Thread by @fdpamplona

1- O DILEMA DA BOEING
Em 18 passado o 737 Max foi liberado pela FAA pra retorno ao serviço.
Isto é uma excelente notícia
Porém enquanto se debruçava e queimava caixa pra resolver o imbróglio sua maior concorrente avançava no nicho desguarnecido dos voos d media distância⬇️

2- veja, no começo do século Boeing e Airbus fizeram apostas distintas, a americana num avião menor altamente moderno e competitivo c gde autonomia e q fizesse ligação direta entre pontos d interesse das cias.
Por sua vez a europeia apostou sua fichas num modelo troncal em q
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3-num possível congestionamento aeroportuário se levasse o máximo d pessoas e ali fossem redirecionados em outros voos para seus destinos.
Agora 20 anos dps c os A380 se aposentando sabemos quem s saiu melhor.
Faz uns poucos anos vimos outra grande aposta ser feita entre as 2
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4- gigantes, agora no segmento narrow body
Qd Airbus apostou na modernização do A320 e a Boeing no B737.
A europeia saiu na frente pois c um projeto 20 anos mais novo e ñ tendo tido nenhuma mudança significativa até então
Pôde levar seu modelo a 2° geração sem problemas
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5-já americana q estava n 3°geração foi pega de surpresa c a rapidez d concorrente.
A Boeing tinha planos d um novo modelo codinome NMA(New midsize airplane)
Mas este modelo nem n papel existia ainda e levaria (s tudo tivesse corrido dentro d prazo)uns 8 anos desde aquela data
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6-com isto esse plano foi postergado e o esforço foi direcionado a dar uma resposta rápida.
Aí nasceu o MAX,
Como já era um projeto antigo, qq alteração no projeto implicaria em grandes modificações
Mas ainda assim seria mais barato e rápido d q partir d zero.
Houve dentro d
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7- uma corrida para entregar o projeto c o prometido aos clientes.
Infelizmente o lado comercial se impôs mais fortemente d q o lado técnico e a empresa está pagando um preço alto pela falha no projeto.
Mas esse fio ñ é sobre o MAX, isto foi só pra contextualizar o tema
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8- em 1983 a Boeing lançou 2 produtos em sequência os 767 e o 757 um wide e um narrow, q apesar desta dif compartilhavam vários componentes e por isto aceleraram os processos d concepção simultânea.
O primeiro era p longa distância levando paxs e carga paletizada
O 2°um pouco
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9- menor, mas c grande autonomia, levando paxs mas c pouca capacidade d carga.
E é neste modelo(segmento)q quero me deter.
O 757 ñ foi um gde sucesso
Pois na época era visto como um tapa buraco, ñ havia avião d 1 corredor c a capacidade,autonomia e economia dele.
Ele entrou
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10- num segmento mt específico d voos onde houvesse a necessidade d autonomia(voos longos pro narrow d epoca)mas pouca carga(o q inviabilizava os wide)
Além disto permitia(pelo num d paxs)uma freq maior d voos e ou a experimentação d novas linhas sem um investimento alto
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11-fez sucesso basicamente nos EUA,onde isto se aplicava.
Porém o mercado mudou e hj, se antes ñ se concebia ficar 7 ou 8hrs em um avião d 1 corredor, hj isto é bem aceitável, s antes ñ s fazia voos transoceânicos c bimotores(ainda mais c narrow)já há algum tempo isto é normal
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12-e foi isto q as fabricantes entenderam
Faz algum tempo,
A boeing teve durante algum tempo um projeto de atualização d 757, porém c o nascimento d NMA isso ñ fez sentido,
Só q por causa dos prejuízos(financeiros e falta d recursos humanos) causados pelo lançamento
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13- e parada d MAX
O projeto d NMA já havia sido postergado sine die, o d 757 atualizado abandonado.
A aposta passou a ser somente n novo 737 d 4° geração.
Porém competir c um concorrente q incorporava conceitos mt mais modernos, concebido 20 anos dps e q já nasceu em ambiente
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14-competitivo(e por isto tinha q brilhar)
Tornava tudo mais dificil.
Mas a Boeing tentou
Instalou o mesmo motor econômico e c isto ganhou em performance e autonomia, porém seu tamanho era menor q seu rival( A321) lançou então a versão 10 e quase alcançou
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15- a capacidade d rival( ainda q c sacrifício d autonomia)
Mas pelo menos tinha um produto pra brigar neste segmento.
Mas ai veio o golpe fatal
A diferença de idade e evolução dos projetos se mostrou evidente.
Foi qd a Airbus lançou o A321LR, com autonomia e capacidade
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16-maiores q qq versão do MAX.
Mas ñ satisfeita a Airbus promete p 2023 o A321XLR
Um cadillac dos céus c capacidade e autonomia de widebody mas c a economia d um narrow
Um produto q jamais s viu
Podendo cruzar c folga o atlântico ligando as Américas a Europa e África
Ou ainda
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17- A Europa a boa parte d África e Ásia.
Se o 777X será 1avião sozinho em s categoria
O A321XLR tb o será na sua.
S perspectiva d lançar algo novo q possa concorrer c ele em médio prazo,só resta a Boeing absorver a pancada e contar c a fidelidade d seus clientes tradicionais
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18-pois ao q tudo indica c os ➕ d 1000 cancelamentos d MAX ñ dá p prever uma conquista d mercados novos para ele.
Ainda q se revele um excelente e seguro avião,é difícil imaginar uma expansão d seu mercado por suas qualidades( talvez por preço em negociações)
Enfim o A321XLR
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19-vai reinar sozinho por 1bom tempo neste segmento(q seria d 757 atualizado)
E qd chegar o produto novo d Boeing terá q brigar c alguém q já estará consolidado e será algo n qual a ela ñ tem mt experiência, pois nas últimas décadas sofreu concorrência mas sempre na posição
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20-d liderança e agora vai ter de correr atrás.
Por fim este é o jogo
Ao passo q ganhou a disputa d 787 c o A380 ela
Vem perdendo a disputa de seu único avião e 1 corredor e terá d fazer um esforço hercúleo para projetar,construir e lançar algo q faça frente ao A321XLR ainda
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21- q tenha seu caixa fortemente afetado pelo problema d MAX agravado pelo encolhimento d mercado pela pandemia.
Por vezes deitar n berço esplêndido d liderança provoca escolhas q s mostram erradas e podem levar a inviabilidade d uma empresa(ñ acho q seja o caso da Boeing)

22- mas se bem aprendida a lição pode fazer c q ela saia bem mais forte e competitiva.
É aguardar pra conferir
Forte abraço e bom fim de semana