Estive hoje no Palácio do Planalto e estava lá quando os jornalistas que cobrem a portaria do Alvorada chegaram, revoltados com a palhaçada a que foram submetidos. Não humilhação, porque não há nada humilhante em fazer seu trabalho de forma correta.
Eles aguardavam Bolsonaro para comentar o PIB de 2019, o menor dos últimos três anos, quando o carro oficial vem com um Bolsonaro fake, o humorista @cariocadelegado. O secretário de imprensa, @fabiowoficial, assistiu ao "show" todo, bem como o presidente real.
O general @MinLuizRamos, que estava no carro da frente, parou e assistiu ao espetáculo. Sem dar uma palavra em nome dos jornalistas e do direito à informação.
Em seguida, o "humorista" falou: perguntem, hoje vocês podem me entrevistar. Isso depois de oferecer bananas aos profissionais. Que se viraram de costas e se recusaram a falar com ele, que era o que lhes era dado fazer.
Não cabe aos jornalistas deixar a cobertura. Equivaleria a um enfermeiro deixar o plantão de um hospital porque existe risco de coronavírus. Cobrir o presidente é missão dos bravos setoristas que enfrentam sol, chuva e esse tipo de impostura para levar informação ao público.
É DEVER de todo homem público eleito prestar contas.
É dever do jornalista informar.
E é DIREITO do público ser informado, não divertido, trollado ou enganado.
É dever do jornalista informar.
E é DIREITO do público ser informado, não divertido, trollado ou enganado.
Mas a claqu ri diante de uma clara omissão de dever do cargo e da tentativa de humilhar publicamente uma classe. Isso está errado de muitas maneiras.
Nos torna um País incivilizado, que abre mão das próprias prerrogativas para fazer papel de plateia em show de humor oficial
Nos torna um País incivilizado, que abre mão das próprias prerrogativas para fazer papel de plateia em show de humor oficial
