.@pfnery e @isantanax defendem que a reforma admin. como "antirracista", por 1) possibilitar economia; 2) permitir contratar + negros. Discordo. 1o., negros(as) são os que + usam serv. pub.; 2) + discricionariedade não leva a + diversidade, pelo contrário. jota.info/opiniao-e-anal…
No artigo, os dados sobre o 2o ponto se baseiam em um caso no Senado, e não em dados em geral no seviço público do Executivo. E a literatura sobre equidade nas empresas já mostra há tempos que maior discricionariedade aumenta a inércia de menos diversidade.
Ademais, falta ao artigo tratar de temas que não toca, como nada fala sobre ações afirmativas, democratização do acesso ao serviço público, regulamentação do teto remuneratório constitucional e etc. Só a defesa da "reforma" como enviada ao Congresso Nacional.
No debate sobre possibilitar economia de recursos para serem gastos em outros locais, isto é um grande "se", vide conflito distributivo. E como a reforma administrativa de fato levaria a maior economia ou eficiência fica pouco claro. E como tudo isso se daria com - serviço pub?
Um ponto problemático no texto é este: "inovações polêmicas da reforma administrativa, como os contratos por prazo determinado, e o servidor sem estabilidade, por possuírem formas mais flexíveis de seleção, poderiam deixar o serviço público mais parecido com os usuários". É?
E achei desrespeitoso, e sem adicionar algo ao argumento, mencionar Marielle no texto, qdo diz: " O exemplo mais eloquente de como grandes servidores podem não estar ligados a concurso de provas é o de Marielle Franco, que ingressa no serviço público como servidora comissionada."
P.S.: Muitos comentários aqui foram respeitosos e bem fundamentados, inclusive as respostas do @pfnery. Concordemos ou não, é importante manter o respeito. Outros comentários - como da guilhotina - extrapolaram qualquer parâmetro de razoável.

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4 Nov
Na @GloboNews estavam debatendo sobre Georgia e racismo nas eleições, com os queridos @MarceloLins68 e @gugachacra e @CesarTralli. Não consegui comentar sobre isso no ar, mas trago alguns pontos para ver o tamanho da importância do crescimento democrata ali. A THREAD:
Colégio eleitoral: foi um compromisso para agradar estados com escravos. Como os escravos não votavam, esses estados tinham medo que sempre perderiam no voto direto. Criaram um colégio que contava que cada escravo era 3/5 de um livre, tá na Constituição. nytimes.com/2019/04/06/opi…
15a emenda (1870) proibiu nos EUA privar o voto com base na cor/raça, mas a história de supressão de votos continuou na Georgia e muitos outros estados e continua até hoje de formas distintas e, por vezes, mais sutis.
Read 11 tweets
4 Nov
Não tem base legal a ameaça do Trump de judicializar. Constituição estabelece que cabe aos estados determinar as regras, e é o que a Corte tem dito. Agora, dois fatos: três juízes atuais participaram do time de Bush em 2000 e pela 1a vez caso foi citado agora, o que é perigoso.
Outro ponto importante sobre eleições e Suprema Corte: 1) juíza nomeada por Trump (Barrett) não participou dos casos decididos, mas pode vir a participar do próximo; 2) Presidente da Corte tem sido o fiel da balança, mas com Barrett a balança vai toda pro lado conservador.
Outro ponto 2 sobre eleição e Suprema Corte: diferentemente do STF, a Suprema Corte não é uma órgão de apelação. Os casos decididos são de emergência, e furam a fila. A corte não precisa de fato decidir, apenas diz que decisão inferir se mantém ou não. O que é pouco transparente.
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5 Sep
Para Magnoli 1) cotas raciais nas universidades “alavancam ressentimentos que nutrem o racismo”; e 2) cotas de $ em eleições são “doutrina racialista (que) golpeia...soberania popular”. Como não é citado um único estudo sério, sugiro aqui alguns 👇🏾www1.folha.uol.com.br/colunas/demetr…
Sobre cotas raciais nas universidades, sugiro acompanhar estudos sérios da @GEMAA_IESP. Sugiro também ver este paper internacional recente sobre maior eficácia do critério racial combinado com social do que somente social. sciencedirect.com/science/articl…
Sobre cotas de recursos nas eleições, sugiro ler “A cor dos eleitos: determinantes da sub-representação política dos não brancos no Brasil”, de Campos e Machado, que mostra matematicamente a disparidade de recursos como entrave pra negros na política. scielo.br/scielo.php?scr…
Read 7 tweets
3 Aug
Podem negros(as) criar fábulas, como brancos sempre fizeram? Filme da Beyoncé, para mim, não apresenta África idílica. Me parece uma filme afrofuturista - que imagina o futuro afrocentrado. Admiro muito Lília. Não cancelemos, dialoguemos. Um fio👇🏾🧵www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020…
“O afrofuturismo é uma estética cultural que combina ficção científica, história e fantasia para explorar a experiência afro-americana e visa conectar aqueles da diáspora negra com sua esquecida ascendência africana.” tate.org.uk/art/art-terms/…
Antes de falar que Beyoncé traz uma “África estereotipada”, é necessário dar passo atrás e pensar: mitos gregos eram mitos ou uma Grécia estereotipada? Nos é permitido fabular? Lembro aqui da Grada: pinacoteca.org.br/programacao/gr…. Mitos contam nossas histórias a partir de referenciais.
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27 Jul
Bolsonaro foi denunciado ao TPI? Não. O que houve então? 👇🏾🧵
1. Um dos problemas é que processos judiciais internacionais podem não soar tão sexy. Se a manchete fosse “ONGs pedem que TPI considere abrir investigação preliminar da situação sobre crimes internacionais cometidos por Bolsonaro” não seria tão sexy.
2. Há 3 formas de alguém ser denunciado ao TPI: 1) um estado membro do Estatuto de Roma (que cria o TPI) denuncia; 2) Conselho de Segurança da ONU denuncia; ou 3) Procuradoria (tipo MP) do TPI denuncia (Art 13, Estatuto de Roma). ONGs não denunciam. O que fazem então?
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19 Jul
Surpreso com o desembargador do TJ SP xingando GCM de “analfabeto” ao multá-lo por não usar máscara? O excelentíssimo pode não acreditar em pandemia, mas a sua instituição, o @TJSPoficial, acredita em manter privilégios apesar da pandemia. Segue breve fio 🧵
3/julho: “Em meio a um plano de contingenciamento que prevê suspensão de concursos e nomeações, o Tribunal de Justiça de São Paulo aposentou uma magistrada apenas um dia após ela ter sido promovida a desembargadora.” www1.folha.uol.com.br/poder/2020/07/…
9/jun: “o Tribunal de Justiça de São Paulo tem usado uma verba reservada a situações urgentes e imprevisíveis para comprar petiscos e outras regalias aos seus 360 desembargadores (...) que incluem produtos como queijo maasdam holandês (R$ 67,90 o quilo)” www1.folha.uol.com.br/poder/2020/06/…
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