Oi, pessoal. Continuamos com aumento de casos com negação por parte de várias autoridades. Com as dicas do @marfcg eu vasculhei os dados para verificar os casos de SRAG e fiz alguns filtros para demonstrar a vocês como já conseguimos ver esse aumento. Sigam o fio:
Dentro dos sistemas do SUS, temos um banco de dados de todas as notificações de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), incluindo COVID-19. Este banco pode ser acessado aqui: opendatasus.saude.gov.br/dataset/bd-sra…. //2
Vamos olhar hoje o estado de SC, que é um dos mais afetados pelo aumento de casos (mesmo com autoridades informando que "ainda não conseguem ver o aumento de casos").
A primeira coisa que temos de olhar é o número de SRAGs que chegaram ao sistema, e tiveram de ser testados: //3
Depois de ver que temos aumento claro de SRAG, podemos ver quantos foram já positivos para COVID-19. Aproximadamente 35% já foram positivados, e a tendência de aumento se mantém): //4
Para confirmar de vez, podemos ver a quantidade de exames PCR que estão aguardando resultado, e vejam só o resultado: //5
Fica claro que estamos tendo um aumento considerável de SRAGs em Novembro, no estado de SC. Importante: sempre teremos um aumento de testes aguardando resultados nos últimos dias pois justamente são os testes recém feitos que precisam de resultado. //6
Mesmo assim, se tivéssemos uma queda de SRAG, não teríamos tantas pessoas necessitando de resultado, por isso é importante verificarmos este indicador. Além disso, em SC, conseguimos já notar um aumento até de óbitos no último mês: //7
Para ficar bem claro, aqui temos o mesmo dado, só que dividido em períodos: de 01/07/2020 a 05/10/2020, vemos uma linha de tendência com uma queda bastante pronunciada. Já de 05/10 a 05/11 (removi os últimos dias devido aos exames aguardando resultado, vemos já aumento: //8
Com este aumento é imprescindível que ações de redução de mobilidade sejam postas em prática, para termos uma redução antes de transformar o aumento de contágio em exponencial, como vimos na Europa. Se essas ações não vierem do governo, que venham de cada um de nós. //fim
Pessoal, hoje o @EduardoLeite_, Governador do RS, voltou a fazer uma live informando sobre a COVID-19. Assisti toda, e vi que a mensagem inicial que ele passou foi muito interessante, demonstrando o aumento considerável que estamos tendo aqui. Fiz alguns prints, sigam o fio:
A primeira coisa que o Governador fez foi mostrar o aumento em leitos clínicos e UTI. Isso indica que as pessoas já se infectaram, já pioraram e inclusive contaminaram vulneráveis o suficiente para termos aumento de confirmados COVID-19 em UTI. Percebam a reversão clara. //1
Aqui o Governador também relacionou o aumento de UTI aos óbitos, de forma muito acertada, mostrando que um trará aumento nos outros logo em seguida (ou. seja, mais um alerta de que a situação está séria). //2
Quem segue a @analise_covid19 e acompanha as nossas análises já deve ter me visto falando algumas vezes sobre o receio que temos em relação às festas de final de ano, né? Sigam o fio que eu vou explicar o porquê. 🧶
Um fato que já está bem difundido é a diferença de letalidade e incidência de COVID-19 grave em diferentes faixas etárias. De acordo com os dados do SIVEP-GRIPE, estes são os dados de hospitalização por faixa etária. //2
Entendemos então que idosos infectados tem uma chance bem maior de desenvolver a COVID-19 grave, reduzir a sua mobilidade, e ocupar leitos em sistemas hospitalares. Já jovens desempenham outro papel: não ficam tão graves e, por isso, ficam móveis, mesmo infectados. //3
Oi, pessoal. Estamos alertando a algum tempo sobre reversões de tendência, eu venho demonstrando do RS, que é aonde estou localizado, mas os relatos estão aumentando em todo o país. Sendo assim, fiz uma análise de Curitiba agora, e o comportamento se repete. Sigam o fio: //1
O que me chamou a atenção foi esse RT da @analesnovski, que mostra um aumento bem considerável, similar aos que estamos vendo na Europa:
Com os dados em mãos, oriundos da Prefeitura de Curitiba, percebi que temos um "buraco" similar ao que vimos em SP, como se aquele apagão tivesse afetado, vejam só (fiz em dois períodos para ficar fácil de enxergar): //3
Oi, pessoal. Vocês perceberam que, aqui no Brasil, estamos começando a ter cada vez mais notícias de aumento de casos e, em alguns locais, internações, né? Sigam o fio: //1
Aqui a @luizacaires3 faz um apanhado para a cidade de São Paulo:
Leiam o fio completo do @leosbastos e vejam que, no Brasil, temos uma demonstração do paradoxo de Simpson, aonde uma tendência que aparece visualizando o todo acaba não aparecendo em nenhum dos seus subconjuntos: proec.ufabc.edu.br/gec/o-que-que-… //2
Isso vai estendendo a epidemia e quando está "bom" (muitas aspas aqui) num local, não está no outro, e temos uma sensação nacional de que a epidemia "não veio tão forte", o que é totalmente errado. //3
Nossa atenção tem de estar voltada ao Amapá, e não só ao Amapá do presente, sem energia e em calamidade no meio de uma pandemia. Também tem de estar voltada ao Amapá do futuro, ou melhor, "aos Amapás". Sigam o pequeno fio. //1
No Brasil (talvez não só aqui) temos um problema sério, que é o deboche à prevenção e à gestão de riscos.
Um dos meus trabalhos (que eu praticamente não faço pois não se vê valor) é fazer auditorias e gestão de riscos. Prever possíveis problemas e mitigar os riscos futuros. //2
O que recebo em algumas vezes? Deboche, piadinhas...
"Lá vem o chato","lá vem o alarmista","pro Isaac tudo vai dar errado".
Aí quando dá (em uma grande parte das vezes acontece o previsto na auditoria de riscos), ouço "tu só diz que avisou mas não fez nada pra ajudar". //3