Oi, pessoal. De onde será que está vindo este aumento da presença do vírus nos esgotos de Porto Alegre? Parece uma reversão de tendência a partir do início de setembro, né? E tivemos aumento na taxa de crescimento na última semana, também aderente ao que estamos alertando. //1
A mais de mês eu estou dando alertas sobre a reversão de tendência no contágio do SARS-CoV-2 em Porto Alegre...aqui inclusive mostrei como calcular:
Finalizo com o de sempre: torço para estar errado, mesmo com cada indicador reforçando o que já estávamos vendo. Torço para que algum fato novo venha a evitar uma exponencial, pois uma grande parte da população e das autoridades não estão agindo nesse sentido. //fim
Nossa atenção tem de estar voltada ao Amapá, e não só ao Amapá do presente, sem energia e em calamidade no meio de uma pandemia. Também tem de estar voltada ao Amapá do futuro, ou melhor, "aos Amapás". Sigam o pequeno fio. //1
No Brasil (talvez não só aqui) temos um problema sério, que é o deboche à prevenção e à gestão de riscos.
Um dos meus trabalhos (que eu praticamente não faço pois não se vê valor) é fazer auditorias e gestão de riscos. Prever possíveis problemas e mitigar os riscos futuros. //2
O que recebo em algumas vezes? Deboche, piadinhas...
"Lá vem o chato","lá vem o alarmista","pro Isaac tudo vai dar errado".
Aí quando dá (em uma grande parte das vezes acontece o previsto na auditoria de riscos), ouço "tu só diz que avisou mas não fez nada pra ajudar". //3
No dia 17/09 eu havia demonstrado que a segunda onda na Europa já era certeira, pois no gráfico com escala logarítmica, o crescimento dos casos já estava similar à primeira onda. Vejam o Reino Unido. //1
Aqui o link do post de 17/09 aonde eu demonstrava vários países da Europa (dos quais todos estão fechando agora):
A reversão de tendência consegue demonstrar (principalmente em países que testam mais), quando efetivamente saímos de uma queda e entramos em uma crescente. Vejam a França em 17/09 (fechou só hoje, 31/10): //3
Eu (Isaac) já alerto isso há tempo, e o modelo do Marc e a explicação são sensacionais.
No fim do fio eu completo. Daqui pra frente o fio é do Marc: Os óbitos e hospitalizações por COVID-19 sempre aparecem mais tarde do que os casos. Este atraso está frequentemente levando mais de um mês, e esse tempo pode ser previsto com precisão (Marc Bevand conseguiu). //2
Quem fala que é uma “epidemia só de casos” está errado. Este fio explica com exemplos reais. Marc Bevand mostrou o que causa o atraso, e como podemos prever com precisão. Primeiramente, existem várias causas: //3
Oi, pessoal. Qual a opinião de vocês sobre o papel da desinformação na tomada de decisão das pessoas? Usando o exemplo da vacina, que estava latente e agora estourou: vocês acham que a desinformação afeta a quantidade de pessoas que vai se vacinar? //1
Me parece um problema sério, e que temos de combater. Fiz uma imagem super simples para tentar condensar como eu vejo a desinformação afetando esse processo. //2
As pessoas todas tem (devem ter) autonomia nas suas decisões, e vejo que isso está sendo debatido. Mas essa autonomia precisa de informações para subsidiar a tomada de decisão posterior. //3
Oi, pessoal. Há alguns dias atrás eu fiz um fio explicando como identificar reversões de tendência nos números da COVID-19, e mostrei como isso pode nos ajudar a termos intervenções menores e mais baratas, antes de termos que parar tudo.
Utilizei os dados de Porto Alegre no fio, e usarei de novo agora para demonstrar continuidade. Atualizei os dados e gerei este gráfico, que traz as tendências dos últimos 70, 30 e 14 dias. Fica clara a reversão, né? //2
Quando começamos a ver isso nas UTIs, já temos um indício forte de que o contágio se espalhou a pelo menos 14 dias atrás, e que é hora de, no mínimo, parar com reaberturas. Intervenções aqui cortam o mal pela raiz. //3
Oi, pessoal! Para quem está com dúvida de como está a segunda onda da Europa e como isso pode influenciar o nosso futuro próximo, fiz alguns gráficos para demonstrar como estão a taxa de crescimento de casos e de óbitos tanto aqui quanto na União Européia + Reino Unido. //1
Separei assim pois a UE fica similar ao Brasil em número de "estados" e equipara a população. Sempre tem alguém que me diz "não podemos comparar o Brasil com "xxxx", mesmo falando de taxa de crescimento (e aí a população influencia menos do que a densidade demográfica). //2
Como podemos entender esses gráficos? São dois para casos e dois para óbitos. Nos gráficos também tem cores que refletem as medidas de distanciamento adotadas em cada localidade (deu um trabalhão pesquisar para 28 países quando abriram e quando fecharam). //3