O @nytimes recebeu documentos mostrando como a China censurou redes sociais para controlar a narrativa e a opinião dentro do país e internacional. Muitos países distorceram a narrativa (EUA incluso), mas não com essa censura em redes sociais.
Ressalva importante: esse controle em redes sociais condiz com o que já disse antes de ser uma resposta mais autoritária que não ocorreria em outros países.
Os documentos não mostram que falsificaram dados ou informaram números fictícios de COVID para órgãos internacionais.
Não vi o mesmo em redes sociais outros países. Os documentos não mostram que os números comunicados são falsos ou qualquer coisa nesse sentido. O que é bem diferente do que vemos no Irã, por exemplo, onde mortes e casos não são compatíveis.
Os números apresentados pela China tiveram atrasos, conflitos de datas e falta de testes como qualquer país reporta no começo de um surto, mas continuam sendo compatíveis com a fatalidade e complicações que vimos fora de lá, como já falei no @XadrezVerbal.
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Hoje saiu a notícia de que dois profissionais do sistema de saúde inglês tiveram reação alérgica à vacina que começaram a distribuir (bbc.com/news/health-55…). Segue um fio explicando pq isso é esperado, o que mais devemos ver e a importância do monitoramento agora.
Todas candidatas a vacinas precisam apresentar resultados de segurança e efeitos adversos, além da eficácia. Essa vacina da Pfizer que despertou alergia tem muita informação disponível (e que bate com os sintomas vistos), que a @mellziland destrincha aqui:
Efeitos adversos são esperados com vacinas, tanto que até o grupo placebo registrou alguns. Mas também deve ter mais efeitos adversos mais raros aparecendo agora, quando se salta de dezenas de milhares de doses dadas em voluntários para centenas de milhares de doses distribuídas.
O @nytimes entrevistou 700 epidemiologistas sobre como estão se comportando com a COVID. Continuam mantendo distanciamento e metade disse que pretende fazer isso até 70% das pessoas serem vacinadas.
A maioria disse que mesmo com vacinas sendo distribuídas nos EUA, ainda deve demorar um ano ou mais para a maioria das atividades serem seguras. E depois a vida continua alterada pelo vírus.
As três únicas atividades que a maioria dos epidemiologistas retomou são: encontrar amigos em ambientes abertos, receber pacotes sem preocupação e fazer compras (supermercado e farmácia). Quase todos ainda evitam aglomerações, eventos e encontros com estranhos.
Se vacina resolvesse todos os problemas, o Brasil não tinha registrado 7 mortes por sarampo em 2020. A vacina tem décadas e é uma das mais eficientes que já fizemos. Ignorância custa muito caro.
Vamos lá: vacinas são fundamentais pra controlar doenças infecciosas. A diferença entre 1 milhão de casos de dengue por ano e dezenas de casos de febre amarela está em vacinas. Mas quanto mais infecciosa a doença, mais eficaz precisa ser a campanha.
A febre amarela circula ao redor de reservatórios naturais do vírus e do mosquito transmissor. Ela não é tão transmissível como um vírus que circula pelo ar. E em anos com no vacinação, a cobertura precisa ser de quem visita essas regiões.