). No mapa, o tamanho dos círculos (pizzas) denotam a quantidade de genomas amostrados nos estados, e as cores indicam as variantes.
Gente maluca de verde e amarelo na Paulista sempre me lembra as artes de @vitorcartum. Retratam bem como o Brasil chegou nesse nível de insanidade de 2013 para cá.