Vamos voltar às estatísticas e ao seu uso desumano por parte do bolsonarismo.
Se morressem 400 mil brasileiros (o dobro das mortes atuais) isso seria apenas 0,18% da nossa população. Para os bolsonaristas, tal número seria desprezível.
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Se morressem 800 mil brasileiros (o quádruplo das mortes atuais) isso seria apenas 0,37% da nossa população. Para os bolsonaristas, essa porcentagem seria desprezível também.
Se morressem 1 milhão de brasileiros isso seria apenas 0,47% da nossa população. Ainda seria desprezível para os bolsonaristas.
No dia 7 de setembro de 1940, 364 bombardeiros nazistas atacaram, escoltados por 515 caças, a cidade de Londres. Outros 133 bombardeiros voltaram a atacar na mesma noite. Muitas das bombas caíram em áreas residenciais, matando 436 londrinos. É uma porcentagem desprezível, diriam.
Estão entendendo? Para monstros (não-humanos) vidas humanas não importam.
Humanos não podem deixar que desumanos continuem justificando mortes e, direta ou indiretamente, causando mais mortes. Isso tem que ser parado já (não em 2022). Vamos esperar mais dois anos de bombardeios?
O terreno em que se trava tal enfrentamento não é mais nem o da política. É o da humanidade.
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O LULOPETISMO É UM MOVIMENTO DE REPETIÇÃO DE PASSADO
Essas pessoas das nossas relações que viraram bolsonaristas - aqueles seu tio, seu médico, seu pai, até sua avó - não eram de extrema-direita. Em grande parte, eram indiferentes à política.
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Eram pessoas "normais", que carregavam elementos da cultura patriarcal, conceitos e preconceitos autoritários, racistas, machistas, que foram reprimidos pela vida cívica moderna, mas não metabolizados.
Entretanto, ficaram com uma raiva tão grande do PT que isso serviu para localizar no partido e em seu líder tudo que, dentro delas (e entre elas), não estava bem resolvido.
Não valia tanto a pena assim manter o mundo pré-pandemia
Siga o fio para ler a mensagem.
O mundo nunca precisou tanto de inovadores. De pessoas (ou seja, redes) capazes de pensar e ensaiar novas formas de vida e convivência social nas novas circunstâncias da pandemia.
Quem não inova, só aguardando as vacinas para voltar aos velhos hábitos, não entendeu o que está acontecendo. Não haverá essa salvação universal. Mesmo com vacinação em massa (de 80% da população planetária), a imunidade coletiva vai demorar (pode nem ser alcançada em 2021).
Reconstruí (em setembro de 2016) a autocrítica que o PT não teve coragem de fazer abertamente, de forma nua e crua. Mas é exatamente isto: basta ler as resoluções do Diretório e da Executiva Nacional do PT (de 17/05 do mesmo ano).
Siga o fio, por favor.
1 – Erramos quando não tomamos a decisão de impor o controle social da mídia. Agora não é mais possível segurar as notícias desfavoráveis a nós sobre o que fizemos no governo, nas estatais e nos fundos de pensão.
2 – Erramos quando não forçamos a barra para aprovar uma reforma política que estabelecesse a fidelidade partidária, o voto em lista fechada e predeterminada e o financiamento exclusivamente estatal de campanha.
Esta exploração começou com perguntas: por que tanta gente diferente, em vários lugares do mundo, resistem às medidas cautelares de saúde pública adotadas diante da pandemia do novo coronavírus (tipo distanciamento social, uso de máscaras e vacinas)?
Não poderiam, pelo menos alguns, ser de extrema-direita e, mesmo assim, acharem que vale a pena retardar o avanço da infecção? Como é possível que as respostas de gente que convive em bolhas tão díspares sejam praticamente as mesmas, nos Estados Unidos, no Brasil, na Europa?
Eram clusters pequenos e meio isolados (com poucos atalhos) que foram se conectando por meio das mídias sociais, mas que só ganharam expressão política com a emergência do populismo-autoritário.
Aprender democracia é desaprender autocracia. Significa ser capaz de reconhecer padrões autocráticos onde quer que eles se manifestem ou permaneçam escondidos.
Siga o fio.
Pessoas que têm dificuldade de perceber e identificar esses padrões não veem o perigo a que a humanidade está exposta neste momento.
A reeleição de Trump, por exemplo, significará a vitória do que há de mais tenebroso no mundo: os programas patriarcais que vêm se replicando há milênios na chamada civilização por meio da guerra contra o diferente, transformando diferenças em separações.
Ficamos cerca de 3 meses no patamar de 1000 mortes e estamos agora no patamar de 500 mortes diárias. A queda é lenta. Mesmo que não ocorra aqui uma segunda onda, a doença vai continuar matando gente no próximo ano. Segue.
E a imunização coletiva por meio de vacinas também não vai ocorrer antes de meados de 2021. Ah! Mas vamos apostar na imunidade de rebanho. Enquanto isso, é só fazer de conta que a pandemia já acabou, como quer Bolsonaro.
Segundo esses canalhas, se não fosse a imprensa ficar dando diariamente o número de mortos, tudo já teria voltado ao normal.