Não tem nada errado na Ford querer pagar menos imposto. Ninguém quer pagar imposto, até por isso já vai o nome: imposto.
Se fosse opcional, quase ninguém escolheria financiar o estado.
Você não paga para ganhar serviços. Você paga para não ser punido. É roubo.
O termo "Subsídio" é impreciso. Dá a impressão de que você está sendo roubado para financiar a empresa.
Isso só seria correto se a carga tributária efetiva da empresa fosse negativa.
O que geralmente ocorre na verdade é que o estado rouba menos das empresas.
Empresas e pessoas de um pouco mais de porte podem fazer negócios em vários lugares do mundo.
Por isso, podem tentar reduzir o quanto são roubados pelo estado, e escolher as jurisdições onde vale a pena estar.
Nisso, medem vantagens e desvantagens. O imposto é uma perda que entra no cálculo. Se o retorno não compensa essa perda, não há negócio.
Todos nós fazemos a mesma coisa em nossas decisões do que é melhor fazer com nosso tempo e dinheiro. Não tem nada diferente.
O errado aqui é o estado, por querer tomar dos outros algo que ele não tem direito.
Ainda assim, corre a narrativa de que a culpada é a Ford. Deveria ser considerado bizarro, mas se todos achassem isso, seriamos uma sociedade muito diferente.
Se a Ford saiu porque ia perder descontos de impostos, isso significa uma simples coisa:
O Brasil não vale o que cobra.
O que não é válido apenas para a Ford. É válido para todas as empresas e pessoas que desistiram do Brasil. Não são poucas.
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Eles tem o mito fundador, o famoso contrato social que ninguém viu ou assinou.
Tem os decretos de fé, como afirmar que saúde e educação não são mercadorias.
Tem os falsos curandeiros, que alegam milagres, prometendo que dessa vez vão fazer congelamento de preços funcionar.
Tem os contos, todas as histórias onde tinha um problema e o estado resolveu, e é pra você acreditar sem questionar mesmo que não façam sentido.
Tem uma forma de pecado original, que é a ideia de que você é um ser burro, canalha e incapaz, que precisa ser minuciosamente regulado e controlado para o seu próprio bem.
Sua existência é uma sujeira. O estado é a salvação.
Parte do credo da santa igreja do estado é a ideia de que cabe ao indivíduo, a empresa e ao empreendedor ter lucro (mas não muito) e pagar imposto, e cabe ao estado fazer o bem.
Como se essas coisas fossem incompatíveis. Como se a virtude fosse apenas do estado.
Só que todo mundo que vende um serviço ou produto está fazendo algo de bom. É a definição. Se o cliente não concordasse, não compraria em primeiro lugar.
Mas somos ensinados a achar que como o vendedor ganhou $ nisso, então tem algo errado, explorado, sujo, feio.
Ou talvez seja um valor moral doido na cabeça das pessoas de que pra você ter feito algo bom, tem que ter ganhado nada. Ou tem que ter sofrido. Se você fez algo bom e ganhou com isso, tá errado. Tem que ter sangue, lágrimas, sacrifício.
Se você acha que seu dinheiro podia ser mais útil em outro lugar, seja um empreendimento com pegada social ou uma doação mesmo, então faça. Você não precisa de um político no meio disso.
Isso aqui é uma internalização patológica de estatismo.
Quem tem melhor potencial e capacidade de gerir bem um recurso e empregar ele de uma forma que mude a vida das pessoas?
Quem ganhou esse dinheiro honestamente trabalhando e investindo, ou um bando de político?
Um analista do ministério deu nota técnica falando o óbvio: Fazer o VLT era uma ideia maluca e impossível de dar certo.
O relatório não agradou e foi trocado por outro, com data fraudada, para "ficar em sintonia com a decisão do governo".
9 anos depois, multa de 2400 reais.
Imagine você fraudar documentos oficiais federais, ajudar num esquema de corrupção que gerou uma obra de 1 bilhão de reais que hoje é completamente inútil, e 9 anos depois ter que pagar 2400 reais por esse pequeno erro que quase nem deu nada.
Negros no Brasil tem menos acesso a educação de qualidade, além de outros fatores que influenciam no desenvolvimento cognitivo de uma criança e adolescente, e no desenvolvimento profissional.
Falta água encanada e saneamento. Falta segurança nos bairros. Tudo isso pesa.
Se o salário que ele consegue, especialmente quando jovem e entrando no mercado de trabalho, é inferior ao salário mínimo mais todos os encargos trabalhistas associados, então a lei faz com que não valha a pena contratá-lo.
Isso não é por acidente. A origem do salário mínimo é EXATAMENTE para excluir negros nos EUA, como parte da onda eugenista e racista do fim do século 19 e começo do 20.