A evolução, seja de vírus ou de qualquer organismo, não segue uma caminho linear, mas sim caminhos que se dividem, onde diferentes linhagens seguem rotas evolutivas independentes. Ao longo dessas rotas, cada (população de) coronavírus acumula cerca ~2 mutações por mês
Explico 🧶
Estas são árvores filogenéticas do SARS-CoV-2, do @nextstrain
1️⃣ com escala de tempo
2️⃣ com escala de mutações
Na árvore 2: cada círculo nas pontas representa um vírus, e se partirmos da raiz da árvore (no zero), várias rotas nos levam até 3.000+ vírus: nextstrain.org/ncov/global
As rotas evolutivas que cada (população de) vírus segue é praticamente única. Assim, ao longo de cada rota, cerca de 22 mutações ocorrem por ano, mas se somarmos as mutações acumuladas por CADA rota, chegamos a centenas de milhares de mutações.⚡️🧬
Desde o começo da pandemia, mais de 32.000 mutações (site abaixo) mudaram não só o genoma, como também as proteínas do SARS-CoV-2. Desse modo, aquela média de 22 mutações por ano só se aplica a rota evolutiva de um único vírus: são muitas mutações, normal
Neste vídeo converso com a @bollemdb sobre as mutações dos coronavírus, como elas surgem, e por que a maioria delas não oferece vantagem alguma para o vírus.
Neste vídeo a @bollemdb explica outros aspectos de evolução viral, e por que não deveríamos temer um variante específico, mas sim todos os (milhares de) variantes do coronavírus: todos oferecem riscos. As precauções são extremamente necessárias.
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1️⃣ Mutações virais ocorrem com frequência (para SARS-CoV-2, vemos ~2 mutações por mês)
2️⃣ A grande maioria das mutações NÃO são vantajosas ao vírus.
3️⃣ Esqueçam a ideia de "mutantes superpoderosos". Não é assim. Não são X-Men 🚫
Explico👇🏽
Vírus com genoma de RNA utilizam uma enzima chamada RNA polimerase dependente de RNA: é uma pequena 'máquina' de copiar RNA com base em outras moléculas de RNA.
Essa 'máquina', no entanto, é falha, e durante o processo de cópia, geram erros (etapa 5 acima): estas são as mutações
Mutações em genomas virais acontecem o tempo todo. Porém, grande parte delas não chegamos nem a ver: são danosas ao vírus, e os mutantes não prosperam.
As poucas mutações que vemos são mantidas por mera chance (pois são neutras), e uma rara minoria oferece alguma vantagem.
A cobertura vacinal no Brasil vem caindo desde 2015, e em 2019 a queda foi ainda mais brusca. Isso é lamentável, pois surtos de Sarampo têm voltado com força. Já fomos melhores no quesito imunização.
Para não cairmos em crises de saúde pública maiores, vacinação é essencial.
Medidas como os lockdowns têm por objetivo primário reduzir o número de casos a níveis baixos o suficiente para tornar possível o *rastreamento de contatos*, baseado num sistema eficaz de *testagem por RT-PCR*
É essencial que se aumente a capacidade de testagem por RT-PCR, com acesso gratuito a quem precisa de teste. Resultados devem ser liberados em até 48h, para que o infectado seja notificado sobre como se isolar e evitar novas transmissões, e p/ permitir o rastreamento de contatos
Sem saber quantos casos ativos tinham, por falta de testes RT-PCR, muitos municípios se fecharam sem olhar para os dados da epidemia.
Fechamentos prolongados são impraticáveis. Logo, identificar o melhor momento de iniciá-los é ponto chave.
Every year Brazil faces a constant threat: dengue virus
After #Zika virus caused major outbreaks in 2016, cases of #dengue declined in 2017-2018, but then resurged in 2019. In this study we investigated the reasons for such fluctuations 📉📈
Something 'flattened' the dengue curve in 2017-2018. Every year in Brazil, cases of #dengue rise around March, when conditions are favourable (mosquitoes, rain, temperature). But, for some reason, in those two years, dengue cases were low in all regions of the country. 📉🦠
Infectious diseases are transmitted in a population of susceptible hosts following a rate called Force of Infection (FOI).
@RJOidtman, @guido_camargo and @TAlexPerkins estimated dengue FOI for each region in Brazil, and found viral transmission was indeed quite low in 2017-2018.
Uma das principais medidas para conter a epidemia do #NovoCoronavírus é o teste para identificação de casos.
Nesse critério os EUA 🇺🇸 estão bem atrás. Já Bahrein 🇧🇭 e Coreia do Sul 🇰🇷 dão exemplo: mais de 4000 testes por milhão de habitantes.
E o Brasil 🇧🇷, como está?
Explico👇🏽
A palavra de ordem para conter uma pandemia é: Teste. Precisamos testar, isolar os casos positivos, e traçar seus contatos próximos.
O PCR em tempo real é um teste molecular bastante sensível, que detecta até pequenas quantidades de genomas virais em amostras. #TestTestTest
O @minsaude, até esse momento, tem se mostrado bastante transparente, compartilhando no site abaixo informações diárias sobre os casos testados para #COVID19 (suspeitos, confirmados e descartados): plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus
O SUS tem seguido o seguinte esquema de diagnóstico.
Até hoje (1º de Março) não temos registros de transmissão local de #COVID19 no país: bom sinal, ainda não observamos o #SARSCoV2 sendo trasmitido de pessoa a pessoa.
Todos os casos confirmados no Brasil são importados, isto é, pessoas que contraíram o vírus fora do país.
Casos suspeitos de #COVID são catalogados quando uma pessoa apresenta febre, E algum outro sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, etc), COM histórico de viagem a países onde o vírus circula localmente, OU contato direto com caso de COVID19 confirmado ou suspeito.