Dentre as várias informações falsas circulando por aí, algumas além de absurdas são nocivas, como as que inventam mentiras a respeito de vacinas com intuito de deixar pessoas receosas na hora de tomar.
Acompanhe o fio!
Essas desinformações acabam encontrando impulsionamento entre pessoas ingênuas, menos informadas ou até mesmo de índole duvidosa.
Uma delas que está circulando recentemente (e que não vamos reproduzir aqui) fala que a chance de morrer tomando a vacina é maior que a chance de morrer pela COVID-19, trazendo dados que confundem eficácia com letalidade.
Estamos em novembro de 2020, convivendo há cerca de 8 meses com a pandemia da COVID-19, decretada em março de 2020 pela OMS, com seu epicentro (local de início da transmissão da doença) em Wuhan, na China, no ano de 2019.
Placar do estádio Mineirão em 2014. Foto: Reuters.
Mesmo com quase nove meses de epidemia do novo coronavírus no Brasil, ainda não há uma forma padrão e concisa de divulgação dos dados relativos a ela. Cada pessoa parece ou ter uma certeza absoluta sobre o ponto em que nos encontramos, ou está em completa dúvida.
Um dos motivos pelo qual isso está acontecendo é a não escolha de um indicador padrão de acompanhamento.
O que é um indicador padrão de acompanhamento? É aquele que, ao ser demonstrado, entrega à pessoa rapidamente qual a situação.
Há tempos estamos fazendo análises para tentar entender qual poderia ser o número real de óbitos por COVID-19 no Brasil. Sabemos que temos subnotificação, e muitos diagnósticos acabam ficando para trás.
Sigam o fio para entender - 🧶
No Brasil, temos um banco de dados de vigilância epidemiológica chamado de SIVEP-GRIPE, que possui as notificações de todos os óbitos por SRAG (síndrome respiratória aguda grave), independente de causa.
Ao analisar os óbitos por SRAG, percebemos que o número é muito, muito grande: Até dia 01/11/2020, temos 229.162 óbitos por SRAG no Brasil. Dentro deste número, temos os confirmados por COVID-19.
Revisores: Angel Miríade (@myriad_angel), Mellanie F. Dutra (@mellziland), André Luis M. Sales (@andremelo51)
Após mais de 6 meses de pandemia, continuamos vivendo em uma situação de isolamento precário, sem um controle adequado de distanciamento físico, de higienização, uso de máscaras, com reaberturas em situações não ideais de diversas atividades.
Isso trouxe como consequência o alongamento da situação de pandemia no Brasil, e, possivelmente, os casos não aumentaram de maneira exponencial, devido à existência de uma parcela considerável da população que mantém um isolamento mais restrito.
Time de revisores: Larissa Brussa Reis (@laribrussa), Angel Miríade (@myriad_angel)Larissa Brussa Reis (@laribrussa), Angel Miríade (@myriad_angel), Marcelo Bragatte (@marcelobragatte)