1. Fio com as posições do FMI sobre a insensatez que significa a volta do teto de gastos em meio a uma crise sanitária ainda gravíssima. Os pontos são traduções diretas d trechos de relatórios do FMI, FED e outros. É só p/ vcs terem noção da insanidade e maldade do teto de gastos
2. O título de um dos textos do FMI que irei usar aqui é: "A crise não acabou, continue gastando"

"A crise econômica induzida pela pandemia deixará cicatrizes profundas...
3. (...) A erosão do capital humano por causa do desemprego prolongado e do fechamento de escolas, a destruição de valor por falências ... estão no topo da lista. Os grupos que já eram pobres e vulneráveis ​​viverão os maiores contratempos.
4. "A ação rápida e sem precedentes por parte dos formuladores de políticas, inclusive entre as economias avançadas e emergentes do Grupo dos Vinte (G20), ajudou a evitar uma crise econômica ainda pior "
5. "No entanto, grande parte do apoio fiscal está agora diminuindo gradualmente e muitos benefícios, como transferências de dinheiro para as famílias, pagamentos de impostos diferidos ou empréstimos temporários para empresas, expiraram ou deverão expirar até o final deste ano."
6. "Essa retirada do apoio está ocorrendo em um momento em que as perdas de empregos decorrentes da crise ainda são projetadas para serem consideráveis, conforme evidenciado por enormes quedas no emprego projetado em relação às tendências pré-pandêmicas."
7. Então, o que deve ser feito?

"Primeiro, o apoio deve ser mantido durante TODA a crise. Uma retirada prematura do apoio representaria mais danos à SUBSISTÊNCIA das pessoas.

Em tal cenário, as cicatrizes da crise provavelmente se tornariam muito mais profundas. "
8. ... políticas que promovem o investimento e a contratação em setores em expansão e fornecem oportunidades de requalificação e treinamento aos desempregados fortalecerão a recuperação e a tornarão mais sustentável...
9. Os investimentos para promover a descarbonização podem não só aumentar o emprego no curto prazo, mas também aumentar a resiliência no futuro.
10... O caminho para um crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo será longo e difícil. Agora é a hora de gastar com sabedoria e trabalhar juntos para construir um futuro melhor.
11. Continuem a fornecer suporte durante a crise e a impulsionar o crescimento. Conter o vírus requer esforços para garantir testes generalizados, rastreamento de contatos, distanciamento social e uso de máscaras....
12. As autoridades fiscais precisarão garantir que o apoio às políticas não seja retirado prematuramente, já que algumas medidas discricionárias - para ajudar famílias, trabalhadores e empresas - expiram.
13. O investimento público em saúde, educação e infraestrutura física e digital ajudará a promover a recuperação...
14. Mas de onde virá o dinheiro? Segundo relatório recente do Citibank, que aceita como correta a maior parte da MMT: "O fato de os governos não poderem ficar sem dinheiro é mera ortodoxia econômica. Os bancos centrais que financiam despesas fiscais tb não são uma sugestão nova
15. "As ações simultâneas de política fiscal e monetária neste ano significam que as características de uma
estrutura do tipo MMT começaram a emergir...
16. ... a realidade é que, para muitas economias, o principal financiador das emissões do governo é atualmente o banco central, que mantém os rendimentos dos títulos do governo artificialmente baixos.
17... . Com base nisso, a política fiscal, antes de mais nada, precisa desempenhar um papel maior na estabilização econômica. Os bancos centrais têm de aceitar continuamente que a cooperação mutuamente benéfica entre as políticas monetária e fiscal ...
18. ... O afrouxamento agressivo do banco central tem sido insuficiente para impulsionar a economia, e isso
coloca a necessidade de uma carga fiscal maior.
19. Já o FED pede para o governo gastar mais. Mais política fiscal. Diz o presidente do FED: "acho que teremos uma recuperação mais forte se conseguirmos pelo menos mais apoio fiscal”
20. Relatórios e textos usados no fio:

blogs.imf.org/2020/11/02/the…

valor.globo.com/financas/notic…

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6 Nov
SOBRE A PRORROGAÇÃO DA DESONERAÇÃO DA FOLHA: PRÓS E CONTRAS.

