O caso "Barbie e Ken" serial killers:
⚠️ ATENÇÃO: O conteúdo a seguir aborda abusos sexuais. Caso não se sinta confortável, recomendamos que não prossiga com a leitura.
Paul Bernardo, 23 anos, nasceu em 1964 em Toronto, no Canadá. Ele teve uma infância conturbada. Seu pai, Kenneth Eastman, abusava de sua irmã, que na época era adolescente. Sua mãe desenvolveu depressão e vivia em um porão.
Aos 16 anos, Paul descobriu que seu pai biológico não era Kenneth, mas sim um antigo namorado de sua mãe, que depois de casada virou amante por um tempo. Desde então ele começou a tratar ela mal e expressar ódio pelas mulheres.
Em 1987, ele se tornou o estuprador de Scarborough, mesmo ano em que conheceu sua futura esposa, e parceira de seus crimes. Essa mulher era Karla Homolka, 17 anos, nascida em 1970, no subúrbio de Toronto. Ela era descrita como uma adolescente normal, era boa como filha e irmã.
Ela o amava, para a adolescente satisfazer ele e o fazer feliz era um objetivo, por isso ela não achava ruim ele estuprar jovens, tanto que, o ajudava encontrando vítimas para satisfazê-lo e agradá-lo. O casal cometeu cerca de 30 estupros.
Paul costumava atacar quando a vítima saía do ônibus, elas eram mulheres com idade entre 14 e 21 anos e que aparentavam estar desprotegidas. Ele atuava com muita violência, sua sétima vítima chegou a ter a clavícula quebrada durante o ataque.
Após algumas vítimas darem descrições de como era o estuprador, o retrato falado do possível agressor era semelhante com a aparência de Paul Bernardo. Ele e mais 230 suspeitos foram levados para fazer exames com amostra de sangue, saliva e cabelo.
Cinco amostras batiam como o tipo sanguíneo do criminoso e Paul estava entre eles. Antes de sair o resultado dos testes o caso não era mais uma prioridade, pois os estupros haviam parado. Paul e Karla se tornaram noivos em 1990 e depois disso ocorreram ataques brutais.
Como presente de casamento, Paul queria que Karla o ajudasse a tirar a virgindade de Tammy, irmã dela, com apenas 15 anos. Karla aceitou e então 23 de dezembro de 1990, durante um jantar de natal em família, eles a doparam com bebidas e drogas. Ela acabou desmaiando no sofá.
Quando todos foram dormir, Karla e Paul iniciaram o estupro. Karla usou anestésico em um pano e colocou sobre o rosto de sua irmã. Ela trabalhou em uma clínica veterinária, por isso tinha acesso ao anestésico.
Eles filmaram todo o ato, Paul estuprou e a forçou a fazer sexo anal. Ele também ordenou que Karla participasse e fizesse carícias na Tammy. Por efeito dos analgésicos, ela acabou vomitando e engasgando em seu próprio vômito.
Karla tentou salvar sua irmã, mas já era tarde. Eles limparam os rastros, retiraram qualquer coisa que servisse como prova e ligaram para a emergência. Todos acreditaram que ela tinha morrido por causa de seu vômito, acidentalmente, devido às bebidas que tinha tomado no dia.
Paul culpou Karla pela morte de Tammy e pediu para que ela encontrasse outra virgem como presente, foi quando conheceram uma, de 15 anos. Karla convidou ela para a casa deles e a doparam, estupraram a jovem e limparam os rastros.
Quando a adolescente acordou, não se lembrava do que aconteceu. Em junho de 1991, Leslie Mahaffy, de 14 anos, não voltou para casa após sair com seus amigos, isso já tinha acontecido antes, mas dessa vez ela não deu notícias, nem quando chegou o dia do seu aniversário de 15 anos.
Leslie desapareceu no portão de sua casa, ela estava trancada para o lado de fora pois seus pais já estavam dormindo e ela não chegou na hora determinada. Paul fingiu querer ajudar e a ameaçou com uma faca, ele a forçou a entrar no carro e levou ela para a casa dele.
Em casa, ele instruiu Karla a estuprar Leslie, enquanto ele filmava. Paul também participou, fazendo com que Karla filmasse ele forçando a adolescente a fazer anal.
Leslie Mahaffy foi encontrada em um lago 15 dias após seu desaparecimento, um casal de pescadores encontrou as pernas dela em um bloco de concreto, o corpo dela estava dividido em 5 blocos.
29 de junho Paul e Karla se casaram. Um mês depois uma mulher, Rachel, foi perseguida por um Nissan dourado (carro de Paul), ela foi à polícia e denunciou o caso, informando a placa do veículo, mas a polícia não deu atenção pois eles estavam ocupados com a morte de Leslie.
Terri Anderson, 14 anos, desapareceu em novembro e, em maio seguinte, seu corpo foi encontrado dentro d'água e sua morte foi declarada como afogamento. Um mês depois outra jovem sumiu e só encontraram os sapatos dela.
Paul constantemente agredia Karla. Um dia, após ser espancada, ela buscou abrigo na casa de uma amiga, o marido dela era policial e informou a polícia. Eles intensificaram as investigações e viram as amostras de sangue e sêmen que indicaram Paul como estuprador de três mulheres.
Interrogaram Karla e perceberam que ela estava envolvida nos crimes. Ela conseguiu um advogado e confessou para ele. O advogado pediu para que ela colaborasse com as investigações, assim ela conseguiria um acordo.
Ela disse que Paul havia estuprado aproximadamente 30 mulheres.
Em fevereiro de 1993 ele foi preso pelos estupros e os homicídios de Leslie e Kristen. Como o testemunho de Karla era importante, foi feito um acordo, ela cumpriria 12 anos de prisão e poderia optar por uma condicional em 3 anos, e cumpriria a pena em um hospital psiquiátrico.
Ela conseguiu imunidade pelo assassinato da irmã, e foi condenada a doze anos, por dois homicídios. Seu psicólogo afirmou que ela se sentia impotente e incapaz de se defender, por medo de seu marido, que batia nela constantemente. Em 2005 ela foi solta.
Paul foi julgado após dois anos preso. Ele foi diagnosticado com vários transtornos psicológicos, psicopatia não estava entre eles. A polícia iniciou buscas para encontrar as fitas que ele gravava durante os crimes, porém, eles não acharam.
Paul pediu para seu advogado ficar com as fitas, para ninguém ter acesso, mas ele deu as fitas para a polícia e entregou o caso. O estuprador respondeu por homicídio em 1° grau, acusações de ataque sexual, confinamento forçado, sequestro e constrangimento para um corpo humano.
Em setembro de 1995, Paul foi condenado à prisão perpétua, podendo recorrer a condicional após cumprir 25 anos de sua pena. Em 2018, ele fez o pedido, após os 25 anos de prisão, mas foi negado, ele não ter sentido remorso foi um dos motivos.

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