Caros(as),
Sei q aqui no Brasil o Natal é *o* momento de reunir a família. Então, ao invés de focar apenas em pedir para evitar, faço outro apelo: se fizerem reunião, façam quarentena no retorno, ok?
Para famílias de classe média alta e alta q possuem funcionários(as): deem folga durante as festividades (na minha opinião isso deveria acontecer sempre, mas ñ é esse o ponto aqui) e mantenham esse pessoal em folga remunerada até no mín 2 semanas após o fim do encontro familiar.
Pq? Porque pode ter havido infecção de qualquer um dos presentes durante o encontro. Lembrem: transmissão por assintomáticos são frequentes. "Ah, mas eu testei antes e depois". Falso negativo é absurdamente frequente.
Proteja seus funcionários e as famílias deles.
Obs.: naturalmente, essa recomendação não se aplica a funcionários que prestam acompanhamento médico ou essencial (essencial *mesmo*, como pessoas com restrição de mobilidade ou outro motivo médico).
Não façamos do Natal a distribuição massiva da COVID-19 país à fora. O potencial de leva-e-traz por conta das famílias com residentes em municípios distintos que se juntam nessa época é gigantesco.
1o passo: abandonar teste sorológico na vigilância. Deixa isso pra farmácia e estudo específico. Definindo unidades sentinela de covid ou com os dados de SRAG dá pra adaptar. Deixei comentários no post do @azavascki pra centralizar. Se aprochega por lá!
Galera do @obscovid19br@CovidMinas@b_ishigami@parolin_ricardo@oatila sabemos que virar realidade é outra história. Mas vamos sonhar um pouco. Vai que alguma prefeitura compra a ideia?
Minha Porto Alegre? Minha nova morada no Rio? Niterói que fez um 1o combate muito bom?
Semana fechando e, pra quem não viu o boletim do #InfoGripe segue o fio com principais destaques da semana 41 (até 10/10/2020).
Os dados de #SRAG no país apresentam sinais de nova fase de *estabilização*, ainda em valores bastante elevados. Sinal de possível interrupção da queda que vinha se mantendo há bastante tempo.
"Mas Marcelo, tu não vives dizendo que o dado Brasil ñ e um bom parâmetro?" Sim. Mas no momento que o dado do país como um todo dá sinais de interrupção de queda, em valores ~14mil novos casos por semana, merece destaque.
Sessão 2 sobre a atualização do #InfoGripe ref. semana 40.
Um olhar para o estado de São Paulo, em função do anúncio recente das bandeiras. Lembrando que os dados de SRAG são de extrema importância mas não são e nem devem ser os *únicos* dados a serem levados em conta.
Segue o 🧶
Começando pela capital: sinal de possível estabilização, em valores relativamente altos ~8 [5 - 14] novos casos semanais por 100mil habitantes. O fato de termos duas semanas consecutivas com as tendências de longo e curto prazo indicando estabilização é relevante.
Não há indício significativo de retomada do crescimento, mas há forte indício de interrupção da tendência de queda, e possivelmente mantendo um patamar elevado. "Ah, mas no pico era muito mais."
Que bom, né? Mas isso não significa que agora seja pouca coisa.
Boletim InfoGripe semana 40 (27/09 - 03/10).
Florianópolis, Aracajú, Fortaleza, Macapá e Manaus mantiveram o sinal de crescimento na tendência de longo prazo.
Belém e Brasília apresentam 1a semana com sinal cresc no longo prazo.
Recife e Rio mantiveram interrupção do crescimento.
Manaus mantém cenário bastante preocupante, tendo inclusive perdido o sinal de provável queda no curto prazo. Isso reforça a importância da interpretação adequada do indicador de curto prazo, que é mais suscetível às oscilações e ruídos do dado.
Floripa, embora esteja com 2a semana consecutiva com sinal de crecimento na tendência de longo prazo, a série sugere q pode ser uma estabilização em valor acima da mínima da semana 35. Ou seja, pode não ser uma retomada do cresc, mas está bem sugetiva a interrupção da queda.
Tocando em um ponto potencialmente polêmico porém importante: é sim esperado observar retomada do crescimento no número de novos casos após um determinado período de flexibilização. A questão é o que fazer a partir daí.
Segue o 🧶:
Para que não houvesse retomada do crescimento após flexibilizações necessitaríamos: 1) Imunidade temporária ao menos dentro do período em questão ~3-6 meses; 2) Prevalência alta o suficiente para atingir imunidade de grupo.
OU 3) População completamente isolada, constantemente.
+
(1) é razoável supor que se cumpre. (2) *torcemos* para que não seja verdadeiro. Pq? Porque do contrário não fizemos nossa parte para minimizar o impacto da 1a onda. Deixamos o vírus "correr solto" e gerar casos e óbitos evitáveis. (3) não é razoável nem saudável por longo tempo+
Infelizmente tivemos alguns contratempos que atrasaram a publicação da atualização do InfoGripe referente à semana 39 (20/09 - 26/09). Segue o 🧶
Os dados do país como um todo continuam caindo, porém localmente ainda temos muitos regiões em situações preocupantes.
5 capitais com sinal de crescimento na tendência de longo prazo, e mais 2 com estabilidade após 5 semanas consecutivas com sinal de crescimento.
Por ordem alfabética:
Aracaju (SE): sinal de crescimento na tendência de longo prazo presente nas últimas 3 semanas