1. A desoneração terminaria no fim deste ano, mas o Congresso prorrogou a medida até o fim do ano que vem. O presidente Jair Bolsonaro vetou, mas os deputados e senadores se articulam e derrubaram o veto.
2. A desoneração reduz o valor do recolhimento ao INSS feito pelos patrões. Em vez de pagar 20% sobre a folha de pagamento do funcionário, o tributo pode ser calculado aplicando-se um percentual sobre a receita bruta da empresa, variando de 1% a 4,5%, de acordo com o setor.
3. A Desoneração da Folha de pagamentos é um benefício fiscal que foi criado pela MP 540, convertida na Lei nº 12.546, de 2011. Inicialmente, compreendia apenas 3 setores da economia, contudo ao longo do 1° governo Dilma foi sucessivamente ampliada.
Read 25 tweets
5 Nov
1. Uma questão da autonomia é que o BC determina a política monetária que quiser dados os objetivos do CMN sem nenhum compromisso em entrelaçar seus instrumentos com a política fiscal.
2. Dessa forma, cravada a política monetária por um super poder não eleito, é o executivo democraticamente eleito pelo povo que tem flutuar a política fiscal para se adaptar aos instrumentos escolhidos pelo BC.
3. Fora isso, a política monetária do BC tem impactos distributivos poderosíssimos ao controlar, ao menos, dois preços muito importantes: juros e câmbio. Não é política neutra, uns perdem, outros ganham.
Read 10 tweets
3 Nov
NOTA DO FUNDO MARXISTA INTERNACIONAL (FMI)

1. Hoje a economista-chefe do FMI, stalinista e colaboradora do partido marxista internacional, escreveu um texto defendendo q as autoridades fiscais devem apoiar a demanda dando dinheiro p/ o consumo e investimento em LARGA ESCALA.
2. A economista (ops, comunista) descobriu, também, a roda: uma massa avassaladora de impressão de dinheiro não causa inflação. E que mesmo com taxas de juros negativas em 1/5 do mundo a economia não reage. É necessário demanda. Algo que a MMT sempre explicou muito bem. Enfim...
3. Diz a economista-chefe do FMI: "No entanto, tais políticas são limitadas em sua capacidade de estimular a demanda. Os riscos de solvência agora predominam. Empresas vulneráveis, mas viáveis, necessitam de apoio, um problema muito melhor abordado pela política fiscal."
Read 8 tweets
30 Oct
1. Já na época da reforma da previdência, Pedro Nery, juntamente com o Armínio, costumavam divulgar dados falsos e leis inexistentes p/ convencer aos seus leitores de que a reforma da previdência era para ajudar, pasmem, os mais pobres. No fio, recupero um das mentiras da dupla.
2. Em texto criticando Piketty, um dos mais renomados economistas da atualidade, Nery mentiu apostando na ignorância dos leitores do Estadão. Basicamente o mesmo que ele fez recentemente com o Boulos.

Abaixo, destaco apenas um trecho curto, mas repleto de mentiras.
3. “Mas a triste realidade ignorada por Piketty e coautores é que são os brasileiros mais instruídos, das ocupações mais produtivas e das regiões mais industrializadas que se aposentam muito mais cedo do que os demais....
Read 19 tweets
28 Oct
1. Pedro Nery, candidato ao Nobel pela sua inovação metodológica, propõe um novo método para a análise de propostas de políticas públicas. O esquema básico é o seguinte:

(i) imagine ou sonhe com uma proposta de programa econômico.

(ii) diga que fulano pretende implementá-la.
2.

(iii) A partir da proposta imaginária, realize a estimativa de impacto orçamentário e financeiro usando como fonte de dados principal os comentários dos opositores do fulano em redes sociais.
3.

(iv) Por fim, diga que não há espaço no orçamento para implementar a política imaginada, já que os custos calculados pelos opositores do fulano são altíssimos

(v) Conclua que o fulano é pouco técnico.
Read 4 tweets
26 Oct
1. Os colegas da Auditoria Cidadã da Dívida repetem, o tempo todo, que o Brasil é um dos 10 países mais ricos do mundo (PIB). Para eles, muito mais rico que a Noruega ou Dinamarca. Daí se perguntam: para onde vai toda essa riqueza?
2. Portanto o objeto de pesquisa é: como que um país 5 vezes mais rico que a Dinamarca pode ter tanta miséria e fome enquanto no país nórdico, muito mais pobre, há um confortável estado de bem-estar social?
3. A resposta eles encontram no gráfico da pizza. Supostamente, metade das nossas riquezas vai para bancos em um esquema de roubo, usura e juros compostos, conforme o denunciado pela Igreja Católica Medieval, que lutou contra a usura dos judeus.
Read 15 tweets

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