Um dos grandes sintomas de imbecilização da sociedade é tratar qualquer assunto, literalmente, qualquer um mesmo, como se fosse uma tomada de posição política. Não fosse por isso, com certeza, teríamos defensores da abertura de escolas, academias, bares etc. mudando de posição.
Isso chega às raias do absurdo quando o argumento vira um enquadramento de quem defende o fechamento de escolas até que sejam GARANTIDAS medidas de segurança como "esquerda" ou "pró-sindicato", mesmo que a pessoa, comprovadamente, tenha passado a vida toda se opondo ao sindicato
de sua categoria profissional. De repente, nada mais conta, todo seu percurso profissional, o fato de não ter se vendido à moda política de ocasião, ao fato de ter se oposto aos sindicalistas antes desses críticos terem aprendido a se limpar sozinhos no banheiro, o fato de ter
perdido horas e mais horas com manifestações de ruas para depor um partido-máfia corrupto. Nada mais vale porque, por acaso, em uma questão e por motivos diferentes, sua opinião coadunou com sua associação de classe profissional. É tipo assim "você está conosco ou está com eles"
e o mérito da questão original fica onde? Ora! Quem se importa? Tudo que sobra e permanece é fazer parte de um grupo, de uma tribo e ter alguém para odiar e um grupinho para fingir ser amado. Até que... Outra crise mostre quem é quem. E quem não tem a mínima solidariedade.
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