1) É Darwinismo Social, conceito que fundamenta regimes supremacistas, o que o presidente defende para o Brasil no enfrentamento ao coronavírus. Prefere milhares de pais e mães, avôs e avós sepultados a milhões de desempregados.
Na coluna: oglobo.globo.com/opiniao/darwin…
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2) A Covid-19 não é exclusiva de idosos, mas é mais letal para a faixa etária a partir dos 60 anos. Aos 65 anos, idoso e grupo de risco, o presidente usou a (suposta) condição física de atleta para rebaixar o corona a vírus de uma gripezinha. Os menos saudáveis que lutem.
3) Na Itália, quase um em cada quatro habitantes tem mais de 65 anos. É o país europeu com convivência mais intensa entre idosos e jovens, muitos vivendo juntos. Aqui também são comuns os domicílios conviventes, com mais de uma família na mesma casa.
4) O Brasil tem 30 milhões de habitantes com 60 anos ou mais de idade, 14% do total. Em capitais como Rio de Janeiro (22,7% da população), Porto Alegre (22,3%) e Vitória (19,7%), a proporção se aproxima da Itália.
5) No Censo 2010 idosos eram responsáveis por 22,9% dos lares brasileiros. Nos domicílios com renda de até um mínimo 45% dependiam do trabalho, da aposentadoria, da pensão ou do BPC de um mais velho.
6) Defender a volta à normalidade é agenda de homens convictos do próprio privilégio e inapelavelmente inoculados pelo vírus da falta de empatia.
👇🏾👇🏾👇🏾Darwinismo Social
1) Rosane Romão, psicóloga, ativista do movimento de mulheres negras, me alertou para o vídeo que o governo fez circular via mensagens no WhatsApp. São predominantemente negros os trabalhadores exibidos em “O Brasil não pode parar”.
2) São esses os brasileiros que terão de sacrificar as próprias vidas (e as de familiares) expondo-se ao risco de contrair a Covid-19. Negros e negras convocados para o trabalho precário. Vão enfrentar l a doença e a morte em prol de um governo que os despreza.
