Thread by @CrimesReais

Tráfico de órgãos ou acidente? O brasileiro "dos olhos roubados":

Olívio Correa, de 56 anos, teve seus olhos roubados em Estância Velha, no Rio Grande do Sul, no ano de 1995. O senhor era agricultor, e habituado com o trajeto, teria caminhado para comprar carne em um açougue na cidade. O percurso era repleto por mato, porém não muito longo.

No caminho, ele teria parado em um bar para consumir álcool, porém, disse que não seria suficiente para ficar bêbado, pois Olívio estava acostumado com bebidas fortes. No dia seguinte, dois jovens enquanto passavam pela área, avistaram, frente ao matagal, um homem caído ao chão.

Os meninos buscaram por um adulto para verificar, achavam que o indivíduo poderia estar morto. Ao chegar ao local, a pessoa o identificou como Olívio. Estava vivo, no entanto, desorientado, com muita dor e o rosto coberto de sangue. O senhor fora levado para um hospital local.

Logo, no hospital, constataram que ele possuía cinco costelas fraturadas, além de ferimentos nos olhos. Com isso, decidiram levar o idoso à uma casa de saúde especializada em olhos, e então, os médicos declararam que Olívio teria que passar por uma cirurgia.

A cirurgia se iniciava. De princípio, limparam o sangue sórdido que cobria o rosto de Olívio, e no momento em que desuniram suas pálpebras, notaram que o senhor estava sem seus olhos. Os oftalmologistas ficaram perplexos.

Laudos do IML indicavam que os olhos pareciam cirurgicamente removidos. Não havia outros ferimentos, tudo parecia ter sido feito com cautela. Mais tarde, Olívio discutia sobre o ocorrido para seu filho, Luis Carlos. Relatou que enquanto caminhava, dois homens o ofereceram carona

Ao adentrar no carro, andaram por poucos metros e logo disseram: “Não queremos nada além de seus olhos”. No mesmo instante, Olívio fora sufocado pelos indivíduos com um pano contaminado por uma substância tóxica, fazendo-o desmaiar.

Em outra versão, Olívio disse que um carro o seguia com a lanterna muito forte. Desceram três homens do veículo vestidos com “roupas de motoqueiro”, o golpearam, e assim, desmaiou. Após isso, o mesmo não se lembrava de nada além de dores nas costas e de não conseguir enxergar.

Matérias afirmam que Olívio teria sofrido um colapso de memória, que o fez acreditar que passou por algo assustador. Hipóteses foram levantadas, e uma delas é que uma ave de rapina teria o atacado e extraído seus olhos, e por ele estar bêbado teria desmaiado. Essa foi descartada.

Outra hipótese levantada por Ufólogos diz que Olívio teria sido abduzido por extraterrestres, e que esse tipo de ataque já teria ocorrido antes com outras pessoas. Os alienígenas teriam utilizado métodos cirúrgicos avançados, desconhecidos pelo ser humano.

Em uma outra tese, o agricultor teria caído bêbado em uma cerca de arames farpados e a mesma teria espetado seus olhos. Sobre essa hipótese, Olívio disse que é absurda. Os olhos dele não foram arrancados e sim removidos, e seguindo essa ideia, seu rosto teria sofrido arranhões.

Sobre a chance de tráfico de órgãos, os laudos do IML apontam que os olhos foram removidos com cuidado, porém, tecidos importantes não foram preservados, o que quase impede o transplante de córnea. A polícia não encontrou suspeitos em uma listagem de cirurgias feitas no estado.

A polícia começara a enxergar a possibilidade dos olhos terem sido usados em um ritual. Na época, boatos percorriam pela cidade que o prefeito, Frederico Leuck, e sua esposa estavam envolvidos com seitas ritualísticas. Olívio fora encontrado próximo de um sítio de Frederico.

Investigadores não encontraram nada no local que poderia incriminar o casal. O delegado que estava à frente do caso foi substituído após começar a apurar um possível envolvimento de pessoas “da alta”. Além do delegado, alguns promotores de justiça também foram afastados.

O novo delegado que assumiu caso, após um tempo, decidiu arquivá-lo. A tese final foi que Olívio teria caído em uma cerca de arames farpados espetando ambos os olhos. Olívio ficou indignado, “Que cerca inteligente é essa que arranca meus olhos sem deixar um arranhão no rosto?”

Os olhos do agricultor nunca foram encontrados e o caso segue sem solução. Olívio Correa faleceu em 10 de novembro de 2010, aos 70 anos, em decorrência a uma parada cardiorrespiratória.