Vamos esclarecer a eficácia da coronavac? O cálculo correto é aquele que segue o protocolo, que foi definido ANTES da coleta de dados.
Isto é importante para que ninguém experimente maneiras novas de calcular e use a que mais convém. As regras para este cálculo foram definidas antes de começar o jogo.
A análise estatística prevista no o protocolo static-content.springer.com/esm/art%3A10.1…, calcula a eficácia utilizando os tempos de exposição de cada voluntário até os desfechos via modelo de risco proporcionais de Cox.
Esta maneira de calcular é mais adequada se o tempo de exposição variou entre os voluntários.
Portanto, a eficácia da vacina calculada corretamente é a divulgada pelo @butantanoficial, que é de 50,38% contra sintomas leves, e de 78% contra necessidade de atendimento médico.
Indicamos o fio do @otavio_ranzani, que explica muito didaticamente os cálculos
E lembramos que as vacinas salvam vidas e ajudam a evitar a saturação do sistema hospitalar. Neste momento, o que mais precisamos é garantir que a vacinação seja política pública para todas e todos.
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Muitas perguntas chegaram até nós ontem. Essa thread tenta responder a maioria delas. 👇👇🧵🧵
Nos últimos dias temos ouvido falar bastante sobre a eficácia das vacinas. E esta é uma medida importante com certeza.
Mas muito mais importante do que saber como calcular a eficácia da vacina, é entender como a eficácia impacta nossas vidas e como a eficiência e efetividade são fatores pelos quais nós deveríamos estar muito mais preocupados e prestando mais atenção.
A vacinação pode evitar a infecção, evitar adoecimento ou ambos. No caso das vacinas mais avançadas em testes e já em uso contra a COVID 19, nós podemos dizer que são vacinas:
Eficácia da Coronavac! Esse tem sido o assunto, levantando comparações com outras vacinas para o Sars-Cov-2. Mas afinal, qual é o significado e a relevância de uma eficácia global de 50,38%? 👇🧵
Este número mostra que o risco de se desenvolver sintomas da Covid em pessoas infectadas foi reduzido pela metade no grupo vacinado com Coronavac.
Temos muito a comemorar com esse resultado, considerando também que o risco dos infectados precisarem de atendimento médico teve redução de 78% no grupo vacinado e que a probabilidade de efeitos adversos é baixíssima.
As vacinas contra COVID-19, como as demais, são um bem comum e portanto devem ser encaradas dessa forma quando pensadas como variável essencial da saúde pública. Segue o fio e entenda por que a vacina deve ser pensada como política de Estado. 🧶🧶👇
Para vencer a pandemia é preciso interromper a cadeia de transmissão viral. Essa interrupção só acontecerá quando mais pessoas tiverem acesso às vacinas contra COVID-19 e puderem ser imunizadas.
A interrupção da cadeia de transmissão do vírus depende, em outras palavras, do efeito coletivo das vacinas, que se obtêm através da imunização de uma parcela da população. O cálculo de qual seria essa parcela se baseia em métodos científicos.
Na discussão sobre uma vacina contra a COVID-19 muitos termos, tais como eficácia, efetividade, eficiência e impacto, antes restritos às discussões acadêmicas se tornaram correntes.
Segue o fio para entendermos alguns deles: 🧶👇
1 - Eficácia: a eficácia de uma vacina é compreendida como a capacidade de reduzir um desfecho desejado, , por exemplo, a redução da transmissão, redução do número de novos casos, redução dos casos graves.
Ela é medida através de uma fórmula matemática que leva em conta o risco que um vacinado corre comparado com o risco de um não vacinado. Em termos gerais pode ser expressa por 1-(Risco vacinado)/(risco de não vacinado).
Neste último dia de 2020, o Observatório Covid-19 Br gostaria de reforçar mensagens que continuam fundamentais durante a pandemia de Covid-19. Leiam com atenção, cuidem-se e protejam o próximo: 👇🧶
1) A pandemia no Brasil encontra-se em expansão. Apenas ontem, 1224 pessoas perderam suas vidas no Brasil. Pessoas que tinham histórias, sonhos, famílias, como todos nós;
2) Como já ocorreu no início do ano, o sistema de saúde em partes do país já opera acima de sua capacidade. Há relatos na imprensa de pessoas morrendo esperando vagas em unidades de terapia intensiva;
Em 22/07 postamos na @agencia_bori sobre imunidade de rebanho. Retomamos em forma de fio, pois ainda há ruído sobre esse conceito. À época, havia uma discussão sobre imunidade de rebanho natural e soltamos a nota: Por que a imunidade de rebanho não vai nos salvar? Segue o fio 🧶
Na discussão pública sobre o curso da epidemia de Covid-19 alguns conceitos têm sido comentados. Nos últimos dias, em especial, fala-se da imunidade “de rebanho” ou imunidade coletiva. Há, porém, uma grande confusão sobre o fenômeno e as implicações ao se atingir este limiar.
Uma das interpretações equivocadas é a de que o vírus para de circular quando se atinge a chamada imunidade de rebanho. Porém esse conceito está definido apenas para uma população inteiramente suscetível, ou seja, de pessoas capazes de serem infectadas.