e que tal um fio sobre tratamentos disponíveis para a Covid?
vários tratamentos foram propostos, a maioria não provou ser eficaz nos ensaios clínicos.
(Aviso prévio, não experimentar *nenhuma* medicação em casa e sem supervisão de um profissional de saúde)
👉Dexametasona: potente corticoide, demonstrou ser eficaz para os casos graves. Reduz a mortalidade aos 28 dias
Não demonstrou ganhos em casos ligeiros nem na prevenção
👉Remdesivir: anti viral que surgiu na altura do Ébola. Controverso. A OMS não aconselha, o regulador americano e europeu aprovam o seu uso. são precisos mais estudos. não há evidência que reduza a mortalidade. Aparenta reduzir o tempo de doença. pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32423584/
Plasma de convalescente: Pode fornecer imunidade passiva de anticorpos. O regulador EUA aprovou para doentes graves. São precisos mais estudos, não há um beneficio claro na sua utilização.
Anticorpos monoclonais: anticorpo específico produzido por um linfócito B clonado. Não há evidência nem segurança na sua utilização. Só deve ser utilizado em contexto de ensaios clínicos
A famosa hidroxicloroquina: utilizado na malária e doenças auto-imunes. Vários ensaios demonstram que não traz benefícios na mortalidade. Não reduziu progressão da doença para formas graves e aumentou o risco de problemas cardíacos
Favipiravir: um antiviral utilizado na Ásia para a gripe. Parece que reduz o tempo de doença e aparenta melhorar a progressão da doença. São precisos mais estudos
Pontos chaves do plano:
👉🏽Centro de comando que junta saúde, defesa e administração interna
👉🏽Reforço do registo de saúde eletrónico
👉🏽 Identificação local das pessoas prioritárias
Primeira fase:
👉🏽Profissionais e residentes em lares - 250k
👉🏽pessoas >50A com insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal grave, doença respiratória grave - 400k
👉🏽 profissionais de saúde na prestação de cuidados e forças segurança, forças armadas 300k
Segunda fase
Pessoas >65 anos 1,8 milhões pessoas
Pessoas entre 50-64 anos com: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal, doença hepática, obesidade, hipertensão - 900k pessoas
No fim da segunda fase, deveremos ter vacinado 3,65 milhões de pessoas
Tento não comentar todas as polémicas da Ordem dos enfermeiros. Caso contrário não faria outra coisa. Mas entre ontem e hoje foram cruzadas mais linhas vermelhas. Segue fio sobre a crescente influência da extrema direita na Ordem e na entourage de ARC
2017, véspera de autarquicas. Os sindicatos de enfermagem, num raro momento, estavam unidos e com plataforma comum, um acordo com governo estava à vista.
Bastonária força o conflito e lidera a maior manifestação de enfermagem dos últimos 10 anos.
A marcha fez um desvio para passar em frente ao SEP onde foi vaiado e apelidado de sindicato de comunista entre outras coisas.. já na altura chamaram a minha atenção para a infiltração da extrema direita na Enfermagem e na Ordem. Confesso que não levei a sério...
Utilizámos uma metodologia que compara com a média dos últimos 4 anos e com o melhor ano. Comparar apenas com 2019 seria curto e podia induzir em erro.
Dados disponíveis até 30 setembro
Nas cirurgias a diminuição a 30 setembro era de 92.125 diminuição de 18%, a diferença para o melhor ano ascendia a 104.037.
Nas consultas a diminuição foi 955.411 (10%). A diferença para o melhor ano foi de 1.069.748
Ninguém quer um novo confinamento. Mas a realidade pode ser mais forte que o nosso desejo. Outros países europeus já voltaram a confinar de alguma maneira. É altura de discutir os termos do novo confinamento. A experiência em Israel é interessante:
De forma surpreendente, o 2º confinamento funcionou mais rápido que o primeiro, apesar de não ter regras tão apertadas.
Compreender os mecanismos de transmissão da doença ajuda-nos a tomar as melhores decisões: não faz sentido fechar tudo!
creches e escolas primárias podem continuar, o resto deve ser ponderado um regime misto. A maioria das lojas pode manter portas abertas desde que com regras, mas locais onde se come e bebe, especialmente se sem ventilação, terão que passar para take-away
🚨relatório semanal Covid🚨 Estamos no dia 119 da pandemia, cansados e com uma sociedade muito mais polarizada que em abril. Onde a infodemia se alastra e demonstra a necessidade de uma melhor estratégia de comunicação e divulgação de informação
A semana foi bastante má: quase 25k novos casos, um aumento de 27%. Mais preocupante, a pandemia parece ter chegado a população mais vulnerável, pelo demonstrado pela evolução recente dos doentes internados.
A proporção de internados/ativos aumentou de 2,6% para 3,5%
Nos UCI, a proporção aumentou, devagar mas de forma estável, 0,38% --> 0,51%
Estamos muito perto do máximo atingido em abril, infelizmente, tudo indica que serão estabelecidos novos máximos.
nos últimos 14 dias, duplicamos os doentes internados em uci!
👉🏽Porque não faz sentido fazer o teste logo após um contacto de alto risco? 👈🏽
Tenho ouvido várias vezes essa pergunta (fio)
- contacto alto risco aconteceu no dia 0, ao testado ao dia 1 teremos 90% possibilidade de ter um teste negativo que causa uma falsa sensação de segurança.
Período de contágio, na maioria dos casos são entre 2-5 dias. Bem feito e com segurança, contacto de alto risco deve fazer isolamento e ser testado pelo 8º dia. Se negativo e sem sintomas ser libertado ao 10º dia.
Ou seja:
👉🏽 contacto de *alto risco* implica sempre isolamento
Tenho apanhado algumas situações, que fruto da pressa das pessoas (percebo, querem trabalhar e ter vida normal, talvez ninguém explicou isto convenientemente) tentam acelerar o processo.