Oi, pessoal! Agora que vimos que até o Ministro da Saúde está reconhecendo o aumento de casos (60 dias depois) eu acho válido fazermos um "meta fio", com todos os alertas importantes que foram contando essa história. Vamos nessa? Sigam o fio: 🧶//1
Em 17/09 eu dei o primeiro alerta de que a população estava "trocando o modo de se portar" e que a Europa estava demonstrando um aumento justamente por causa desse tipo de comportamento:
Dia 16/10 publicamos um texto aonde eu expliquei que, devido a testagem ser reativa no Brasil, podíamos estar entrando em uma bolha de subnotificações e iríamos notar o aumento de casos pelas internações (que foi exatamente o que aconteceu):
Dia 10/11 fiz um fio em cima de outro fio maravilhoso do @leosbastos aonde ele mostrou a situação de cada estado do Brasil em um gráfico super informativo:
Dia 13/11, dei uma entrevista para o ótimo @andre_biernath, da @bbcbrasi, aonde falamos sobre 7 coisas que o Brasil deveria fazer para controlar o que naquele momento estava negando: bbc.com/portuguese/bra… //16
Aqui um tweet de 14/11, com um relato forte de uma enfermeira dos EUA (que são nosso futuro):
. Falo agora: Se esses boletins fossem passados em cadeia nacional, TODO dia, teríamos um comportamento muito, muito melhor da população. //25
E aí...faltou aviso? Era "impossível de saber"? Foi "culpa das eleições"?
Quando a gente lê os livros de história e se pergunta "mas como essa gente não fez nada?"....acho que agora entendemos. //fim
Oi, pessoal. Uma informação triste/preocupante, mas necessária: sabemos que temos atrasos entre o aumento de casos e o aumento de óbitos. Podemos tentar estimar esses atrasos para entender quando as mortes começarão a aumentar aqui no Brasil. //1
Relembrando o que já foi estimado pelo @zorinaq com sucesso e traduzido e aferido por mim aqui:
Temos três potenciais causas de atraso: 1. O atraso clínico (a demora natural da infecção até o óbito); 2. O atraso da notificação (tempo burocrático desse óbito aparecer nos números oficiais); 3. O atraso da doença chegar dos jovens (primeira leva) aos idosos; //3
Oi, pessoal. Quem é do RS (e quem não é também) viu esse mapa que saiu hoje, mostrando que o Estado inteiro está "vermelho", ou seja, com risco alto de transmissão e/ou esgotamento hospitalar. Vou contar umas coisas sobre esse risco: //1
Já tivemos regiões em bandeira vermelha no primeiro avanço forte da doença, em Julho/Agosto, e lá tínhamos muitos fechamentos, como shoppings, eventos e afins. Hoje, as regras mudaram. A principal delas é a chamada "cogestão", aonde os municípios podem mudar algumas coisas. //2
Eu li artigos muito bons de profissionais muito boas (@apoorva_nyc e @EpiEllie) aonde elas dizem que encontros pequenos não são o "gatilho" de novas infecções, e tendo a concordar. //1
Tem apenas uma coisa que parece lógica demais pra mim: normalmente, quantos encontros pequenos simultâneos nós temos? O dia de ação de graças (nos EUA) e o Natal/Revéillon (lá e aqui) representam centenas de milhares(milhões) de pequenos encontros, todos ao mesmo tempo //2
Por isso, mesmo concordando com elas sobre os gatilhos não serem estes encontros, eu também tendo a concordar que ESTES encontros em especial, da maneira que estão organizados, são SIM de alto risco, e podem ser considerados gatilhos de surtos. //3
I've read very good articles from @apoorva_nyc and @EpiEllie about small gatherings not being the driver of new infections, and I agree with both. //1
There is only one thing that seems so logical to me: how many simultaneous small gatherings are there regularly?
Thanksgiving and Christmas represents hundreds of thousands (even millions) of small gatherings, all happening simultaneously. //2
That's why I, even agreeing that small gatherings aren't the major drivers, tend to agree that THESE small gatherings, in the way that they're presented, are, indeed, of very high risk of being a surge driver. //3
Pessoal, hoje o @EduardoLeite_, Governador do RS, voltou a fazer uma live informando sobre a COVID-19. Assisti toda, e vi que a mensagem inicial que ele passou foi muito interessante, demonstrando o aumento considerável que estamos tendo aqui. Fiz alguns prints, sigam o fio:
A primeira coisa que o Governador fez foi mostrar o aumento em leitos clínicos e UTI. Isso indica que as pessoas já se infectaram, já pioraram e inclusive contaminaram vulneráveis o suficiente para termos aumento de confirmados COVID-19 em UTI. Percebam a reversão clara. //1
Aqui o Governador também relacionou o aumento de UTI aos óbitos, de forma muito acertada, mostrando que um trará aumento nos outros logo em seguida (ou. seja, mais um alerta de que a situação está séria). //2
Oi, pessoal. Continuamos com aumento de casos com negação por parte de várias autoridades. Com as dicas do @marfcg eu vasculhei os dados para verificar os casos de SRAG e fiz alguns filtros para demonstrar a vocês como já conseguimos ver esse aumento. Sigam o fio:
Dentro dos sistemas do SUS, temos um banco de dados de todas as notificações de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), incluindo COVID-19. Este banco pode ser acessado aqui: opendatasus.saude.gov.br/dataset/bd-sra…. //2
Vamos olhar hoje o estado de SC, que é um dos mais afetados pelo aumento de casos (mesmo com autoridades informando que "ainda não conseguem ver o aumento de casos").
A primeira coisa que temos de olhar é o número de SRAGs que chegaram ao sistema, e tiveram de ser testados: //3